Meu novo livro: Novas abordagens

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Por trás do ato - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Por trás do ato

Nada melhor do que ver a vida e analisá-la sempre olhando o que há por trás de cada ato que praticamos. No dia 21 de agosto de 1911, no Museu do Louvre, em Paris, na França, um artífice de serviços gerais retirou o quadro da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, e levou-o para sua humilde casa onde deixou “guardado” por mais de dois anos. Depois disso esse mesmo funcionário tentou vender esse quadro para o governo Italiano, mas acabou sendo preso e condenado. Nessa pequena história houve vários desdobramentos e o mais hilariante de todos foi o fato de que após 24 horas do furto do quadro centenas de pessoas se dirigiram ao museu do Louvre para ver o local vazio onde ficava o quadro na Mona Lisa - muitas dessas pessoas nunca tinham ido sequer ao museu, mas foram ver o espaço vazio na parede.O que teria levado aquele homem a furtar a tela da Mona Lisa sabendo que dificilmente conseguiria vendê-la e que poderia ser preso? O que levou centenas de pessoas ao museu do Louvre ver a parede vazia sem o milionário quadro? Sempre há algo por trás do ato e não é difícil identificar isso no nosso dia-a-dia. O que leva o homem a usar drogas? A resposta mais plausível é a carência afetiva e a fraqueza espiritual. As pessoas antes estavam se “acabando” no sexo, hoje buscam o prazer nas drogas.Muitos homens não querem mais ter relações sexuais com as mulheres, pois dizem que é trabalhoso e longo o “ritual” de levá-las para cama e o Day After (dia seguinte) é sempre dramático e melancólico, daí agora eles “gozarem” com as drogas. O “exibicionista” tem necessidade de mostrar a sua genitália para “provar” a sua virilidade que quase sempre não está posta em dúvida e com o fofoqueiro é a mesma coisa, pois ao lançar suspeita sobre as pessoas ele mesmo se denuncia que sofre e que é pessoa invejosa e mal-resolvida, pois pessoa bem-resolvida não anda falando da vida de ninguém – quem não tem sujeira não vê sujeira nos outros.Hoje vejo sob outro ângulo o problema da corrupção das autoridades, pois procuro ver o que há por trás desses atos, pois no processo evolutivo e nas limitações deles é muito difícil se vencer essa provação - se você retirar um porco mil vezes da lama ele voltará mil vezes para lama. Arrisco na hipótese de que o corrupto é alguém que tem necessidade de poder e de dinheiro para se projetar na sociedade e assim diminuir, mascarar ou mesmo anular os seus conflitos existenciais, tais como a rejeição, inferioridade, insegurança, egoísmo, narcisismo, traumas de infância e a fraqueza de caráter.

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