LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
A queda do homem
´Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.´ Mateus 6. 33. O pecado foi o motivo da queda do homem na visão mitológica da Bíblia. As cidades bíblicas de Sodoma e Gomorra teriam sido incendiadas por Deus por conta da violência e da corrupção que lá se instalaram. Amparando-se também na mitologia, a Psicologia e a Psicanálise, tentam justificar os conflitos do homem e as desordens na família. Resgata-se a tragédia de Édipo, que matou o pai e foi amante de sua mãe, Jocasta; a expulsão de Adão e Eva do Paraíso por terem comido o fruto proibido; Vênus, a deusa do amor, que descarrega a sua “ira” pelas doenças venéreas; o drama de Hamlet: ser ou não ser, eis a questão, e até o desespero de Jesus Cristo na hora da crucificação: “Pai, por que me abandonastes?”.Na realização da primeira fertilização in vitro, iniciou-se ai a mudança dos paradigmas da família, ou seja, a mulher seria capaz de gerar seu filho sem a necessidade do coito com o homem. Os movimentos pelo reconhecimento dos direitos das mulheres, datados de 1789, (Revolução francesa), até a expansão desses para o dos homossexuais (masculino e feminino), passando pelo surgimento da pílula anticoncepcional, em 1955, até a legalização do aborto (negação da vida) em alguns países, o homem perdeu a sua identidade e o seu goals (Objetivos) e se “encontrou” nas drogas. A juventude torna-se pecaminosa e “infértil”, pois não há quase mais relacionamentos saudáveis e a figura do homem, que tanto errou no passado, vai se repetindo de geração em geração. Há uma explosão de sexualidade e as meninas anteciparam a menarca por conta disto. A Aids infectou mais de 40 milhões e já matou 25 milhões de pessoas e outras doenças sexualmente transmitidas (DSTs) não param de proliferar pelo mundo.Assistimos neste momento grave a crise de identidade do homem. A família caminha para a derrocada, pois pais de verdade se transformaram em “ótimos” amantes e péssimos maridos. Mulheres fantásticas que sonharam tanto na adolescência e na juventude com o casamento e o lar, jogam-os agora ao léu na primeira crise conjugal. Pais extraordinários desistiram da luta contra as drogas. Até neste quesito a mitologia entra: Morfeu (morfina), deus do sono, dos sonhos e das ilusões; heroína, só ela era livre e vivia em êxtase (ecstasy).Chegamos ao Século XXI com todo mundo com medo de todo mundo. A juventude de hoje está “indo” ao inferno à procura de luz, quando o crescimento se dá justamente pelos relacionamentos.
Advogado
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