Meu novo livro: Novas abordagens

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terça-feira, 28 de julho de 2009

LIBERDADE DE EXPRESSÃO - Artigo - Observatório da imprensa


LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Uma conquista inegociável

Por Luís Olímpio Ferraz Melo em 28/7/2009

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva vive criticando a imprensa por divulgar os escândalos do país, mas é bom Lula lembrar que não é a imprensa que cria os escândalos de corrupção e de falta de ética, pois pode-se até discutir a parcialidade desse ou daquele veículo de comunicação, mas dizer que há conspiração orquestrada contra o governo é subestimar a inteligência dos leitores e da opinião pública em geral. Antes de chegar ao Planalto central, a turma do Lula usava a imprensa, onde tinha aliados. Hoje, todos da mídia parece que acordaram para farsa que é a esquerda no Brasil, para denunciar desvios de conduta dos governos anteriores.
A liberdade de expressão, no seu sentido mais amplo, é conquista inegociável e custou todo o sangue derramado na Revolução Francesa e não podemos abrir mão dela. Se alguém se sente prejudicado ou mesmo ofendido pelos excessos propagado pela mídia, saiba que há remédio jurídico idôneo para se buscar reparação, tanto na esfera civil – dano moral – quanto na criminal – crimes contra a honra. Daí, não ser razoável limitar a imprensa.
Curiosamente, os governos comunistas e socialistas são preconceituosos em relação à liberdade de expressão e exemplos não faltam para ilustrar essa hipótese. Pode-se afirmar de forma peremptória que Marx e o seu marxismo, que deu égide ao esquerdismo, não tem qualquer apreço à liberdade de expressão. Stalin, na Rússia, dizia que não conversava com dissidentes, nem tampouco com opositores – mandava-os para os "paredões" de fuzilamento ou os "gulag" na Sibéria e Ucrânia para trabalhos pesados até a morte. Fidel Castro governou Cuba com mão-de-ferro e quem se atrevesse a criticá-lo era encarcerado e ainda hoje há críticos presos. O fascista italiano Mussolini, disse com apurada ironia a célebre frase que mostra como se comportam os totalitários: "Cuidado para não cairmos na armadilha fatal da coerência."
A esquerda é totalitária e Marx copiou Hegel também nisto, pois na doutrina deles é impossível conviver com a pluralidade de opiniões e/ou criticas. Lula e seus companheiros mudaram o discurso e as bandeiras da ética, moralidade pública e transparência foram baixadas para sempre. É contradição lutar por igualdade e ideologia e não respeitar a liberdade de expressão, bem como não aceitar opiniões contrárias, pois qualquer regime de governo que não respeitar o sacrossanto direito à liberdade de expressão deve ser declarado ilegítimo.

domingo, 26 de julho de 2009

Dia de palhaço - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Dia de palhaço

Genial humorista tinha quadro televisivo em que o personagem perambulava pelas ruas vestido de palhaço em protesto contra o “sistema”. Num belo dia, um garoto que passeava com a sua mãe, grita: - mamãe, olha o palhaço! O homem contesta: - eu não sou palhaço, estão me fazendo de palhaço, mas eu não sou palhaço. Podemos extrair a seguinte mensagem: as autoridades acreditam que a população é desprovida de inteligência e nos tratam como se crianças fossemos e que eles podem fazer o que quiserem e que não podemos reclamar de nada, até porque não adianta. Não acredito em regime político governamental algum, acredito sim, na força da sociedade civil organizada para soerguesse e nunca mais delegar poderes a quem não os merece. A história política da humanidade nos mostra de forma inequívoca que os erros se repetem e o que começa errado, terminará errado. No Império Romano foi assim, pois foi fundado por bandidos que queriam controlar os romanos e a omissão e ignorância da população criou a figura dos déspotas e dos reis e monarcas que tanto mal fizeram e fazem para a humanidade. Os filósofos que apelavam e pugnaram o uso da força como forma de resistência falharam, pois somente com a desobediência civil pacifica poderemos novamente restabelecer a ordem. Não há necessidade de políticos, até porque não adianta tê-los e também não há qualquer esperança de que este sistema atual funcione eficazmente e sem corrupção. A sociedade civil é que deve decidir o seu destino, pois os políticos perderam a vergonha e a legitimidade de seus mandatos e devem renunciar. Em Brasília, dentro dos três poderes da República, eu desconfio de tudo que se mexe, pois quase tudo lá se resume a esquemas de barganhas e de negociatas e a pátria cambaleia marchando para a derrocada. Estou propondo transformamos o “dia da eleição” em “dia de palhaço” e fica combinado então que na próxima eleição vamos protestar de forma pacifica, pois compareceremos às urnas com aquele nariz vermelho de palhaço e anular o nosso voto, pois em assim sendo, os políticos saberão de uma vez por toda que o povo não é palhaço.
* Psicanalista

domingo, 12 de julho de 2009

Modelo comunista - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Modelo comunista

O embrião das idéias socialistas emergiu do sangue derramado na Revolução Francesa e a expressão “de esquerda”, foi cunhada no auge da sublevação e ser “de esquerda” era sinônimo de lutar por igualdade. Com a derrubada da burguesia do poder e a guilhotinada no soberano Luis XVI, consumou-se a revolução e as idéias libertárias refletiriam doravante em todo o mundo, mas foi a obra incompleta teórica de Karl Marx que deu égide ao comunismo e há diversas leituras marxistas. Na Revolução Russa de 1917, liderada por Lênin, e depois Stalin, derrubou-se o governo e impôs o comunismo que pregava a redenção dos soviéticos, mas matando milhões de opositores e dissidentes do comunismo e mandando outros tantos para os “gulag” na Sibéria e Ucrânia – análogos aos campos de concentração. A Mongólia, em 1921, foi o segundo país a adotar o comunismo e lá também houve genocídio para a instalação e a manutenção do utópico comunismo. Mao Tsé-Tung, estadista chinês, que pregava a tomada do poder pelo proletariado e a revolução cultural durante a construção do socialismo, invadiu o Tibete, em 1950, matando um milhão e duzentos mil inocentes e inofensivos tibetanos usando o argumento de que estava “libertando” o Tibete dos tibetanos – quem quiser que tente entender. Fidel Castro governou a ilha de Cuba por 49 anos e executou milhares e quem se atrevesse a criticá-lo era encarcerado – ainda hoje há críticos presos. O processo de decadência e a falta de expectativas arruinaram a sociedade cubana. O tresloucado Pol Pot implantou no Camboja, em 1975, o comunismo, e pela força quis transformar a sociedade, pois todos deveriam ser iguais – delirava que conseguiria uma “sociedade perfeita” -, mas o massacre de milhões arruinou-o e seu governo foi considerado genocida. O comunismo é totalitário e Marx copiou Hegel também nisto. É contradição lutar por igualdade e ideologia matando as pessoas, bem como não aceitar opiniões contrárias, pois qualquer regime de governo que não respeitar o sacrossanto direito à vida, à liberdade de expressão e à dignidade humana deve ser declarado ilegítimo.
* Psicanalista