Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 10 de maio de 2008

Folclore tibetano - Artigo - Diário do Nordeste


Debates e idéias

Folclore tibetano

Tido como o “teto do mundo”, e o local mais sagrado do planeta, o Tibete, vive várias contradições em relação a sua história, e ao que se tem notícia por diversos meios. Local de difícil acesso e por demais controlado pelo governo Chinês, o Tibete, impressiona pela sua beleza natural rodeada de montanhas, neve, templos milenares e um povo manso, simpático, honesto e fanático pelos seus antepassados, pois dedicam boa parte do dia a adorá-los como se verdadeiros e vivos fossem. O argumento que a China usou, em 1950, na invasão, foi de que estava “libertando” o tibete dos tibetanos (?) e essa investida custou a vida de um milhão e duzentos mil inocentes tibetanos.É muito difícil reconstruir a história verdadeira do tibete, visto eles falarem apenas o dialeto tibetano que é extremamente difícil de compreensão., daí as mirabolantes versões das coisas que acontecem por lá. Para os tibetanos, existem duas religiões: o budismo e o Bon – e é a coisa mais importante e sagrada para eles, e essas equivocadas tradições vem se repetindo de gerações em gerações por milênios e sem nenhuma esperança de mudança. A tradição dos Dalai Lama – que no dialeto tibetano quer dizer: oceano de sabedoria – terminou com a morte do 13º Dalai Lama, em 1924, daí dizerem que o atual, o 14º Dalai Lama, seria uma espécie de “genérico” e o mesmo não é reconhecido por todos de lá, como líder espiritual. O santo mais adorado no tibete, chama-se, Milarepa, e este teria sido feiticeiro e matado vários e um dia, se converteu e passou a ser adorado naquela plaga. O tibete hoje tem toda a sua milenar cultura comprometida pela invasão do Capitalismo que transformou sua capital, Lhasa, numa metrópole como qualquer outra do mundo com hotéis de luxo, revenda de carros importados, bancos, lojas, etc. Sempre há manifestações pró-tibete, mas, muitos que participam das mesmas, nem sabem ao certo porque estão lutando e muito menos, a realidade atual tibetana. Nas duas temporadas em que estive no tibete, serviram para ter a certeza de que todo local do mundo é sagrado, e que religião e evolução, não são sinônimos.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Psicanalista