Meu novo livro: Novas abordagens

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Mitos e verdades sobre o casamento - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Mitos e verdades sobre o casamento

A primeira religião monoteísta do mundo é o Judaísmo, datada do século VI a.C, e pela lei judaica o homem era obrigado a se casar para constituir famílias e proliferar a sua espécie. Com o aparecimento do Cristianismo e, por conseguinte, da Igreja Católica, o ritual do casamento passou a fazer parte da vida de todas as pessoas.Por muito tempo os pais é que escolhiam os maridos para as suas filhas - ou vice-versa - e o sofrimento já se instalava por essa época da história. O gigante da literatura francesa, Émile Zola, narra no seu livro, “Como se casa; como se morre”, como eram os costumes dos casamentos nos séculos XVII e XVIII e prova que havia interesses financeiros em relação à herança da burguesia mais do que amor nos enlaces matrimoniais. É muito forte a tradição do casamento para as mulheres, pois elas se imaginam -e são ainda criadas assim - entrando na Igreja de véu e grinalda e sendo recebidas no altar pelo que será o seu único homem para o resto da vida até que a morte os separe.O casamento não se acabará nunca, mas já está sendo remodelado e contraído por pessoas que sabem verdadeiramente o que querem e que sabem também que casamento não é sinônimo de felicidade, como diziam os mitos e os romancistas. É tão forte a tradição do casamento que até os homossexuais – masculino e feminino – estão lutando pelo mundo, pelo direito de terem suas relações reconhecidas pelo Estado e assim poderem adotar crianças e disciplinar sobre os seus patrimônios.No período denominado de “Romantismo”, em que houve muitos suicídios, depressão, melancolia e nostalgia, as pessoas eram levadas a crer que existia o amor eterno carnal entre homem e mulher. A historiadora e psicanalista francesa, Elisabeth Badinter, no seu livro, “Um amor conquistado – O mito do amor materno”, desmonta passo por passo que nunca houve na verdade esse amor materno nas mulheres e que por muito tempo os filhos foram criados pelas amas-de-leite. Na Rússia, na época dos czares, as mulheres que não se casassem até os 25 anos eram encaminhadas para os conventos, mas por causa das guerras e da conseguinte falta de homens elas tomaram o lugar deles na família e o casamento hoje quase não existe por lá.Nunca existiu e nem existirá o amor do tipo de Romeu e Julieta e apesar da família ter sido a primeira forma de organização da sociedade, as pessoas parecem querer dar satisfação à sociedade permanentemente e buscam assim no casamento a felicidade e outras tantas acreditam que somente serão felizes quando se separarem.

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