Meu novo livro: Novas abordagens

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Em busca da verdade - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Em busca da verdade

Em viagem à Sibéria, numa região limítrofe à Mongólia e ao Himalaia, em busca de checar uma informação de que lá havia um mestre espiritual com poderes sobrenaturais e chegando lá encontrei algumas pessoas de outros países com o mesmo objetivo e nem os 30º graus Celsius negativos nos desencorajou de buscar a verdade. No dia do tão esperado encontro com o mestre, o mesmo foi recheado de mistérios e como o local era escuro não vimos nem sequer o rosto desse mestre. Voltamos convencidos de que era tudo criação da cabeça de alguns.Nas duas temporadas em que estive no Tibete pude constatar como aquele local goza de um prestígio internacional, pois vários países já disputaram seu domínio. Um documento intitulado de “Fatos que ocorrerão no ano do Dragão da Madeira”, datado de 1850, anunciava a morte do 13º Dalai Lama, em 1924, as 1ª e a 2ª guerras mundiais, bem como a invasão do Tibete pela China, em 1950. Diz ainda esse curioso documento que a grande luz espiritual virá da terra de “O Fu Sang”, que por acaso é o Brasil. O povo tibetano é pacato e vive para praticar a sua religiosidade, mas nem só de santidade vive o Tibete hoje... Os tibetanos têm uma necessidade incrível de ter um líder espiritual para guiá-los, mas há contradições, por exemplo: pela tradição tibetana dos “Lamas” era para existir somente 13 Dalai Lamas, portanto, o atual, segundo a tradição, o 14º Dalai Lama, seria uma espécie de “genérico”. Um brocardo inglês diz o seguinte: “Books and travels change the life of people” (Livros e viagens mudam a vida da pessoa) e quem vai ao Tibete tem um choque cultural e nunca mais será o mesmo - com ou sem Dalai Lama genérico...Fui à Índia conhecer o mais reverenciado mestre espiritual indiano, Satya Sai Baba (Satya em sânscrito quer dizer “verdade”). Cheguei lá e enfrentei uma considerável fila para ver aquela alma iluminada, mas para minha surpresa as pessoas vão lá para reverenciar uma estátua de cimento com um pano vermelho enrolado na cabeça que dizem ser o Satya Sai Baba (!). Uma pessoa próxima a ele me disse que ele está muito velho, doente e já não anda mais. Sai de lá sem a verdade que tão longe fui buscar, mas trouxe a certeza de que se Sai Baba ainda estivesse gozando de saúde integral ele jamais admitiria aquela comercialização da fé em que se transformou o seu templo sagrado e nem exortaria as pessoas a ficarem fanatizadas e alienadas a ele.As pessoas se “filiam” a um mestre, padre, pastor, enfim, alguém em que acreditem que vai salvar a sua alma, o que não é verdade...

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