Nostradamus, no século XVI,
fez 942 previsões que são relembradas toda vez que há grande tragédia. A
biblioteca de Nostradamus foi incendiada e quase todos os seus livros
viraram cinzas, mas há quem defenda que Nostradamus apenas reescreveu a
história passada, pois sabia que o homem não muda e repete sempre a sua
trajetória... Correu boato pela Europa que no ano de 1.666 chegaria à
terra o verdadeiro Messias, filho de David, tão esperado pelos judeus,
mas em 1.664 já se sabia o seu nome: rabino Shabbatai Zvi. Zvi nasceu em
1.626, em Esmirna, na Turquia e arrastou multidões de seguidores em
Jerusalém e Safed, onde demonstrou saber cabalístico notável. Do dia 2 a
5 de setembro do ano 1.666, ocorreu o Grande Incêndio de Londres,
destruindo milhares de casas e de prédios comerciais e públicos e
acreditou-se que aquele ano era o apocalíptico e o nome de Shabbatai Zvi
foi lembrado como Messias, mas era outro alarme falso... No dia 15 de
setembro de 1.666, Zvi foi preso em Istambul e teve que escolher entre
ser decapitado ou converter-se ao Islamismo. Convertido, Zvi recebia
ainda 150 piastras por dia pelo seu trabalho de "Guardião das portas do
Palácio".
Em várias culturas há a crença de que haverá o
apocalipse e o juízo final, porém, somente o povo Maia, na América
Central, sugeriu a data fatídica de 21 de dezembro próximo como o
término da atual Era e o início da nova. Não há dúvida de que ocorre
outra grande transição planetária e deve ser encarada com naturalidade,
até porque é inevitável. Não se deve temer, mas não será fácil para
ninguém...
Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista
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