Meu novo livro: Novas abordagens

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Sempre Freud - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(18/6/2007)

Sempre Freud

A historiografia de Sigmund Freud foi manipulada e poucos atentaram para esse grave fato. Seus críticos não tiveram sequer a honestidade de pesquisar nos “Arquivos Freud”, que se encontram na biblioteca do congresso nacional dos Estados Unidos, em Washington, bem como nos museus Freud, em Viena, na Áustria, e o de Londres, na Inglaterra, toda a verdade sobre a obra e a vida do fundador da psicanálise. Além dos nazistas, da Igreja e das feministas, havia muito interesse em invalidar a doutrina freudiana, pois não se pode negar que desde os primórdios da psicanálise há muitas discórdias no meio e na então repressora sociedade vitoriana.Foi Maria Bonaparte que, em 1936, começou a recolher as correspondências de Freud pelo mundo e, após a desencarnação de Freud, em 1939, e do fim da 2ª guerra, em 1945, começou-se a organizar os “Arquivos Freud” com todos os manuscritos, ensaios, livros, teorias, teses e milhares de correspondências. Poder-se-ia afirmar, em apertada síntese, que toda a doutrina freudiana sustenta-se na teoria do inconsciente, pois dá ênfase aos traumas do passado que devem ser revividos para serem curados definitivamente pela fala. Não foi relação fácil de Freud com os seus discípulos e alguns deles romperam, não por discordarem exatamente de suas idéias, mas por motivos considerados fúteis, como foi o caso de Carl Gustav Jung, que rompeu por conta de Freud não ter ido a sua casa após conferência que realizou em sua cidade. O grande psicanalista francês, Jacques Lacan, plagiou muitas das idéias de Freud, mas isso não invalida sua genialidade e todos os seus brilhantes seminários psicanalíticos. Freud lutou por toda a humanidade quando publicou antes da 2ª guerra manifesto contra o nazismo e a perversa doutrina de Hitler, e por conta disso teve que ser exilado em Londres.A humanidade tem dívida impagável para com Freud. Contam que ele estava consultando sua cliente, madame Fanny Moser, que lhe contava problema neurológico, quando Freud tentou interrompê-la e, admoestado, nascia ali a cura pela fala.

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