Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O novo homem - Artigo - Diário do Nordeste


Idéias

O novo homem

Fazia-se necessário a morte do “homem-velho”, que trazia consigo de outrora imperfeições produzidas pelo magnetismo que ainda refletiam nesta existência. Morrer não é o fim e nem nunca será; a morte, até em sonhos, tem apenas significado simbólico, de ruptura de situações e ou mesmo de comportamentos mundanos. O homem-novo deve nascer a cada dia dentro de nós, para que possamos assim sublimar os desafios inerentes à natureza humana e galgar equilíbrio para desfrutar durante nossa existência aqui na Terra. Todos os dias estamos morrendo e renascendo para vida, alguns, de forma positiva, outros, nem tanto, mas é preciso desmistificar a figura da morte no seu sentido mais amplo, para poder-se entender o fenômeno da vida. Muitos desses conceitos exagerados de puritanismo que enfiaram e pregaram de forma desumana em nossas mentes, pouco ou nenhum valor tem mais no mundo contemporâneo, mas o equívoco foi apregoá-los como se fosse algum tipo de “prêmio” aos que conseguissem alcançá-lo. Todo bem ou mal que se faz a outrem, se faz a si próprio, e essa regra é sábia e milenar e nada tem a ver com moralismo e/ou religião, e o homem não deve perder de vista que sua meta aqui na Terra é a perfeição que poderá ser acelerada ou minimizada nas etapas reencarnatória, pois a natureza dá-nos o livre arbítrio.Engana-se o homem, que revestido de preciosas oportunidades, tais como o conhecimento, bens materiais, poder decisório, etc, achar que não deve dar a contrapartida para a humanidade e assim justificar perante o Universo a dádiva recebida. Nada acontece por acaso e até nos casos aparentemente mais fortuitos, a natureza age de forma a ensinar-nos a grandeza de sua obra. A omissão dos que possuem tais méritos acima, vem custando sucessivamente a degeneração dos valores mínimos para manter a sociedade em harmonia e de forma progressiva. O novo-homem deve nascer o quanto antes para ser merecedor de continuar no processo evolutivo cuja meta sempre será a perfeição, livrando-se de vícios e do magnetismo do sensualismo que todos nós trazemos de tempos imemoriais e que precisa de cura.
Luís Olímpio Ferraz Melo
Psicanalista

domingo, 6 de abril de 2008

Epidemia invisível - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Epidemia invisível

Na atual conjuntura, governo e população se estarrecem com a proliferação acelerada das epidemias que ameaçam todo o sistema de saúde já bastante sacrificado. Neste momento, o planeta Terra passa por processo depurativo e de auto-ajuste e serão inevitáveis novas catástrofes e epidemias. Outrora, povos inteiros foram dizimados nesses períodos apocalípticos como o que se inaugura agora. Não há vencedores nem vencidos nesse processo, pois a Natureza age deliberadamente com o intuito de preservar a espécie humana e os animais que lhes interessa e a regra para a sobrevivência, após o cataclisma, parece-nos já ser conhecida dos antigos e imemoriáveis povos que já pregavam o respeito à Natureza, a honestidade e a caridade ao semelhante. Mas passa quase desapercebido do grande público a pior de todas as epidemias, talvez por ser invisível a olho nu, mas será a de maior complexidade e desafio para os novos tempos, que é a questão dos transtornos mentais. Extraiu-se pela primeira vez do último Encontro Nacional de Saúde na Espanha, este ano, que um em cada cinco espanhóis corre risco de sofrer algum tipo de transtorno mental e que boa parte dos medicamentos vendidos por lá são ansiolíticos, soníferos e antipsicóticos. As causas para tais transtornos foram apontadas como o estresse, vida sedentária, má alimentação, álcool, drogas etc. e foi pelos eminentes psiquiatras espanhóis, caracterizado tal evento como a Epidemia do século XXI. Infelizmente, os medicamentos ofertados pela indústria farmacêutica não curam ninguém; fazem, no máximo, o “controle” da doença. Basta ver que até hoje não há caso algum de cura da esquizofrenia por via de medicação convencional. Somente com a mudança de atitude mental e de comportamento, o indivíduo estará incólume da epidemia do século XXI. A esquizofrenia - ou transtorno mental - não tem ainda cura e aparece no sujeito de forma invisível e silenciosa, e evitá-la de todas as formas será o maior investimento individual que o homem poderá e deverá fazer para não entrar nas assustadoras estatísticas sempre crescentes dos transtornos mentais.
* Psicanalista