Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

domingo, 29 de janeiro de 2012

Heidegger e a verdade - artigo - Diário do Nordeste

Tido como o maior filósofo do século XX, Heidegger proclamou-se simpatizante do nazismo e foi hostilizado pelos vencedores da Segunda Guerra, porém, reabilitou-se em seguida na França, graças a sua intelectualidade e credibilidade. Não se pode culpar o judeu Karl Marx pelos 20 milhões de assassinatos ocorridos na Rússia stalinista, o mesmo se aplica a Nietzsche e a sua pureza racial em relação ao nazismo. Carl G. Jung já tinha projeção internacional quando, em 23 de novembro de 1933, escreveu ao seu discípulo Rudolf Allers fazendo apologia ao nazismo, o que mais tarde lhe custaria o maldoso rótulo de antissemita. É preciso cautela para tratar de temas delicados, pois não se deve buscar justiça fazendo injustiça - seria uma contradição, mas o fato é que a História é escrita pelos vencedores, daí nunca se ter as versões dos perdedores e/ou de observadores independentes. Não é confortável escrever sobre guerras e mortos, mas é preciso enfrentar o tema com equilíbrio, pois há equívocos em pontos essenciais que precisam ser esclarecidos e a civilização tem o direito à verdade. Exemplo, sobre o Holocausto, disse o professor judeu, Listojewski, declarando à revista "The Broom", de San Diego, na Califórnia, nos EUA, no dia 11 de maio de 1952, sem que haja até hoje contestação, que: "Como estatístico tenho me esforçado durante dois anos e meio em averiguar o número de judeus que pereceram durante a época de Hitler. A cifra oscila entre 350.000 e 500.000. Se nós, os judeus, afirmamos que foram 6.000.000, isto é uma infame mentira". Frise-se, as mortes que ocorreram nos campos nazistas foram por diversos motivos, especialmente as várias epidemias naquela época. Outro ponto intrigante é que não há qualquer ordem escrita de Hitler, ou de algum dos seus imediatos, ordenando execuções contra os judeus.
A História das guerras é dupla, pois os soldados enviaram cartas com lamentações as suas famílias, mas os oficiais do mesmo exército sempre se vangloriavam nas missivas familiares. As câmaras de gás são também mitos, pois não há provas de sua existência, como o apresentado Holocausto - Shoá, em hebraico - o é, ambos descritos e propagados pelos vencedores da Segunda Guerra... Immanuel Kant dizia: "O homem nunca deve mentir; independente da consequência".



Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

domingo, 15 de janeiro de 2012

Verdade conveniente - artigo - Diário do Nordeste

A hipótese do aquecimento global é a pauta do ano, mas há contradições, pois responsabilizaram o homem como único agente das suas causas desprezando as fases solares e as mudanças climáticas periódicas da Natureza, exemplo: as estações do ano. De uma questão nobre e sedutora, o aquecimento global e a salvação do planeta, surgiu um novo nicho de negócio bilionário: a compra e venda de "créditos de carbono"; explico: os países não poluentes de hidróxido de carbono vendem seu "direito" de poluir transformando-o em "créditos de carbono" aos países poluentes para que haja uma "compensação" climática. Poderosos banqueiros, os Rothschild e os Rockfeller, arquitetaram o fabuloso plano do Banco Ecológico que "salvará" o planeta e colocou a civilização a serviço deles, pois, em sendo discurso subliminar, quem for contrário é tido como inimigo da humanidade e do meio ambiente. Não há provas de que o homem seja o único agente causador do "aquecimento global", daí as suspeitas de que o relatório climático da Organização das Nações Unidas - ONU - tenha sido manipulado para atender a interesses econômicos e assim legitimar a hipótese do aquecimento global e do Banco Ecológico que gerirá o clima e "salvará" o planeta. Geólogos afirmam que houve várias eras glaciais, pois encontraram diversas camadas de solos e arqueólogos escavaram sítios sobrepostos, sugerindo ter ocorrido mais de uma hecatombe e, segundo o povo maia, estaríamos prestes a vivenciar mais uma grande transição planetária, daí esses eventos geoclimáticos antecedendo - terremotos, tsunamis, enchentes, deslizamentos, secas, degelos, etc. - e o último livro da Bíblia, o Apocalipse, também relata fenômenos análogos aos que estão ocorrendo. O documentário, "Uma verdade inconveniente", do político e neoativista climático americano, Al Gore, Prêmio Nobel da Paz de 2007, mostra cenas da ação da Natureza que comoveram a civilização alertando-a do perigo do aquecimento global, no entanto, esqueceu de dizer toda a verdade, pois a cada 12 mil anos a Natureza se renova para continuar vivendo... O aquecimento global anunciado é obra de ficção e a teleologia visa, em última análise, manipular a opinião pública para auferir ganhos financeiros como em qualquer outro negócio num planeta eminentemente capitalista e "frio"...

 
Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A família em análise - artigo - Jornal OTEMPO de Minas Gerais

   Sigmund Freud dizia que a família era constituída de heróis trágicos que ora se atraíam, ora se agrediam, ora se matavam, mas reconhecia a importância do núcleo familiar na formação do sujeito, aconselhando que as relações familiares fossem conservadoras, porém, esclarecidas ao máximo.
Jacques Lacan, outro gigante da psicanálise, acompanhou o pensamento freudiano, mesmo não tendo conseguido uma estabilidade familiar, mas sabia da importância da família para o sujeito. Lacan ironizava contra si: "odeio minha família porque não posso amá-la", mas foi o próprio Lacan que criou os conflitos que justificariam esse ódio familiar.
   Alguns regimes políticos não dão ênfase à família, pelo contrário, tentam até anulá-la, pois o Estado estaria sempre em primeiro lugar, e pugnam pelo controle de natalidade para limitar e controlar a família e a sociedade; exemplo: comunismo, fascismo e nazismo.
   A desagregação familiar é fenômeno que, em tese, nasceu no século XIX, com o declínio do patriarcado e a descrença na religião; e a família então procurou se remodelar para continuar sobrevivendo a todos os ataques e modismos a que ficou exposta.
   Há pontos curiosos para se estudar em relação à família, pois todos a querem, mas poucos estão dispostos a constituí-la e arcarem com o preço que é pago por esse instinto inato de sobrevivência da espécie e do desejo de ter um lar. A família é tema recorrente na psicanálise, pois Freud, quando redescobriu o complexo de Édipo, a família passou a ser mais bem-observada em sua influência e importância na formação do sujeito.
   A família na contemporaneidade passa por nova crise e as separações conjugais não param de crescer. Porém, despercebidamente, vem aumentando assustadoramente outro fenômeno psicológico que quase sempre ocorre com o desenlace matrimonial que é conhecido hoje como "alienação parental", que tanto prejuízo causa na formação da criança e do adolescente. A "alienação parental" acontece quando a genitora manipula ou faz lavagem cerebral no filho para que fique indiferente e hostilizando o genitor por conta do seu desejo de vingança e do sentimento de abandono, impedindo, assim, a plenitude do amor filial. No entanto, em pequena escala, o contrário, ou seja, o genitor alienar o filho, é também possível.
   Observa-se outro fenômeno contemporâneo que diz respeito ao núcleo familiar, pois os homossexuais e as lésbicas estão reivindicando pelo mundo o direito de constituir família e de poder adotar, sugerindo que a família é algo necessário e sagrado para o sujeito.
   A questão do total descontrole do uso e do abuso das drogas, do alcoolismo, do suicídio e da violência urbana tem, em tese, muito a ver com a ausência do afeto da família na vida do sujeito.
   A família é um espinheiro em forma de lar, porém, necessário à civilização e ao sujeito. No entanto, como de tempos em tempos, remodelar-se-á para continuar existindo.

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é psicanalista