Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Censura nunca mais - Artigo - Observatório da imprensa


Censura nunca mais
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Por Luís Olímpio Ferraz Melo em 26/1/2010
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Até nas traduções de diversos livros é possível encontrar censura velada, ou mesmo explícita, pois textos são "adaptados" à cultura em que os livros e periódicos serão traduzidos. Exemplo: alguns escritos são violentamente modificados para retirar palavras tidas como de baixo calão e/ou que tenham conotação sexual ou sejam de sedição. Em países ortodoxos, os textos são "purificados" e não é de hoje; na então União Soviética, por exemplo, Aleksander Nikolaevich Radishchev (1749-1802) publicou de uma prensa particular o Journey from Petersburg to Moscow (1790) com críticas à censura e à escravidão soviética e logo em seguida foi preso e exilado na Sibéria.
Nos países comunistas, nada que pugne a liberdade – no sentido mais amplo da palavra – pode ser veiculado, já que todos estão presos fisicamente e no pensamento à doutrina comunista – inclusive, sugere-se que as atrocidades e os "gulag" de Stalin tenham sido "vazados" para o público primeiramente por panfletos impressos em impressoras clandestinas subterrâneas, já que a censura era explícita e irrestrita.
Os governos totalitários não têm qualquer apreço pela liberdade de expressão e são contrários ao sacrossanto princípio da transparência. Em Cuba, ainda hoje há críticos presos do regime do imortal Fidel Castro. A Venezuela deseja agora censurar legalmente temas que sejam "nocivos" à saúde mental da população, mas os censores fariam julgamentos subjetivos, ou seja, censurariam descaradamente qualquer coisa contrária aos interesses do ditador socialista Hugo Chávez.
Não podemos esquecer que o exemplo mais destacado de censura vem do índex dos livros proibidos da Igreja Católica que, além de proibir a leitura, punia os que liam "demais". Assuntos governamentais considerados "secretos" ou de "sedição" eram excluídos das redações dos matutinos e vespertinos e muitas edições foram abortadas antes da veiculação. Vê-se que a censura é um fantasma na civilização que vez por outra ameaça a heróica conquista que foi a liberdade de expressão. Daí, a necessidade de vigilância, ainda mais quando o Judiciário "inova", desenterrando a anacrônica censura judicial prévia.
Falam, com alguma razão, que a televisão e a mídia em geral manipulam os acontecimentos e a civilização, mas em sendo direito subjetivo, ninguém é obrigado a consumi-la. Qualquer republiqueta que se disser democrática deve consagrar na sua Constituição a garantia plena à liberdade de expressão. Não há qualquer vantagem para a civilização a diminuição, controle ou extinção da liberdade de expressão, pois sem essa conquista o totalitarismo sempre será ameaça real.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Gigante da psiquiatria - artigo - Diário do Nordeste

Gigante da psiquiatria
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Philippe Pinel foi, sem demérito para com os demais, o gigante da psiquiatria sem ser psiquiatra e o seu ensinamento ecoa ainda hoje nos estudos historiográficos das enfermidades mentais. Traduz-se, em apertada síntese, que a doutrina pineliana deseja libertar o paciente das correntes físicas e imaginarias para que este possa novamente respirar o ar livre e também o sê-lo. No hospital de Bicêtre, depois em Salpêtrié, ambos na França, Pinel libertou os alienados mentais dando-lhes dignidade e defendendo a tese de que era preciso uma vida moral de retidão e revisão nos comportamentos diários para não ser acometido e vitima dos hoje transtornos mentais. Pinel identificou na religião uma espécie de doença mental e os prosélitos eram tratados como alienados e proibidos de "fazer" conversões. As camisas-de-força da época foram limitadas aos indômitos que haviam perdido de vez a razão e colocavam em risco a sociedade. O preconceito entorno das terapias capazes de auxiliar no tratamento das enfermidades mentais sempre vem acompanhado de interesses obscuros e econômicos bilionários farmacológicos; e a questão dos nosocômios e dos defensores do seu fechamento é ambígua, pois sempre haverá pacientes carentes de internação para a intensificação do tratamento e o afastamento da sociedade, isto para segurança de ambos. Os psiquiatras contemporâneos parecem recear de renovar por conta da opinião pública e/ou de alguma autoridade ignorante prejudicá-los, mas a Eletro-convulsão-terapia - ECT - deve ser utilizada como meio de tratamento nos pacientes com enfermidades mentais, principalmente nos casos de iminente risco de suicídio, pois os resultados são fantásticos. Freud recomendou a eletroterapia para o tratamento da histeria, daí não haver razão para o preconceito com este método comprovadamente eficaz.
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LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Plano desumano - Artigo - Observatório da imprensa


DIREITOS HUMANOS
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Plano desumano
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Por Luís Olímpio Ferraz Melo em 12/1/2010
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Estava demorando a nova investida da turma do Palácio do Planalto contra a liberdade de expressão, pois eles ensaiam e tentam no Congresso Nacional, por meio de lei, ora por decreto, como agora. É grave a situação desse Plano Nacional de Direitos Humanos, mais ainda quando sai da secretaria que se diz defensora dos direitos desumanos, digo, humanos, pois é tudo que se precisa para se ter efetividade e eficácia na luta contra o desrespeito à dignidade humana é voz e espaço na mídia para mostrar as contradições.
A turma do Partido dos Trabalhadores em outrora, antes de eleitos, eram unha e carne com a imprensa, onde encontravam eco nos seus reclames e obtinham generosos espaços que refletiam nas campanhas eleitorais, mas depois o próprio presidente Lula passou a reclamar da mídia.
Essa movimentação contra a liberdade de expressão é em toda a América do Sul, pois os seus príncipes e princesas "socialistas" querem "controlar" a imprensa e calar os articulistas e intelectuais, daí a necessidade desses expedientes à socapa.
Quando os golpistas totalitários tomam de assalto algum governo, a primeira providência é se apossar dos meios de comunicação de massa, pois precisam divulgar a sua propaganda e assim tentar justificar e legitimar seu ilegítimo governo. Se prosperar e se o egrégio Supremo Tribunal Federal corroborar – coisa que não é difícil – esse tal decreto flagrantemente inconstitucional, será golpe contra os brasileiros e a pátria, pois a liberdade de expressão é conquista dos brasileiros e da civilização.
Por muito menos tempos passados os argentinos foram às ruas fazer "panelaço" pedindo a saída dos ministros da suprema corte argentina.
A população está desmobilizada e isto é prato cheio para os totalitários disfarçados de socialistas, ou sei lá o quê, fazerem o que querem com a população. Tudo é um esquema e em matéria de governo é bom, prudente e sábio desconfiar de tudo. Os ex-esquerdistas mudaram o discurso e hoje a corrupção é até aceitável, quando no passado queriam transformá-la em crime hediondo, a liberdade de expressão era sagrada para eles, hoje profana e desnecessária. Manipulados ou não, esses índices de aprovação do governo Lula, acabam fortalecendo esses desejos insanos de controlar tudo.
A liberdade de expressão é inegociável e devemos ser intransigentes em relação a isto, pois não queiram saber o que é um povo e um país afásico e governado por totalitários disfarçados de boa gente. A maioria da população somente saberá o valor da liberdade de expressão se vier a perdê-la, pois somente na ausência é que é notada essa heróica conquista.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Convite para o lançamento do meu novo livro - INÉDITOS


INÉDITOS é revelador e vai auxiliar na mudança positiva do pensamento humano.
Lançamento: 14 de janeiro, quinta-feira, às 19h e 30 min - Oboé cultural - Rua Maria Tomásia, nº 531 - Aldeota - Fortaleza - Ceará - Brasil.
Apresentação do livro e do autor: professor Harbans Lal Arora, Ph.D em física quântica

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Terrorismo em pauta - Artigo - Observatório da imprensa


RELIGIÃO & VIOLÊNCIA
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Terrorismo em pauta
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Por Luís Olímpio Ferraz Melo em 15/10/2020
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O terrorismo é tema pobre de análises dentro e fora da mídia, mas muito forte na mente das pessoas e alguns aspectos passam despercebidos do público. A origem de todas essas guerras ditas santas é encontrada nos livros ditos sagrados, pois mesmo sendo todos inconclusivos, sugerem que a humanidade não tem saída, ou seja, haverá um juízo final em que somente uma fração mínima escapará, isto se seguir piamente tudo que estiver prescrito nos livros ditos santos sem escorregar um só milímetro.
Acusam equivocadamente os muçulmanos de serem terroristas natos e sujeitos extremamente perigosos, mas não é verdade, pois o povo muçulmano divide-se em dois grupos: xiitas e sunitas; aquele é extremista e vivem quase todos no Oriente Médio e nem todos são terroristas. Os sunitas são os moderados e fiéis seguidores de sua fé prescrita no Alcorão; e não é razoável acreditar que estes estejam ligados a atos terroristas. Em qualquer religião há extremistas, que antigamente eram denominados de maniqueístas; e hoje, de fundamentalistas. Os xiitas terroristas, na verdade, são doentes mentais que escolheram alguma religião para se abrigar, mas que ideologia ou objetivo algum possui. Regra geral, o suicida deseja explodir o mundo, mas como não consegue matar todos, mata-se levando o quanto pode. A religião tem favorecido o fanatismo e a disputas; e a hipóteses que jamais serão comprovadas, visto que são ilusões as promessas.
A questão da guerra pela suposta terra prometida, anunciada na Bíblia, não passa de mais um equivoco distorcido nas múltiplas traduções e nas interpretações dos exegetas. A história é absurda e diz no livro Gênesis, do Antigo Testamento, que Jacó teria lutado com Deus e vencido a batalha; e o Criador teria mudado o seu nome de Jacó para Israel, dai a origem do nome que hoje seria a terra denominada em outrora de Canaã.
A doutrina do sionismo, diz, em apertada síntese, que somente se criando um estado judaico, Israel, os judeus estariam seguros. Fundado em 1948 e único país do mundo em que há duas capitais oficias – Jerusalém e Tel Aviv – Israel se notabiliza pela especulação imobiliária. Fugindo de Stalin, Hitler e Mussolini os judeus emigraram em massa para Israel e hoje há problema demográfico e de déficit habitacional naquela plaga.
Rousseau, no Discurso sobre a origem das desigualdades entre os homens, diz que um primeiro homem cercou um terreno que era de todos, e disse: "Esse terreno é meu!" E os demais nada disseram ou fizeram para impedir aquele absurdo que, segundo Rousseau, poderia ter evitado várias guerras e mortes inocentes.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Conceito prévio - Artigo - Diário do Nordeste

Conceito prévio
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Engana-se quem acredita que o preconceito é cultivado somente em países miseráveis e sem educação, pois no tal primeiro mundo também há preconceito. Qualquer preconceito é desfavorável à civilização e o problema está com o preconceituoso e não com o que sofre a discriminação, daí dever ser tratado aquele como sintoma. A homofobia é exercida num sintoma em que o sujeito denuncia seu "ódio de si"; os homossexuais e as lésbicas existem e são realidade social e sujeitos de obrigações e de direitos e a sociedade deve respeitá-los, mas estes quase sempre também têm preconceito do sexo oposto. Os sujeitos de cor escura ou negra devem se orgulhar de assim ser, pois os preconceituosos raciais é que estão enfermos e não querem enxergar as boas qualidades que há nos negros.A segregação racial, ou apartheid, na África do Sul, existe ainda hoje, pois há entre os negros também algum tipo de preconceito de cor, ou seja, a questão é mais complexa do que se imagina, seja lá o que se imagina.Nos Estados Unidos há segregação racial e os negros são vergonhosamente discriminados, mostrando que o título de primeiro mundo não conseguiu ultrapassar a fronteira do preconceito.Na França, país das liberdades e da igualdade, em tese, é possível ver e ouvir discriminações entre os seus patrícios e estrangeiros que ali buscam explicitar as suas limitações impedidas nas suas pátrias.Na Alemanha pós-Hitler, há áreas proibidas para negros conhecidas como "no go area" dominadas impunemente por neonazistas.Há discursos anti-semitas disfarçados de "intelectuais" entre notáveis e a xenofobia é praticamente existente em todos os países, pois se tomam as culturas nacionalistas exageradas - chauvinismo - e defendem e acreditam que somente seu país é bom e o seu povo puro. O preconceito está dentro do sujeito e não fora e deve ser tratado como sintoma maléfico à civilização.Não há qualquer prova ou indicio de que a cor da pele, a religião ou a opção sexual influencie na formação do caráter e da personalidade do sujeito e, lamentavelmente, chegamos ao século XXI ainda convivendo com os preconceitos.
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LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista