Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Vinculações mentais - Artigo - Diário do Nordeste

Opinião
Debates e idéias (30/12/2007)

Vinculações mentais

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

No dia 23 de agosto de 1973, três mulheres e um homem foram rendidos por seqüestradores num assalto a banco, em Estocolmo, na Suécia, e ao final do desfecho desse caso duas das vítimas acabaram se casando com os seus raptores, fato este que ficou conhecido mundialmente como a “Síndrome de Estocolmo”. Passa desapercebido nas pessoas a questão das vinculações mentais de tão sutis que são. Na historinha acima, percebe-se que os conflitos dos seqüestradores comoveram suas vítimas, que acabaram vivenciando os mesmos e se vinculando mentalmente com os seus algozes. Não é raro vermos no dia-a-dia essa situação se repetindo de diversas formas. Mulheres que são muito amigas e/ou na relação de filha e mãe que se confidenciam seus dramas mutuamente, acabam se vinculando mentalmente e a prova irrecusável disso é que até a menstruação passa a ter a mesma data. Muitas pessoas sofrem por problemas mundanos que nada tem a ver com elas e acabam se apropriando indevidamente daquele sofrimento, mas é necessário compreender que problemas coletivos exigem soluções coletivas. A vinculação mental gera dependência psíquica e é seguro dizer que as tragédias nos relacionamentos ocorrem por conta das pessoas não saberem separar o que é o problema de um e que é do outro. No estado contratransferencial, o sujeito vivencia o problema do outro por conta de estar vinculado mentalmente a outra pessoa, e isso é péssimo. Equivocadamente, os pais – mais as mães – querem fazer de suas filhas verdadeiras analistas e acabam sem saber tirando o glamour pela vida, pois no inconsciente delas são plantadas todas aquelas situações pejorativas que lhes são transferidas. Filhos não são analistas e devem ser poupados desse pesado encargo. As tragédias mundiais, sempre exageradamente destacadas pela mídia, produzem sofrimento em todos e as pessoas passam a desenvolver medos, tensões, angústias, ansiedades, mas é necessário saber separar e entender que quase nunca damos causa para aquelas situações. Portanto, não se justifica o sofrimento apenas por conta da sutil vinculação mental coletiva.

* Psicanalista

sábado, 8 de dezembro de 2007

O exemplo japonês - Artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Debates e idéias
O exemplo japonês

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Na manhã, do dia 6 de agosto de 1945, às 8 horas e 15 minutos, era detonada a primeira bomba atômica no mundo, na cidade de Hiroshina, no Japão. Depois desse evento, a humanidade nunca mais seria a mesma e as ameaças de outras guerras com arsenais de destruição em massa, pairariam para sempre. A chamada “guerra fria” campearia por todos os continentes amedrontando povos e nações inteiras com possíveis novas guerras mundiais. Desproporcional a forma de como é decidido o destino da humanidade, pois, dos 217 países do planeta Terra, com os mesmos números de governantes e/ou líderes religiosos, administram quase sete bilhões de pessoas. Tornar-se herói de guerra, geralmente morto, quase não se rende homenagens e é possível afirmar, com alguma segurança, que os poucos corajosos e que desejam ir à guerra, são na verdade, angustiados potenciais suicidas. Os japoneses não falam a língua inglesa e é por demais difícil se comunicar por lá, mas estou seguro de que inconscientemente haja bloqueio para se aprender a língua pátria dos EUA que tentou, em outrora, destruí-los. E não é diferente isso nos países muçulmanos, pois apesar de serem pessoas fantásticas, guardam mágoas e cicatrizes profundas dos povos que os rejeitam e, equivocadamente, os vêem de forma pejorativa, tudo isso por causa dos extremistas também chamados de xiitas, que nada têm a ver com a grande maioria dos muçulmanos. Não há esse “ódio” entre esses povos todos e parece-me algo apenas virtual. Não se pode descartar a hipótese de que todos esses profetas, que se matam em nome deles, nem sequer tenham existido. Tem muita coisa por trás das guerras. Nos países beligerantes, há sempre túmulos do “soldado desconhecido”, que diz no seu epitáfio: não sabemos o seu nome, mas sabemos muito bem o que você fez por nossa pátria - homenagem subliminar. Os japoneses não querem mais guerra de jeito nenhum. Em temporada nipônica, notei que, eles, apesar dos traumas, superaram as trágicas lembranças da bomba atômica e compensam com lhaneza sem fim a dificuldade extrema de comunicação lingüística que se tem naquela plaga.
* Psicanalista

sábado, 1 de dezembro de 2007

Debute da Nova Era - Artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Debute da Nova Era

Estabeleceu o filósofo Marco Aurélio: “Onde não há julgamento, não há sofrimento”. Na Nova Era não deverá existir mais justiça como essa convencional ainda existente, pois não deu certo o seu modelo e as próprias comunidades deverão resolver as possíveis querelas de forma harmoniosa e rápida. Conselhos de conciliação serão formados nas comunidades em substituição aos políticos e aos juizes, para solucionar, planejar e decidir tudo. As pessoas viverão em comunidades que, serão organizadas por afinidades e consangüinidade, mas dentro do máximo respeito à dignidade do homem. O capitalismo escravizou toda a humanidade e atrasou o processo evolutivo da humanidade e, portanto, não deverá ser insistido esse anacrônico e inepto sistema. Sociedades secretas não serão instaladas, pois a transparência deverá ser exortada sempre. Boas tradições e costumes que foram desperdiçadas por ignorância do homem, serão restauradas na Nova Era, tais como: a prática diária da yoga, a alimentação natural, o respeito à Natureza, boas leituras, caridade e compaixão ao próximo, honestidade, ética e tudo no planeta deverá doravante ser ecologicamente correto. Os ensinamentos psicanalíticos até aqui amealhados sobre o comportamento humano, devem ser propagados para se evitar muitos dos sofrimentos humanos que são causados por mera ignorância. Religião alguma será aproveitada ou criada na Nova Era, pois todas, sem exceção, faliram e atrasaram também o processo evolutivo da humanidade e aposentaremos todos os deuses e santos existentes. A igualdade, a educação, o respeito e a solidariedade entre os povos será condição singular para que nunca mais no mundo aconteçam guerras e injustiças. Não se deve temer, mas não será fácil para ninguém a transição para a Nova Era, e os que estiverem entre os Escolhidos, deverão observar essas singelas anotações, pois a humanidade não pode mais cometer os mesmos erros de outrora. A vida e a história da humanidade são cíclicas e tudo que nos acontece faz parte do processo de renovação do mundo. Não mais tardará para a humanidade saber toda a verdade.
* Psicanalista

sábado, 24 de novembro de 2007

Poder de decisão - Artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Poder de decisão

A todo instante estamos em vias de decidir como será o nosso futuro. Temos que assumir que somos os únicos responsáveis por tudo que nos acontece durante a vida. A maioria das pessoas sempre quer atribuir a má sorte ou mesmo a castigo divino, os seus insucessos e dissabores na vida, mas na grande maioria das vezes, a decisão estava em suas mãos e foi tomada a mesma de forma equivocada. Não entra na cabeça de ninguém que muitas das pessoas que cometem delitos de pequena monta, gastam tudo que tinham com advogados, quando são surpreendidos pela policia. Tabagistas inveterados sabem, que terão problemas respiratórios, enfisemas pulmonares e câncer, mas não abandonam o cigarro por nada, quando a decisão está em suas mãos. Com o alcoolismo não é diferente, pois muitas pessoas sabem que podem até perder suas preciosas vidas por conta dos desequilíbrios causados pelo álcool, mas sempre tomam a decisão errada. As drogas são caminhos muitas vezes sem volta e quase sempre, o adicto termina num nosocômio, mas poderia evitar isso. Os pais são fundamentais na formação de seus filhos, pois os mesmos têm-nos como referencial e sem o exemplo de sublimação desses vícios ficará difícil convencer seus filhos que os mesmos, não valem a pena e que são apenas armadilhas ilusórias de autodestruição. A saúde não tem preço e muitos só aprendem isso após adoecer gravemente. Quantos crimes passionais poderiam ter sido evitados se os cônjuges tivessem evitado os relacionamentos extraconjugais e sido leal ao seu companheiro (a), mas optaram pela satisfação de mero desejo momentâneo e criaram problemas permanentes. Se as pessoas parassem para analisar e medir seus atos, suas conseqüências e importâncias futuras, muitas tragédias e doenças teriam sido evitadas no mundo, mas o Ser humano é imediatista e quer gozar a qualquer preço de forma hedonista. Em todas essas situações acima, o livre-arbítrio do homem foi respeitado e ele assumiu o risco de suas decisões e, portanto, não poderá reclamar ou culpar quem quer que seja pelos seus infortúnios, pois a decisão sempre esteve e estará em suas mãos.
* Psicanalista

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

sábado, 10 de novembro de 2007

Quimera esquerdista - Artigo - Diário do Nordeste


Opinião

Quimera esquerdista

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Não fui e nem nunca serei filiado a qualquer partido político, daí ficar bem à vontade aqui, para falar sobre a cova rasa cavada pela “esquerda” brasileira. Parece impossível viver, e não ser enganado em algum momento da vida, e por qualquer motivo, mas há pessoas que parecem “curtir” esse estado de enganação que os políticos tentam fazer com os eleitores. Os pseudo-intelectuais, que diziam ter a fórmula exata para a redenção do país, agora silenciaram e assistem ao funeral da esquerda de forma omissiva e concorrendo para todos os delitos que os ex-esquerdistas estão a cometer contra a nossa pátria.Os ex-esquerdistas mudaram o discurso ao assumirem o poder, e são hoje em dia, meros boquirrotos e fisiologistas. Traíram o nosso povo e a nossa pátria, pois passaram mais de duas décadas pregando a ética e a moralidade na vida pública, mas na verdade revelaram-se apenas invejosos do poder e das benesses que os governistas sempre usufruem. Não são mais moralistas – se é que foram um dia – e furtaram a esperança do povo brasileiro e não há mais ninguém para contestar esse desastrado governo, pois tradicionalmente era a esquerda que sempre se insurgia contra as mazelas da política. Infelizmente não há mais esquerda no Brasil – se é que teve um dia – e os ex-esquerdistas estão preocupados apenas em se manter no poder e garantir o emprego de seus aliados. Criticaram tanto a divida externa nos governos anteriores, inclusive prometendo auditoria na mesma, mas acabaram foi aderindo aos caprichos dos banqueiros internacionais. Estou envergonhado de ter votado com a esquerda nas últimas eleições e peço perdão aos políticos que critiquei em outrora. Não acredito mais em nenhum político, pois eles não ficam indignados diante de tantos desvios de conduta e do erário. Os ex-esquerdistas defendem agora subliminarmente a tese de que o pecado existe, e de que todos somos pecadores compulsivos. Implantaram programas sociais fisiologistas que, além de alienar os mais necessitados, acabam também escravizando-os. O ideal esquerdista de outrora, transformou-se hoje em dia, em mera quimera.
* Psicanalista

sábado, 27 de outubro de 2007

Sobre o Apocalipse - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Sobre o Apocalipse
A cidade mais antiga do mundo, segundo arqueólogos e os textos bíblicos, é Jericó, em Israel, e de lá também provém muito dos conhecimentos do mundo antigo que foram alguns corroborados pelos pesquisadores, porém, muito dos escritos são tratados apenas como mitos e quimeras. Israel, que é limítrofe com vários países históricos, revela-nos vários segredos enigmáticos para se compreender alguns fatos da historiografia da humanidade e do mundo. O Egito, com suas noventa pirâmides, dispõe de ensinamentos preciosos em seus hieróglifos, datados anteriores a Era Cristã, inclusive sobre o Apocalipse, que em grego quer dizer: revelações. Na América Central, os Maias, pasmem, já falavam antes mesmo da Era Cristã do Apocalipse, e no seu calendário, a Nova Era iniciará no dia 21 de dezembro de 2012, porém, nosso atual calendário, o gregoriano, começou a ser contado por volta do ano VI da Era Cristã. Segundo o conhecimento dos Maias, esta será a quinta vez que acontecerá essa movimentação brusca na Terra que ocorre a cada período de 12 mil anos. O ultimo livro do Novo Testamento, o Apocalipse, portanto, não é inédito quando fala de cataclismas e fatos terrificantes para toda a humanidade. Deve-se ressaltar que, o Alcorão, livro sagrado dos mulçumanos, também fala da hecatombe, porém, ambos, sem anunciar datas. O livro sagrado do Judaísmo, a Torá, não fala de Apocalipse, pelo contrário, Abraão prenuncia apenas a conquista da terra prometida para o povo judeu, Canaã, em Israel. A 3ª guerra mundial é inevitável e sempre aconteceram conflitos antes das grandes mudanças glaciais na Terra, pois a historiografia da humanidade é mera repetição de fatos, mas poderia ter sido mudada. De tudo que pesquisei e estudei sobre os antigos conhecimentos, digo-lhes, em tese, os escolhidos ou eleitos, citados nos textos, são aqueles caridosos, os que conseguiram perdoar seus semelhantes, respeitaram a Natureza e não tem ódio em seus corações, pois tudo isso são conhecimentos que foram amealhados de diversas culturas e compendiados pelos antigos e não me parece ser obra divina a sua gênese.
* Psicanalista

domingo, 21 de outubro de 2007

Teoria da conspiração - Artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Teoria da conspiração

Os enunciados dos paladinos da teoria da conspiração no mundo possuem argumentos fortes. Tratados como loucos ou alucinados, os intelectuais que afirmam haver uma conspiração contra a humanidade não falam à toa e sem razão. Há diferença substancial entre “negar” e “não acreditar”. Quando você nega tem-se que usar argumentos válidos para desconstrução da hipótese, mas quando não se acredita, apenas crê-se que deve ser algo tão absurdo que foge ao raciocínio lógico, daí a maioria das pessoas apenas não acreditar na conspiração. Se o homem pudesse livremente decidir se quer ou não ir à guerra, não haveria conflitos no mundo, mas quem decide são sempre os governantes e os “lideres” religiosos que criaram o “ódio” virtual entre os povos – sempre potencializado pela mídia -, pois são lutas inglórias e insanas, onde os únicos vencedores são os fabricantes bélicos e os bancos que financiam os genocídios. Adolfo Hitler queria dominar o mundo e esteve várias vezes no Tibete aprendendo técnicas de persuasão de massas usando até o esoterismo. Quantas perguntas sem resposta até hoje. Por que tantas mortes misteriosas? Por que somente cinco países têm poder de veto no conselho de segurança da ONU? Para quem serve as sociedades secretas? Por que afirmam que os EUA sabiam com antecedência dos atentados de 11 de setembro e nada fez para impedi-los? Por que tantas guerras? Por que os EUA têm sempre que ter um inimigo? Por que o governo brasileiro, que se diz do povo, não rompeu com os banqueiros internacionais e com a divida externa que já foi paga várias vezes? E tantas outras que não caberiam aqui? Não há argumentos e/ou atitudes nos nossos governantes e autoridades que levem a crer que há bondade e boa-fé em suas mentes. Não vejo interesse em se acabar com a criminalidade. Só são condenados os que não estão no esquema. Esse atual sistema foi algo bem bolado, mas eles – os conspiradores – achavam que nunca seriam desmascarados. Como dizem os niilistas: a ignorância é a causa de todos os males da humanidade. Não encontro elementos para negar a teoria da conspiração no mundo.
* Psicanalista

sábado, 6 de outubro de 2007

Elogio da lucidez - Artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Elogio da lucidez


A pluralidade de religiões, credos, seitas e doutrinas, já ultrapassou a casa das três mil denominações no mundo. Cada qual afirma ter a verdade absoluta e a alquimia, e trazem deuses e dogmas inexplicáveis e fantasiosos que ninguém nunca conseguirá provar, dai as mesmas dizerem que é preciso ter “fé”. O fanatismo religioso tem comprometido a plenitude da lucidez nas pessoas e muitas estão caminhando para continentes obscuros e perigosos. No aspecto social universal, as religiões têm servido de “pano de fundo” para as guerras, e a próxima, será inevitável. Desde o politeísmo que o homem procura adorar objetos e animais como se deuses fossem, e com o advento do monoteísmo passou-se a crer e a reverenciar apenas a um único Deus, que na mitologia bíblica, teria sido o criador do Universo e autor da vida - quando não se tem explicação para algo, cria-se um mito.As pessoas entram nessas arapucas religiosas geralmente quando estão fragilizadas, e no desequilíbrio momentâneo são induzidas a acreditar em todas essas fantasias que as religiões oferecem. Na verdade são empresas comerciais como qualquer outra e todos ali, estão faturando o seu pão-nosso-de-cada-dia, ou é mentira? Todos os dias aparecem novos “gurus” pregando o amor e a paz no mundo, mas, na sua maioria, além de delirantes, sofrem de perturbações mentais, diz a psiquiatria, e a história tem confirmado essa nosografia. No ano de 1978, nos Estados Unidos, o reverendo Jim Jones, que pregava o amor, induziu seus seguidores a tomar suco de laranja envenenado com cianureto e analgésico, causando 914 mortes e é o maior suicídio coletivo da história da humanidade. O mega empresário brasileiro, Bispo Edir Macedo, afirma ser o intermediário entre Deus e a humanidade e que somente em sua igreja há essa tal salvação e vincula as pessoas a sua seita para extorqui-las. O milionário indiano, Satya Sai Baba, diz pra quem quiser ouvir que é o próprio Deus e já até anunciou qual será o seu nome na próxima encarnação. O diagnóstico desses citados acima é teocentrismo e obsessão crônica, que é o estágio mais longínquo da lucidez.

* Psicanalista

sábado, 22 de setembro de 2007

Processo evolutivo - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Processo evolutivo


Bilhões de pessoas confundem “devoção” com “evolução” e nada tem a ver uma coisa com a outra. Na devoção, se adoram imagens, santos, pessoas, animais, deuses, etc., e nesse estágio não há evolução espiritual alguma, pois o devoto sempre ficará preso a dogmas e ao passado, e assim, nunca avançam. Na evolução é justamente ao contrário, pois somente se entra no processo evolutivo quando se abandona todos esses padrões mentais e essas “bengalas” psicológicas que são as imagens, crenças, deuses e amuletos. Verdadeiramente deve se dizer que, é muito discreto o número de pessoas que estão dentro do processo evolutivo, e isso não é bom para a humanidade. Há muito fanatismo e as pessoas “devotadas” estão impermeáveis à verdade e a novas idéias. No Tibete, os tibetanos caem pelo chão num ritual de desprezo à dignidade humana, mas, acreditam eles, que essa devoção aos “deuses” os levará à devoção. Na Rússia, no século XVIII, a seita mística Skoptzy castrava o pênis dos seus devotos numa negação da procriação, e na Índia, ainda hoje, na comunidade Hijras, a castração peniana é praticada e exortada pelos devotos. No Nepal, em Katmandu, há todos os sábados o ritual do sacrifício do animal, que, segundo eles, dá sorte e saúde aos devotos que sacrificarem seus animais degolando-os. Ao contrário do que se pensa, não há na Índia nenhuma coqueluche de evolução, mas contradições é o que não faltam, pois os ditos mestres espirituais de lá não tiveram tempo para estudar, pois priorizaram arrecadar dinheiro de seus devotos, daí o grande equivoco em relação à devoção e evolução. A Índia há milênios não avança um só milímetro em matéria de evolução espiritual, pois a tradição do devotamento é muito forte e não se vê ninguém querendo mudar o final dessa triste história. De todos os países que conheci, a Índia foi certamente o local que mais devotos encontrei, e uma cultura destruída pelo capitalismo e pelo fanatismo religioso. Num olhar imparcial, digo-lhes, foi dramático o que por lá descobri. Retornei da Índia preocupado com o futuro daquele humilde, devotado e enganado povo.
* Psicanalista

domingo, 9 de setembro de 2007

Ensaio das obsessões - Artigo - Diario do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Ensaio das obsessões


Os atos do homem, não somente são dirigidos pelo inconsciente, como dizia Freud, mas também o são pelas obsessões. Essa abordagem leva a quebra de paradigmas de pensamentos e de comportamentos para se entender como as obsessões agem em nossas vidas. Possivelmente todas as doenças mentais e neurológicas, estão ligadas às obsessões - afastada as hipóteses de causas genéticas e/ou orgânicas. A farmacologia tratará de negar esses fenômenos – obsessões – por questão de sobrevivência, mas o fato é que, a maioria das enfermidades no homem, é produzida por disfunção energética. Entender o processo de instalação das obsessões e suas múltiplas facetas, necessita de estudo sobre o tema e de ampla investigação de campo, pois é sutil e aparentemente inofensiva a forma como os espíritos obsessores se apresentam inicialmente nas pessoas. Tem-se observado, com alguma freqüência, que as pessoas usuárias de drogas, álcool, tabaco e até alguns remédios alotrópicos, possuem desejos que não são necessariamente delas, pois muitas não entendem e se queixam de “forças” e impulsos invisíveis para atuação nesses vícios. Assombrar-se-á a comunidade cientifica com a informação de que, muitos homossexuais e lésbicas, nada têm a ver com esses padrões de comportamentos, pois, flagrantemente, foram induzidos por “forças” alheais as suas vontades e que, por não terem reagido, tornaram-se vitimas das obsessões e passam a acreditar equivocadamente que os seus destinos já haviam lhe reservado essas situações. Muitas pessoas sentem-se rejeitadas sem explicação razoável para tanto, o que nos leva a dizer que trata-se também muitas vezes de processo obsessivo. Outras tantas sentem-se e se queixam de perseguição – parafrenia -, mas de onde vem essa perseguição imaginária? Responsabilizar somente a mente humana, não é razoável. E o que dizer da depressão e do “desejo” de morrer, já que não existe efeito sem causa, ou esses seriam “sentimentos” universais inevitáveis? A vigilância no comportamento e no pensamento, evitar ao máximo vícios e fanatismos religiosos, ainda é o melhor antídoto contra as obsessões.
* Psicanalista

terça-feira, 28 de agosto de 2007

No campo das idéias - artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO (26/8/2007)

No campo das idéias

O mundo virtual trouxe para toda humanidade, várias oportunidades de conhecimentos, porém, alguns insistem em transformar essa importante ferramenta de conhecimento e interatividade em ambiente hostil e, em alguns casos, até criminoso. Mas a humanidade é assim mesmo e temos que compreender sem julgar os objetivos de cada um na vida, afinal, cada qual é o único responsável pelo seu destino, pois somente se colhe o que se planta, e não adianta depois reclamar.Quando estive em Israel, fiquei encantado com os Kibutzs – em hebraico quer dizer: agrupamento ou comunidade -, pois, dos 285 existentes hoje lá, os mesmos formam verdadeiras famílias, e todos são tratados de igual forma, e se revezam nas atividades do cotidiano. O capitalismo é resistido a todo “preço” dentro dos Kibutzs, pois os seus partícipes priorizam o bem-estar coletivo, ao invés das “delicias” do “vil metal” que tanto mal tem produzido para toda a humanidade. O Orkut – a palavra orkut em turco significa: local das reuniões sagradas - foi criado pelo engenheiro de software, Orkut Büyükkökten, que teve a preciosa idéia de aproximar as pessoas na Internet num site exclusivo de relacionamentos. Também estando na Era da informação on-line e da Internet, disponibilizei no meu Blog - www.nocampodasideias.blogspot.com/ - alguns dos meus escritos para os leitores que por acaso queiram pesquisar, ou mesmo, reler esse ou aquele texto, bem como criticar, sugerir, interagir, enfim, fazer o que quiserem, pois os leitores são os únicos e legítimos destinatários que nós publicistas reconhecemos quando estamos escrevendo algo. Recomendaria, e aqui faço votos de que realmente todos os qualificados leitores façam, a terapia do perdão, que se encontra no Blog, e que dura trinta dias, mas tem valor extraordinário para libertação do passado e do “sentimento de culpa” que todos tem. Não conheço, outra terapia de resultados tão profundos e fantásticos como essa, e num espaço de tempo relativamente pequeno. Copiem e imprimam no Blog a “Oração do perdão”, e comecem o quanto antes o caminho para a grande libertação. Eu garanto.
* Psicanalista

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Vencer contra a sorte - Auto-ajuda

Vencer contra a sorte.

“Aleije-o, e terá um Sir Walter Scott.
Prenda-o numa cela, e terá um John Bunyan.
Enterre-o nas neves de Valley forge, e terá um George Washington.
Crie-o numa miséria abjeta, e terá um Abraão Lincoln.
Submeta-o ao amargo preconceito religioso, e terá um Disraeli.
Aflija-o com asma, em criança, e terá um Theodore Roosevelt.
Torture-o com dores reumáticas até ele não poder dormir sem um narcótico e terá um Steinmetz.
Ponha-o no poço de lubrificação, e terá um Walter P. Chrysler.
Faça dele um segundo violino numa desconhecida orquestra da América do Sul, e terá um Toscanini.

‘Caro Hermam: Obrigada pelo enviado. É realmente inspirador, mas gostaria de acrescentar outro vencedor a essa lista:
Ao nascer, negue a uma criança a faculdade de ver, ouvir e falar, e terá uma Helen Keller.”
“Caros leitores: A coluna de ontem estava cheia de nomes (apresentados pelos meus leitores) de gente que conseguiu vencer lutando contra a sorte. Hoje continuamos a lista:
‘Veja uma criança de talidomida que nasceu com um corpo mirrado e contorcido, sem braços, e verá Terry Wiles que, com o auxilio de parelhos mecânicos, aprendeu a tocar o órgão elétrico, dirigir uma lancha e pintar.
Ampute a perna cancerosa de um bonito jovem canadense, e terá Terry Fox, que fez voto de correr com uma perna só atravessando todo o Canadá, para ganhar um milhão de dólares para pesquisas sobre o câncer. ( Terry foi obrigado a parar no meio, quando o câncer invadiu seus pulmões, mas até hoje já conseguiu cerca de 20 milhões.) .
Depois de ter perdido as duas pernas num desastre de aviação, façam um piloto de caça britânico voar de novo com a RAF, e terão Douglas Bader que, com dois membros artificiais, foi capturado três vezes pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial... e fugiu três vezes!
Cegue-o, e terá um Ray Charles, George Shearing, Stevie Wonder, Tom Sullivan, Alec Templeton ou Hal Krents.

Classifique-o como ‘burro demais para aprender’e terá um Thomas Edison.
Torne-o alcoólatra ‘perdido’ e terá Bill Wilson, fundador de Alcoólatras Anônimos.
Diga que ela está muito velha para começar a pintar aos 80 anos, e terá a Vovó Moses.
Atormente-o co períodos de depressão tão agudos que ele chega a cortar a própria orelha, e terá Vincent Van Gogh.
A sua lista não estaria completa sem um Max Cleland sorridente, que perdeu as duas pernas e um braço no Vietnã e hoje é diretor da Administração dos Veteranos em Washington, D.C.
Não esquecendo Patrícia Neal, a admirável atriz que teve um grave derrame, mas se recuperou vencendo dificuldades tremendas.
Cegue-o aos 44 anos, e terá John Milton, que, 16 anos depois, escreveu Paraíso Perdido.

Chamem-no de caso perdido e reprove-o na sexta série, e terá um Winston Churchill.
Castigue-o com a miséria e preconceitos, e ela poderá sobreviver para tornar-se outra Golda Meir.
Coloque-a contra a discriminação sexual, e terá uma Madame Curie.
Diga a um garoto que gostava de desenhar e pintar que ele não tem talento, e terá um Walt Disney.
Peque uma criança aleijada, cujo único lar foi um orfanato, e terá James E. West, que se tornou o primeiro executivo dos Escoteiros da América.
Considere-o ‘medíocre’em Química, e terá um Louis Pasteur.
Torne-o homossexual, e terá um Miguel Ângelo e um milhão de outros talentos.
Nem todas as incapacidades são físicas ou visíveis. E nem todos os que venceram, apesar das dificuldades, são celebridades.
Toda família tem os seus heróis e heroínas para quem não há medalha de honra suficientemente importante para recompensar as suas façanhas.
É a vocês, cujos nomes não aparecem aqui, mas mereciam aparecer, que dedico esta coluna”.

Fonte: Texto retirado do jornal Los Angeles Times. Tradução livre.

Autobiografia em Cinco Capítulos

Autobiografia em Cinco Capítulos.


1) Ando pela rua
Há um buraco fundo na calçada
Eu caio
Estou perdido...sem esperança.
Não é culpa minha.
Leva uma eternidade para encontrar a saída.

2) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Mas finjo não vê-lo.
Caio nele de novo.
Não posso acreditar que estou no mesmo lugar.
Mas não é culpa minha.
Ainda assim leva um tempão para sair.

3) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Vejo que ele ali está
Ainda assim caio...é um hábito.
Meus olhos se abrem
Sei onde estou
É minha culpa.
Saio imediatamente.

4) Ando pela mesma rua.
Há um buraco fundo na calçada
Dou a volta.

5) Ando por outra rua.


Fonte: Poema de Portia Nelson, citado por Charles L. Whitfield, M.D., em Healing the Child Within (Orlando, Flórida: Health Communications, 1989).

domingo, 19 de agosto de 2007

Pobres moços - artigo - Diário do Nordeste

Opinião

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Pobres moços

Demorei muito tempo para ter a certeza de que a paz de espírito não tem preço e que a felicidade plena nada tem a ver com vícios e/ou riquezas. O maior patrimônio que o homem constrói na vida é, sem nenhuma dúvida, o equilíbrio. Sem o equilíbrio pouco ou nada o homem fará na vida. Uma vida equilibrada pode surpreender até os mais céticos quando conseguem chegar a esse estágio. Lutei muito para recuperar o tempo desperdiçado com bebedeiras e farras sem fim, pois, ao invés de dedicar naquela época o tempo para leituras edificantes, desperdiçava-o ouvindo, falando e fazendo besteiras. Muitos pais de hoje em dia, nem sonham como anda a vida de seus filhos e podem se assustar quando assim descobrir... Essa fase da vida do homem é por demais delicada, pois o individuo é tentado de todas as formas e somente aceita suas idéias, como se as demais fossem inválidas. Muitos são carentes e, se desesperam e, caem nas drogas para “viver” num mundo virtual, onde não há tragédias, desilusões, traições, egoísmo, enfim, num mundo fantasioso e impossível. É muito difícil para os jovens da contemporaneidade imaginar-se sem vícios, pois o contexto social os impede de ver vida fora desses círculos. Sem falar das “oportunidades” semanais de festas que acaba impedindo os jovens de pensar e quem sabe até mudar de vida. As paixões, são as doenças da alma, dizia René Descartes, e os moços sofrem em busca de um amor perfeito que não existe. Existe sim, tesão, atração, companheirismo, admiração, lealdade, mas amor em relacionamento afetivo, não existe. Amor é algo sublime e harmonioso, bem diferente da proposta dos relacionamentos. Os casais se apaixonam e desapaixonam diversas vezes durante o relacionamento, pois se apaixonados ficassem muito tempo, enlouqueceriam devido à cumplicidade. Esses moços de hoje em dia, possuem visão imediatista, e acabam desperdiçando ótimas oportunidades de construir alicerces para uma vida feliz. Se pudesse voltar ao tempo, priorizaria infinitamente a busca do equilíbrio a qualquer outra coisa. Queria eu ter lido essas linhas acima quando nos meus tempos de moço.

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

domingo, 12 de agosto de 2007

Oração do perdão - A melhor terapia do mundo


“Precisamos descobrir um modo de nos livrar do passado, não importa os traumas que ele tenha causado. Perdoar significa desistir de toda esperança de um passado melhor”. Jack Kornfield, PhD.

Faça a oração abaixo, todos os dias, por pelo menos 30 (trinta) dias, que tenho certeza que sua vida vai florescer. Ao rezar, faça pequenas pausas, respirando profundamente algumas vezes, para descarregar o acúmulo de energia emocional. Eu garanto. Boa viagem de cura e paz.

                                        ORAÇÃO DO PERDÃO

“A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que de alguma forma me ofenderam, me injuriaram, me prejudicaram ou me causaram dificuldades desnecessárias. Perdôo, sinceramente, quem me rejeitou, me odiou, me abandonou, me traiu, me ridicularizou, me humilhou, me amedrontou, me iludiu. Perdôo, especialmente, quem me provocou até que eu perdesse a paciência e reagisse violentamente, para depois me fazer sentir vergonha, remorso e culpa inadequada. Reconheço, que também fui responsável pelas agressões que recebi, pois várias vezes confiei em pessoas negativas e permitir que descarregassem sobre mim seu mau caráter. Mas agora estou livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes negativos. Inicio agora uma nova etapa de minha vida, em companhia de gente amiga, sadia e competente que querem compartilhar sentimentos nobres, enquanto trabalhamos pelo progresso de todos nós. Jamais voltarei a me queixar, falando sobre mágoas e pessoas negativas. Se por acaso pensar nelas, lembrarei que já estão perdoadas e descartadas de minha vida definitivamente. Agradeço pelas dificuldades que essas pessoas me causaram, pois isso me ajudou a evoluir espiritualmente. Quando me lembrar das pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas boas qualidades e pedirei ao Criador que as perdoe, pois também são filhas de Deus.
Perdôo também a todas as pessoas que rejeitaram o meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito que assiste a cada um de não me corresponder e me afastar de suas vidas. E agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma, consciente e inconscientemente, eu ofendi, injuriei, prejudiquei ou desagradei.Analisando e fazendo julgamento de tudo que realizei ao longo de toda a minha vida, vejo que o valor das minhas boas ações é suficiente para pagar todas as minhas dívidas e resgatar todas as minhas culpas, deixando um saldo positivo a meu favor. Sinto-me em paz com minha consciência e de cabeça erguida envio uma corrente de energia destinada ao Eu Superior (respire fundo e imagine-se sendo coberto(a) por uma luz branca que vem do alto). E peço ao meu Eu Superior orientação, proteção e ajuda para a realização, em ritmo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando agora e para o qual já estou trabalhando com dedicação e amor (Peça algo importante para a cura da sua alma). Agradeço de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e comprometo-me a retribuir trabalhando para o bem do próximo, atuando como agente catalisador do entusiasmo, prosperidade e auto-realização na minha vida e do próximo. Tudo farei em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador, Eterno, Infinito, Indescritível, o único poder real que atua dentro e fora de mim. Assim seja, assim é e assim será.”
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Fonte: Autor desconhecido

Nota: A Oração do perdão funciona tanto para os criacionistas, bem como os evolucionistas, pois trata-se de uma ferramenta extraordinária para a libertação do passado e do sentimento de culpa, independente de crença e/ou religião.

terça-feira, 7 de agosto de 2007


Luís Olímpio Ferraz Melo
Fortaleza - Ceará - Brasil

Pensamentos:

"I cannot live without books"
Thomas Jefferson at 1815

Books and travels change the life of people
Brocardo americano

sábado, 4 de agosto de 2007

Pais e filhos modernos - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Pais e filhos modernos

Um dos maiores tratados sobre educação vigente foi escrito pelo filósofo, Jean-Jacques Rousseau – “Émile”. Por ironia do destino e após o sucesso desse compêndio, Rousseau acabou escrevendo outro livro, “Confissões”, em que tenta justificar a razão de ter abandonado seus filhos num orfanato, causando assim, inequívoca contradição.A contemporaneidade produz jovens cada vez mais difíceis de se observar e a liberdade em demasia dada pelos pais faz deles jovens fadados aos inevitáveis transtornos emocionais, não somente pela carência afetiva, mas também pelo desejo de “gozar” a qualquer preço. Seguro estou de que, a explosão das drogas no mundo, diz respeito a carência afetiva nas pessoas. Os pais abriram mão de sua autoridade e não entendem que, a “diferença” deve ser respeitada, pois pai é pai, mãe é mãe, filho é filho e amigo é amigo, e baldeiam tanto essa relação que há confusão na cabeça dos jovens que querem que seus pais sejam seus “cúmplices” assim como são sempre os amigos. É muito difícil amizade verdadeira hoje em dia, e, os filhos devem saber que alguém que lhe oferece drogas ou coloca-o em situação constrangedora, não pode ser considerado amigo. A família passa por provação difícil, pois a desintegração da mesma e a ausência dos pais na educação dos seus filhos fazem com que eles aprendam o que deveria ser orientado em casa, na rua, e nas piores condições possíveis. A família do futuro, em tese, será apenas a “família possível”. Os pais também não devem alimentar “sentimento de culpa” por conta das desídias de seus filhos, pois essa relação familiar, além de complicada, é também cheia de equívocos insanáveis. Por outro lado, os filhos quando adolescentes, devem ser advertidos e saber que os pais se traumatizam por conta de seus comportamentos rebeldes. Todo filho sempre terá o que reclamar de seus pais, até porque, não há família perfeita. Como acertadamente disse o poeta: (...) Você me diz que seus pais não entendem/mas você não entende seus pais/você culpa seus pais por tudo/e isso é absurdo/são crianças como você/o que você vai ser, quando você crescer?
* Psicanalista

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A questão da culpa - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(29/7/2007)

A questão da culpa

Essa parece questão simplória e inofensiva, mas não é, pois o sentimento de culpa pode e causa danos impressionantes nas pessoas que podem levá-las até a loucura. As pessoas que vivem remoendo o passado e sonhando com vinditas sofrem demasiadamente e sem justa causa, pois para se avançar tanto na seara pessoal, bem como na espiritual, faz-se necessário a libertação do passado, independente do que tenha acontecido. A cultura do temido e punitivo Deus criou no homem o fantasma da “culpa”, que as religiões trataram de potencializá-la para assim “controlar”, pelo medo, os seus rebanhos. Nada mais cruel, equivocada e desproporcional do que essa idéia da “consciência de culpa”, pois todos nós, de uma forma ou de outra, estamos inseridos nessa cultura anacrônica e ilógica das religiões. Seria razoável e prudente o homem renunciar a sua religião se assim fosse necessário para se libertar da consciência de culpa, pois além de ser a porta de entrada para as obsessões, esse malfadado e inútil sentimento atrapalha a evolução espiritual do homem. Os precursores da psiquiatria já haviam alertado para o fato de que as pessoas portadoras de transtorno mentais se queixarem sempre de sentimentos de culpa e de estarem “presas” ao passado. Bastar-se-ia somente essa inequívoca nosografia para se repensar todo o sistema religioso do mundo, já que esse sentimento nasce do medo de uma punição imaginária e fantasiosa que ninguém consegue provar.Tenho sérias dificuldades em entender os clérigos, pois divulgam tanto e atemorizam os seus fiéis com essas histórias de punição divina e isso e aquilo que poderá vir acontecer, quando nem eles têm garantido essa tal “salvação”. Estou seguro que nem os próprios homiliastas acreditam nos seus equivocados e pomposos discursos.Os textos sagrados são anacrônicos e cheios de contradições reais. O certo é que o homem deve urgentemente se libertar desse malfadado e perigoso “sentimento de culpa”. Perdoem-me todos os clérigos do mundo, mas saibam que serão responsabilizados pelas futuras gerações por terem atrasado o processo evolutivo da humanidade.

*Psicanalista

Aos intelectuais - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(15/7/2007)

Aos intelectuais

O papel do intelectual é apontar para a opinião pública as contradições na sociedade, e o termo “intelectual” surgiu ainda no século XIX e foi oficializado por Maurice Barrès, em 1º de fevereiro de 1898, em artigo no Le Journal, intitulado “O protesto dos intelectuais”, que apoiava Émile Zola, na sua defesa pública denunciando a cúpula do governo francês no caso da condenação injusta do capitão Alfred Dreyfus. Os intelectuais são homens de conhecimento enciclopédico e podem — e devem — guiar a humanidade, mas o que se vê hoje em dia, com honrosas exceções, é o silêncio e o medo deles de serem engolidos pelo sistema e assim ter os seus interesses contrariados. A contrapartida que a sociedade civil reclama é apenas a divulgação de forma imparcial dos conhecimentos necessários para libertá-la dos governos déspotas e de tudo mais que as impede de progredir. A formação da opinião no dia-a-dia é muito importante para termos no futuro uma sociedade menos injusta. Por conta da desinformação e da maledicência, a humanidade já desperdiçou várias oportunidades para avançar, tanto na esfera da conscientização política, bem como na seara espiritual. No iluminismo, os nossos abençoados filósofos já disseram muitas coisas boas sobre a inépcia das religiões, mas ainda hoje se conservam de forma discreta essas idéias e são quase imperceptíveis às melhoras nessa área do pensamento humano.A corrupção cancerígena e o descrédito que se instalou nos poderes da República poderiam ter sido evitado se estivéssemos vigilantes, organizados e comprometidos com o bem-estar coletivo. Se os intelectuais não se insurgirem pacificamente contra o sistema, buscando assim o equilíbrio nessa relação desproporcional entre capital, população e governos, seremos engolidos pelos nossos próprios “governantes”, pois faz tempo que não há respeito à coisa pública, e o erário sangra sem tréguas. Auguro aos intelectuais de nossa moribunda pátria que sobreponham sem medos os interesses coletivos aos seus individuais, pois todos serão questionados e cobrados no futuro sobre o que fizeram em prol do nosso País.
* Psicanalista

Em que acredito - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
DEBATES E IDÉIAS
(8/7/2007)

Em que acredito

Não tenho mais idade para acreditar em certas coisas que as tradições insistem que verdadeiras são. Deus é a Natureza, que é a força que rege o Universo. A Natureza cobra de cada um de nós a perfeição para que todo o sistema viva em plena harmonia e os desvios são reparados nesta ou em outras existências por meio das expiações. Jesus Cristo foi homem inexplicavelmente inteligente, mas não acredito que houve milagres. Não acredito em santidade, até porque a palavra “santo”, em diversas línguas, quer dizer apenas: Universal. Somente pelo conhecimento o homem se liberta desses padrões mentais ilusórios e fantasiosos que são as crenças e as religiões.O Capitalismo escravizou toda a humanidade e essa ânsia de se ganhar cada vez mais dinheiro causa sofrimento nas pessoas e, na transição para Nova Era, os materialistas terão grande sofrimento para viver em nova realidade. Todos os impérios econômicos ruirão... Acredito no mundo espiritual que não é muito diferente daqui, pois seremos lá a imagem do que fomos aqui e lá todos são iguais. Não acredito em homens com poderes sobrenaturais aqui na Terra, pois isso vai contra as leis da Natureza que nos criou todos em igual fôrma. Muitas pessoas peregrinam na Índia atrás dos ditos mestres espirituais – os Sai Babas - que afirmam ter poderes paranormais, quando na verdade muitos deles são excelentes mágicos e ótimos ilusionistas. O venerado líder da Igreja Católica, papa Bento XVI, foi eleito pelos seus pares para ser o chefe da congregação católica no mundo, mas poder algum divino tem, pois somos todos iguais e com as mesmas limitações. A humanidade deve se preparar para a hecatombe que se avizinha e que já aconteceu outras cinco vezes, pois a mesma será necessária para o inicio da Nova Era. A vida e a história da humanidade é cíclica e isso não é adivinhação. A coisa é tão simples que fica até difícil de acreditar, pois somente pela caridade ao próximo conseguiremos exercitar a compaixão e não há santo ou deus algum para nos salvar ou mesmo castigar. Cada um é o único responsável pelo seu destino na vida. Colherás o que plantar.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO* Psicanalista

Alcoolismo tem cura - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(1/7/2007)

Alcoolismo tem cura

Não me diminui e nem cansarei de dizer que era alcoólatra para que outras pessoas não caiam na mesma “armadilha” que cai e que me causou vários dissabores. Todos sempre querem negar a dependência química e o rótulo de alcoólatra, mas, se usou álcool de forma sistemática, não tem jeito, é alcoólatra. A sociedade e os seus equivocados costumes enfiaram na cabeça das pessoas que somente nos tornamos adultos após adquirirmos certos hábitos que nem sempre são saudáveis. Sempre se tem boa desculpa para se iniciar patuscada, e tudo acaba sendo motivo para comemorações, pois até as derrotas são “comemoradas” regadas a álcool. No primeiro momento, o álcool dá uma falsa sensação de êxtase, mas depois vem o desequilíbrio e a inevitável ressaca que tanto mal faz ao sistema fisiológico do homem. O alcoolismo destrói homens, famílias e sociedades de forma silenciosa e não se vêem esforços das pessoas para se livrarem desse vicio. Na Rússia, por exemplo, por muito tempo a vodka era difundida como o antídoto para o frio gélido e, quando lá proibiram a mesma, o consumo de cerveja disparou de forma assustadora. Nos Estados Unidos, durante a chamada “lei seca”, em que se proibia a venda de bebidas alcoólicas em locais públicos, o consumo não diminuiu, pois as mesmas passaram a ser consumidas dentro das residências em quantidades ainda maiores do que as habituais. O governo da Suécia monopolizou por muito tempo a fabricação e a venda de bebidas alcoólicas, pois certamente deve ser mais fácil “controlar” as pessoas pelo efeito do álcool, como se o alcoolismo fosse uma “panacéia”.Os pais precisam dar urgentemente o exemplo para os seus filhos e se abster de álcool, drogas e cigarros, para que eles não se tornem dependentes dessas “bombas” de efeito retardado, pois os efeitos colaterais já mostram claramente que em breve teremos uma sociedade doente e com graves seqüelas mentais irreversíveis. A cura para o alcoolismo passa pela decisão de se abster do “doce veneno” que é o álcool. Qualquer tipo de dependência é prejudicial ao homem, pois o escraviza e ninguém morre se se abster do álcool.
* Psicanalista

Édipo não morreu - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(24/6/2007)

Édipo não morreu

No dia 21 de setembro de 1897, Sigmund Freud abandonou a sua teoria da sedução, a qual dizia que as neuroses tinham como origem algum trauma sexual sofrido na infância e em 15 de outubro de 1897, numa carta para Wilhelm Fliess que Freud cita pela primeira vez Édipo, quando diz: “(...) Encontrei em mim, como em toda parte, sentimentos amorosos em relação à minha mãe e de ciúme a respeito de meu pai, sentimentos estes que, penso eu, são comuns a todas as crianças (...)”. No mito edipiano, que mais tarde se transformaria de forma irreversível no “Complexo de Édipo”, baseado na obra de Sófocles, Édipo deseja sua mãe, Jocasta, e mata sem saber seu pai, Laio. Ao perceber a tragédia, Jocasta se enforca e Édipo fura seus próprios olhos. Assim teria surgido a primeira relação incestuosa numa família e essa descoberta daria rumo à psicanálise. Mesmo tendo sucumbido pelo destino, o espírito de Édipo ainda hoje vive entre nós. O complexo de Édipo aparece na criança entre os três e os cinco anos de idade e pode colocar a criança como rival de seu pai e/ou pode a mesma ter ternura pela mãe em desfavor do pai. O Édipo é óbice para o menino na realização dos seus desejos e o fim do complexo no menino se dá com o medo da castração e na menina quando descobre e começa o complexo de castração e a inveja do pênis. Não há uma só criança que escape do complexo do Édipo e por muito tempo a psicanálise foi chamada de “edipiana” em tributo ao Édipo rei. Várias foram às hipóteses sobre a crise do patriarcado e da família na Era vitoriana e o fundador da sociologia, Émile Durkheim, conflitou com a idéia de Freud em relação à família e dizia que a mesma tende a se reduzir devido às relações sociais e a evolução do capitalismo, que, segundo Durkheim, daria origem ao individualismo e Freud dizia que a família era formada por heróis trágicos que se desejam, dilaceram-se e se matam, mas que é a mesma é viável. “Só a descoberta do complexo de Édipo bastaria para colocar a psicanálise entre as preciosas aquisições do gênero humano”, dissertou Freud no livro ´No Esboço de psicanálise´.

* Psicanalista

Sempre Freud - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(18/6/2007)

Sempre Freud

A historiografia de Sigmund Freud foi manipulada e poucos atentaram para esse grave fato. Seus críticos não tiveram sequer a honestidade de pesquisar nos “Arquivos Freud”, que se encontram na biblioteca do congresso nacional dos Estados Unidos, em Washington, bem como nos museus Freud, em Viena, na Áustria, e o de Londres, na Inglaterra, toda a verdade sobre a obra e a vida do fundador da psicanálise. Além dos nazistas, da Igreja e das feministas, havia muito interesse em invalidar a doutrina freudiana, pois não se pode negar que desde os primórdios da psicanálise há muitas discórdias no meio e na então repressora sociedade vitoriana.Foi Maria Bonaparte que, em 1936, começou a recolher as correspondências de Freud pelo mundo e, após a desencarnação de Freud, em 1939, e do fim da 2ª guerra, em 1945, começou-se a organizar os “Arquivos Freud” com todos os manuscritos, ensaios, livros, teorias, teses e milhares de correspondências. Poder-se-ia afirmar, em apertada síntese, que toda a doutrina freudiana sustenta-se na teoria do inconsciente, pois dá ênfase aos traumas do passado que devem ser revividos para serem curados definitivamente pela fala. Não foi relação fácil de Freud com os seus discípulos e alguns deles romperam, não por discordarem exatamente de suas idéias, mas por motivos considerados fúteis, como foi o caso de Carl Gustav Jung, que rompeu por conta de Freud não ter ido a sua casa após conferência que realizou em sua cidade. O grande psicanalista francês, Jacques Lacan, plagiou muitas das idéias de Freud, mas isso não invalida sua genialidade e todos os seus brilhantes seminários psicanalíticos. Freud lutou por toda a humanidade quando publicou antes da 2ª guerra manifesto contra o nazismo e a perversa doutrina de Hitler, e por conta disso teve que ser exilado em Londres.A humanidade tem dívida impagável para com Freud. Contam que ele estava consultando sua cliente, madame Fanny Moser, que lhe contava problema neurológico, quando Freud tentou interrompê-la e, admoestado, nascia ali a cura pela fala.

Anatomia do aborto - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(3/6/2007)

Anatomia do aborto

Federação Internacional de Planejamento Familiar divulgou nesta semana estudo no qual afirma que 70 mil mulheres morrem por ano no mundo por conta de complicações decorrentes de abortos mal realizados, mas, ressalva o estudo, que nenhuma dessas mortes ocorreu em países em que o aborto é legalizado. É comum aparecer estudos e tratados dessa natureza quando algum país abre o debate acerca da legalização do aborto - como é o caso agora do Brasil. Legalizar o aborto não resolverá o problema dramático vivido pelas mulheres na gravidez não planejada. Há muita “paixão” e equívocos nesse tema e nos EUA, por exemplo, os grupos pró-vida explodiam as clínicas de abortamento com pessoas dentro, numa contradição sem fim, pois não se pode lutar pela vida matando as pessoas. Os que são favoráveis à legalização do aborto dizem que é direito da mulher o corpo dela, mas também nunca mostram o outro lado e o aborto fica como se fosse um “oásis”.Os governos que pugnam pela liberação do aborto estão na verdade querendo fazer é “controle de natalidade” e não pensando no bem-estar das mulheres, pois no Brasil, por exemplo, num sistema se saúde beirando o caos não se pode acreditar que haverá benesses para as mulheres e também não há nenhuma garantia de que não haverá mais mortes. É sofisma dizer que a liberação do aborto trará a “redenção” para as mulheres, pois não há nenhuma égide razoável nas ciências que estudam o comportamento humano, pelo contrário, pois o que se vê são mulheres mutiladas física e psiquicamente após essas intervenções de aborto e ficam com a perigosa “consciência de culpa”. As mulheres precisam é de orientação para que possam decidir antes do ato sexual se querem ou não engravidar, pois diante de tantos meios contraceptivos e informações sobre as seqüelas permanentes causadas pelo aborto, não se pode querer “controlar a natalidade” usando para tanto a saúde e a vida das mulheres... Até pessoas sérias, dignas e inteligentes caíram no equivocado apoio à legalização do aborto que nenhum benefício trará para as mulheres e tampouco para humanidade.* Psicanalista

Desafio oriental - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(28/5/2007)

Desafio oriental
Quando estive no Oriente Médio para conhecer o Egito e Israel, almejava lá tirar todas as minhas dúvidas que ainda me perseguiam em relação ao Cristianismo e a todos os conflitos que acontecem naquela seara sagrada. É preciso muita coragem para enfrentar riscos iminentes de guerras nas regiões limítrofes de Israel, tais como a Jordânia, a Síria e o Líbano e no mais complicado terreno beligerante de lá que é a “Faixa de Gaza”, que fica entre Israel e o Egito. Basicamente, duas culturas dividem esses dois paraísos: a judaica e a mulçumana. Israel – em hebraico significa: Aquele que luta com Deus - é o único país judaico do mundo e há dentro dele conflito secular com a cidade de Belém, onde vivem os palestinos que reivindicam suas terras e onde hipoteticamente teria nascido Jesus Cristo...Não é raro encontrar pelas ruas e avenidas de Israel homens, mulheres e até adolescentes portando fuzis de grosso calibre pelas ruas na maior naturalidade, mas fora o perigo iminente de guerra não há violência urbana em Israel. Visitei todos ou quase todos os locais ditos sagrados de Israel e, se minha intenção era saciar minhas dúvidas, devo confessar que trouxe mais do que levei...Todos os locais dos acontecimentos bíblicos são dados lá apenas como hipotéticos e é bom frisar que o respeitado e lhano povo judeu que vive em Israel não acredita na história de Jesus Cristo, mas respeita a tradição e os seus peregrinos. Do outro lado, no Egito, país muçulmano, tive a surpresa de conhecer um povo simpático e trabalhador e bem diferente do que havia lido até então sobre eles. O povo egípcio é traumatizado por conta de atentados que aconteceram outrora e que prejudicaram e muito o turismo naquela bela região, e a tensão por conta de terrorismo é latente por lá. O litígio, por conta da intolerância das religiões e dos territórios que teriam sido invadidos indevidamente no Oriente Médio, poderá levar o mundo à terceira guerra mundial, mas aposto que, se os mulçumanos e judeus pudessem decidir livremente e sem a influência de seus líderes, se querem ou não essa guerra, ela não acontecerá.

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

Saida honrosa - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Idéias (14/5/2007)
Saída honrosa

A questão das drogas e da dependência química no mundo é muito complexa e varia de continente para continente. A cada dia diminui a idade dos jovens que ingressam no submundo das drogas ilícitas e muitos pais, que deveriam orientar seus filhos e coibir as drogas, fizeram foi aderir a elas. As drogas tendem a se generalizar no mundo e já há vastas opções de alucinógenos disponíveis. Fatalmente os governos necessitarão rever suas políticas e leis sobre as drogas. Não podemos mais ser hipócritas e acreditar que há algum controle sobre as drogas no mundo. As drogas estão substituindo o ato sexual e já é possível afirmar que o consumo de drogas pode causar esquizofrenia e é hoje a maior causa de suicídio. O mundo está fadado a virar hospício, pois os jovens estão sem limites e as alucinações de hoje transformar-se-ão nas loucuras de amanhã e campearão numa velocidade assustadora e sem nenhum controle na Terra.Não havendo a ´pílula da felicidade´, as pessoas buscam nas drogas suprir a carência de afeto e a falta de objetivos de vida, e ´gozam´ com elas. Possuem visão curta por se ter vida mediana. São na verdade imediatistas, pois não há necessidade do homem ser escravo das drogas. Não se pode negar que a dependência química passa pelo processo obsessivo e os jovens que teriam futuro brilhante agora só têm a certeza de que terminarão num nosocômio. No Egito, por exemplo, a bebida alcoólica é proibida, mas em compensação o haxixe é liberado e considerada parte da população é viciada. Nos países da América do sul, o consumo é desenfreado e quase não há repressão. Na Europa, o problema é bem maior do que se imagina, na Oceania e África, nem se fala, enfim, não há um só país ou continente que tenha revertido ou diminuído o consumo de drogas, e o tráfico de entorpecentes virou a indústria mais próspera e rentável do mundo. O mundo vive processo de autofagia por conta das drogas. A saída honrosa, em tese, seria a liberação imediata das drogas, mas as mesmas teriam que ser prescritas e acompanhadas por médicos nessa transição, pois eles estudaram o seu uso terapêutico e os efeitos.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELOPsicanalista

Somos todos vítimas - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(4/5/2007)

Somos todos vítimas

A psicanálise por muito tempo atuou como se “inquérito policial” fosse, pois sempre almejava encontrar o culpado de nossos conflitos, mas essa fórmula foi abrandada e modificada na sua essência, pois agora com a universalização do conhecimento poder-se-á aplicar várias hipóteses a todos os casos concretos. A cultura do patriarcado ainda é muito forte na sociedade, pois mesmos os mitos bíblicos já terem sido todos “enterrados”, a figura do pai sobreviveu a todos os “atentados”. Não há efeito sem causa e isso é pacífico na literatura especializada, mas na busca do culpado primeiro, Sigmund Freud sugeriu o mito da Horda selvagem, em que o patriarca abusava sexualmente e com violência das suas esposas e os filhos crescendo e assistindo aquilo, resolveram esquartejar o pai e comeram os pedaços para que ninguém nunca soubesse e, segundo Freud, estaríamos até hoje sem conseguir digerir essa história e a falha teria acontecido na primeira família. Precisamos reconhecer que somos os únicos responsáveis por tudo que nos acontece e que precisamos de uma vez por toda abandonar a teoria fatalista e indigesta do “pecado original” das religiões para justificar o mal-estar e o descalabro em que anda a humanidade.Sem nenhum medo de errar, digo-lhes que os nossos pais também tiveram os seus conflitos em suas infâncias, ou seja, a vida é mera repetição de fatos. A grande maioria das pessoas está presa ao passado e é preciso exortá-las a se libertarem do passado, independente do que tenha acontecido, pois quem vive “preso” ao passado sofre e alimenta remorsos e a malfadada e perigosa “consciência de culpa”. Sempre precisamos encontrar o “culpado” para os nossos insucessos e jogamos a culpa em alguém. Historinha budista diz que quando sorrimos dentro de um problema que demos causa, é porque já encontramos em quem colocar a culpa. Ninguém nasce com “manual” de como não errar e os nossos pais também foram vítimas, pois somos todos vítimas de ninguém. Como disse o poeta: (...) Você culpa seus pais por tudo/ E isso é absurdo/ São crianças como você/ O que você vai ser, quando você crescer?

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

Amsterdã agoniza - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
(28/4/2007)

Amsterdã agoniza

Nenhuma pesquisa envolvendo jovens, drogas, sexualidade e liberdade poderá ser considerada completa se o pesquisador não passar temporada em Amsterdã, na Holanda, para investigar e ouvir o que dizem os jovens daquela metrópole européia. As drogas generalizaram-se de tal forma que é possível e sem nenhum esforço sentir o cheiro lá da cannabis (maconha) em qualquer local e diuturnamente e sem nenhuma cerimônia. Amsterdã tornou-se o paraíso da liberdade para os jovens e é hoje destino turístico dos mais procurados do mundo, não somente pelas suas belas paisagens, mas também pela libertinagem sem limites. As drogas são vendidas livremente em lojas ou mesmo pelas ruas e vielas tendo variado “cardápio” para os apreciadores desses alucinógenos. A questão das drogas já é irreversível lá e daqui a pouco será no resto do mundo...A “feira” do sexo descomedido é realizada à luz do dia e mulheres jovens e vultosas oferecem em vitrines seus corpos por 50 euros por meia-hora de sexo a quem quer que queira. Ouvindo os depoimentos de alguns jovens de Amsterdã, chega-se a pensar que a vida para eles se resume em drogas, sexo e rock ´n´roll.Em Amsterdã quase não se vê crianças ou adolescentes nativos, pois a proliferação do homossexualismo e do lesbianismo já criou uma sociedade estéril e fadada a extinção daqui há algum tempo devido ao liberalismo ao extremo daqueles jovens. Os que se atreverem a tentar entender Amsterdã terão que encontrar o coeficiente e a contradição que pairam por lá, pois os índices de analfabetismo são baixíssimos, a pobreza é por demais discreta e quase não há violência urbana.Se se pensava que pela educação poder-se-ia transformar o mundo, em Amsterdã não funcionou, pois a pressão dos jovens amsterdameses por liberdade em demasia criou outro fenômeno dentro da comorbidade que já era presente nos jovens, pois visivelmente falta objetivo de vida para eles; a família desintegrou-se; a Igreja falhou e o patriarcado faliu de vez. Oremos por Amsterdã.

Freud explica -artigo - OPOVO

ARTIGO
Freud explica
Luís Olímpio

12/07/2006 02:02
Não foi por falta de aviso que o sistema penitenciário e a violência urbana explodiu e fugiu do controle das autoridades brasileiras, pois há anos os sinais dessa anunciada "crise" vinha sendo dado. Chegamos ao fundo do poço em matéria de segurança pública e não há nenhuma medida em curto ou mesmo em médio prazo que seja capaz de reverter o quadro dramático em que nos encontramos. Em nenhum país do mundo, que se diga democratizado e com governo constituído e que tenha coragem de dizer que vive num "Estado democrático de Direito", há uma violência urbana desenfreada e banalizada como a que o Brasil está vivendo, salvo se o país estiver em guerra civil declarada, sem governo ou em convulsão social. A inexperiência das autoridades e dos políticos faz com que não se encontre nenhuma solução inaugural para se começar a reverter o quadro e não será com penas mais duras ou até a pena de morte que se resolverá essa questão. Queiramos ou não todas essas pessoas que adentraram no mundo do crime são vitimas da sociedade e do Estado. Aparecem as idéias mais anacrônicas e ineficazes para se conter a violência urbana e já falam até na pena de morte como "remédio" amargo para o caso. Esquecem que a pena de morte foi legalizada na Europa e por não ter dado certo foi abolida lá mesmo e hoje o país que almejar participar da comunidade Européia terá que abolir a pena de morte se pactuar com ela, pois sabem que violência gera violência. Sigmund Freud buscou no "Mito da horda selvagem" o mal-estar na civilização, pois neste mito os filhos esquartejaram o pai que abusava sexualmente e com violência das suas esposas e comeram os seus pedaços e logo depois apareceu a "consciência de culpa", pois os filhos utilizaram uma violência maior para combater outra e, segundo Freud, estaríamos até hoje sem conseguir "digerir" essa história.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é advogado.

Verdade seja dita - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Idéias (20/1/2007)
Verdade seja dita

Não quero pecar por omissão e vou compartilhar com os qualificados leitores algumas informações que julgo serem da máxima importância para todos. Haverá mudanças desafiadoras para toda a humanidade em breve e digo isso não para amedrontar, pelo contrario, pois os leitores são testemunhas que tenho visão positiva da vida e meditei bastante antes de escrever esse artigo. Os conhecimentos egípcios da antiguidade já falavam desse período de transição que passa a Terra nesse momento e a fúria da natureza e esses desencarnes coletivos são a prova de que o mundo de regeneração já começou...As pirâmides do Egito foram construídas na antiguidade para proteger dentro delas o conhecimento daquela época, pois sabendo da reencarnação os egípcios queriam reencarnar e buscar rapidamente o conhecimento. Há também várias informações da civilização Maia na América Central e dos tibetanos importantíssimas sobre a nova Era...Essas hipóteses, à primeira vista, parecem absurdas e fantasiosas, mas não são, pois trata-se de conhecimentos milenares sobre astrologia, astronomia e numerologia que indicariam como a Terra se comportaria em cada ciclo de vida da humanidade. Os hieróglifos egípcios e maias apontam 2012 como o ano que findará um ciclo e nascerá nova Era para toda a humanidade, mas o mundo não se acabará nunca, inclusive em 9792 a.C aconteceu fenômeno análogo a esse, mas haverá mudanças profundas para toda a humanidade...No mundo apocalíptico vindouro a corrupção e a violência serão banidas da Terra para o nascimento de nova ordem social sem vícios, corrupção, egoísmo, luxúria, inveja e ódio. Isso não é adivinhação, pois os antigos sabiam que a Terra em outrora já passara outras vezes por esse mesmo processo, inclusive a Bíblia cita o dilúvio e as cidades de Sodoma e Gomorra que teriam sido incendiadas por Deus por conta da violência e da corrupção.Ninguém deve se desesperar e nem temer a inaugural nova Era, pois a mãe Natureza sabe o que faz...
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Advogado

Epílogo freudiano - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Idéias (6/1/2007)

Epílogo freudiano

Toda verdade passa por três estágios. Primeiro, ela é ridicularizada. Segundo, é violentamente combatida. Terceiro, é aceita como sendo auto-evidente´. Schopenhauer. O intelectual que não for polêmico tornar-se-á mero repetidor de idéias, pois até falar de Deus gera dissidência, pois há quem não acredite Nele. A pessoa vira ´vitrine´ ao publicar novas idéias e passa a ser alvo de criticas e calunias, até Jesus Cristo, que nada devia à humanidade, foi crucificado como embusteiro e ainda hoje é hostilizado por extremistas religiosos.Sigmund Freud foi uma dessas vitimas da ignorância e do preconceito da então emasculadora, anacrônica e repressora sociedade vitoriana.Ainda hoje não se conhece todo o conteúdo da obra de Freud, pois, nos ´Arquivos Freud´, que foram organizados pelos Drs. Siegfried Bernfeld e Kurt Eissler e que se encontram na biblioteca do Congresso Nacional dos Estados Unidos, há documentos que somente poderão ser revelados no ano de 2100, pois houve acordo entre a família de Freud, os organizadores do arquivo e as demais partes interessadas. A feminista francesa, Dra. Luce Irigaray, ganhou muito dinheiro publicando livros e vendendo para as feministas se contrapondo a Freud, mas nenhuma de suas contestações prosperou. Freud também falou das limitações dos homens e fez autocrítica ao terminar sua auto-análise, pois escreveu: “De todos os meus pacientes, eu sou o que requer maiores cuidados”.Freud foi acusado de ser misógino, estuprador e homossexual, mas não há até hoje nenhuma prova mínima de que essas hipóteses sejam verdadeiras e mesmo que fossem em nada anulariam as suas descobertas.O rompimento com Carl Gustav Jung se deu porque Freud fez palestra perto da cidade dele e não foi visitá-lo e Jung se sentiu desprestigiado e assim rompeu com Freud. A primeira vez que Freud falou a palavra psicanálise foi num artigo em 1896, intitulado de: “A hereditariedade e a etiologia das neuroses”.

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Advogado

Cristianismo - artigo - Diário do Nordeste

No Natal se comemora a data do hipotético aniversário de nascimento de Jesus Cristo e essa data tem um significado muito importante para toda a humanidade, pois queiram ou não o mundo é governado pelo Cristianismo. O calendário Judaico diz que estamos no ano de 5.767; no Islâmico estaríamos no ano 1427 e o que baliza todos os eventos mundiais, o calendário do Cristianismo (2006) impera nos cinco continentes. As raízes de todas as religiões saíram respectivamente do Judaísmo, Cristianismo e do Islamismo, mas de todas o Cristianismo é o que mais rápido se propagou pela sua mensagem fácil e nada fanatizada. Deturparam o Cristianismo e a Bíblia foi fraudada para controlar as pessoas e satisfazer interesses mesquinhos e econômicos das religiões.A palavra Igreja quer dizer em grego “Assembléia de cidadãos”. Ninguém deve ser escravo desse sistema religioso que visa apenas alienar e amedrontar pessoas com teses que nem seus autores acreditam. Desde o politeísmo que o homem adora pedras, animais, minerais, etc. transformando-os em deuses, acreditando assim em sua salvação. Os clérigos falam como se já tivessem a sua garantida. A religião que mais cresce hoje no mundo é o Islamismo, mas há uma confusão geral sobre o que é o Islamismo. O Islamismo teria nascido das revelações do profeta Maomé no seu livro sagrado, o Alcorão, e sobrevive nos países ditos mulçumanos – mulçumano em árabe quer dizer: Devoto de Deus -, mas nem todo mulçumano é adepto do Islamismo quer dizer submissão a Deus.No Oriente Médio, na Faixa de Gaza, local onde Jesus Cristo nasceu, a sensação que se tem é que a 3ª Guerra Mundial poderá estourar a qualquer momento, mas quando o homem puder livremente decidir se quer ou não ir à guerra, nunca mais haverá conflitos no mundo, pois a essência do Cristianismo é a liberdade e a razão.A etimologia da palavra Cristo vem do latim e quer dizer “ungido”, pois Ele foi o eleito pelo povo daquela época para ser o Farol para toda a humanidade. A história do Cristianismo, exagerada ou não, viverá forte dentro de toda humanidade hoje e sempre.

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Advogado

Conhecimento é diferente de crença - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Conhecimento é diferente de crença

Advogado

Tem-se por milênios tentando descobrir e investigar o poder que o ocultismo tem de influenciar a vida das pessoas. Falo dos ciganos, adivinhos, médiuns, cartomantes, tarólogos, umbandistas, feiticeiros, etc. Nem tudo é verdade, mas nem tudo é mentira nesse jogo de adivinhação acerca das previsões feitas por essas pessoas. Não ousaria afirmar aqui que não existe “magia negra”, até porque existe a “magia branca”, pois ambas são verdadeiras e podem influenciar na vida da pessoa desavisada. Tudo no mundo é energia e a física quântica já provou isso com louvor. Essas pessoas que trabalham nessa linha energética aprenderam a manipular as energias negativas que inevitavelmente existem no Universo e associam-nas a entidades espirituais que abandonaram seu processo evolutivo em favor da discórdia e do ódio e em troca de “oferendas” nada ortodoxas.Assim como é possível manipular a vida da pessoa por meio desses “trabalhos” nada amorosos, também é possível desmanchá-los com alguma facilidade, bastando para tanto a vigilância nos pensamentos e se evitar qualquer tipo de vício, tais como álcool, drogas, cigarro, jogo, sexo descomedido, etc. Essas pessoas que insistem em fazer esses trabalhos assumem dívida impagável para com o Universo e o seu processo evolutivo e geralmente retornam à Terra em expiações nada regozijante. Tudo volta e essa lei de causa e efeito, ou ação e reação, da natureza é irrevogável, basta ver como fica a vida das pessoas que ao terminarem algum tipo de relacionamento se socorrem a esses malfadados expedientes e fazem “trabalhos” de “amarração”, “destruição”, etc. para a pessoa anteriormente tida como amada(?).É bem verdade que muitas pessoas atribuem a esses “trabalhos” de magia negra tudo desfavorável que lhes acontece, mas deve-se observar que essa associação livre nem sempre é verdadeira. Há espíritos zombeteiros que nos cercam independente de “trabalhos”, pois muitos deles estão impedidos de retornar à Terra e a única coisa que eles aprenderam quando estavam aqui foi prejudicar as pessoas.Retornando aos adivinhos e cabalistas, digo-lhes, em verdade, que podem sim revelar verdades sobre a vida das pessoas, mas só se o adivinho tiver a mediunidade desenvolvida, pois assim não sendo pouco ou nada lhes dirá. Tudo isso são conhecimentos muito antigos e não crença popular como se imagina, assim como o conhecimento sobre o solstício que tanto intriga ainda hoje os cientistas e os banhos com ervas naturais que “desmancham” os “trabalhos” de feitiçaria.

A cura pela alimentação - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
A cura pela alimentação

Advogado

Hoje é o dia mundial de abstinência da carne animal, “Meatless day” (dia sem carne), e em todo mundo os animais são reverenciados e poupados nesta data sagrada. A cultura carnívora do ser humano é tão antiga como a própria espécie humana e na ignorância da antiguidade o homem já matava os animais para se alimentar e assim suprir-se das proteínas necessárias para a sua sobrevivência. Hoje a coisa é bastante diferente, pois com o avanço da tecnologia científica e a engenharia alimentar ambas trouxeram alternativas para uma vida saudável por meio da alimentação balanceada e não necessariamente à base de proteína animal, o homem melhorou a oferta para a sua qualidade de vida e a expectativa de vida aumentou e muito consideravelmente nas últimas décadas. Não há como negar o valor protéico da carne animal, mas os efeitos colaterais a curto, médio e longo prazo são danosos e irreversíveis à saúde do homem.A medicina ortomolecular recomenda dieta diária que tenha como base 60% de frutas, legumes e cereais; 30% massas e 10% de proteínas que também não necessariamente seja da carne animal. Na Índia, os hinduístas, na sua maioria, respeitam e não matam os animais e para eles a vaca é animal sagrado, pois já dá o leite que pode se transformar em muitas fontes de proteínas alimentar e foi lá que nasceu esse ético e auspicioso movimento mundial do “Meatless day” e hoje é dia sagrado para milhões de pessoas em todo mundo.Assistimos neste momento no mundo a multiplicação de doenças transmitidas por animais e os mercados se acautelam cada vez mais com medo de pandemia mundial. Alguns cientistas já disseram que a carne animal até pode mudar negativamente o DNA de uma pessoa. O certo é que a humanidade tem à disposição na sua mesa hoje a opção de ter uma alimentação natural e saudável sem a necessidade da carne animal dia nenhum do ano e certamente muitas das doenças contemporâneas estão sendo causadas pela má alimentação.Sempre digo que o processo de envelhecimento é inevitável, mas pode o mesmo ser retardado, bastando para tanto a pessoa se cuidar e criar hábitos saudáveis na sua vida, tais como: alimentação natural, exercícios físicos regulares, abstinência de vícios – cigarros, álcool, drogas, etc., pois estes escravizam a pessoa além de destruir as defesas do organismo – e devem tomar vermífugos periodicamente, enfim, a natureza produz tudo do que necessitamos para sobrevivermos. A temida bomba atômica assemelha-se à má alimentação do homem.

Religião, espiritualidade e a psicanálise - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Religião, espiritualidade e a psicanálise

Advogado

“Ciência sem espiritualidade é loucura, espiritualidade sem ciência é fanatismo” Thomas Edson. A psicanálise tende a se afastar cada vez mais dos sistemas ditos religiosos, pois nota-se na clínica psicanalítica a forte tendência do homem de ser alienado pelas religiões, quando na verdade a psicanálise se propõe a libertar o homem das suas neuroses e paradigmas que fora estereotipados por milênios. Não há o que comemorar em relação às religiões, pois passados milênios, a tão prometida luz que libertaria a humanidade não chegou, pois são todas equivocadas e invenção da mente humana que a tudo quer controlar. Se o homem renunciasse a sua religião pouco ou nenhum prejuízo lhe acarretaria, pois a verdade sobre a espiritualidade não está na Bíblia.O espiritualismo é muito mais complexo e altruísta do que o sistema religioso propriamente dito, pois sublima-se a questão das religiões nele e se busca o auto-conhecimento como forma única de evolução espiritual sem assim tornar as pessoas neuróticas e fanáticas.A psicanálise nasceu por conta da descrença nas religiões e da falência do patriarcado e a Igreja Católica perseguiu-a ferrenhamente usando o padre Agostinho Gemelli (1878-1959) que a hostilizou tachando-a de Pansexualismo. É Freud que vem alertar a humanidade dizendo em seu livro, “O futuro de uma ilusão”, que todas as doutrinas religiosas são ilusões e que é tão impossível refutá-las quanto o é prová-las e que religião é uma neurose obsessiva universal.Freud fez experiências nas “mesas girantes” como médium e assumiu a defesa da telepatia, mas teve que recuar, pois havia muita oposição da Igreja e perseguição dos nazistas à psicanálise e essa nova ciência poderia levar a doutrina freudiana à derrocada. Em 24 de maio de 1919, Sandor Ferenczi apresentou a psicanálise com um movimento espiritual e Carl Gustav Jung estudava o Espiritismo e toda a sua obra visa resgatar o Sagrado dentro das pessoas e não fora.Em 1921, numa carta ao psiquiatra norte-americano Hereward Carrigton, que lhe havia pedido sua opinião sobre espiritualidade, Freud lhe respondeu em off: “Se eu me encontrasse no início de minha carreira científica, e não em seu fim, talvez escolhesse outros campos de pesquisas”. O niilismo no pensamento humano somente foi possível após a Revolução Francesa, no século XVIII, pois a ignorância, que causa todos os males da humanidade, deu lugar à ciência. A psicanálise, peremptoriamente, acredita na espiritualidade, porém, sem as anacrônicas e ilógicas dogmáticas das religiões.

Segredo da vida - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Segredo da vida

Advogado

Você pode decidir quando acorda como será o seu dia, pois se alimentar idéias negativas e atitudes estressantes, se transformará num azedume, mas tem a opção de relevar os obstáculos do cotidiano e passar o dia em harmonia. Tudo depende de como se vê a vida, pois, como dizem os chineses, o que é problema para uns, para outros é oportunidade. Todos nós estamos dentro do processo evolutivo e tudo que nos acontece está programado para o nosso progresso espiritual.Num simples transtorno de trânsito é possível ver a real personalidade e o equilíbrio de uma pessoa e, não raramente, alguns perdem suas preciosas vidas nesses eventos quando deveriam era sublimar e aproveitar para crescer. É muito importante observar sempre o que está por trás do ato, pois se o sujeito tiver tempo para analisar qual a importância que aquele malfadado ato terá daqui há um ano, com certeza, não o fará. As pessoas criam loucas fantasias em suas cabeças e depois não sabem mais se livrar delas e sofrem com isso, pois o desejo não realizado causa a frustração e o recalque. Não vale a pena se estressar e nem se irritar com ninguém, é difícil, mas não é impossível. A pessoa que se irrita e quer agredir, na verdade está é precisando de compaixão e não de revide, pois mesmo sendo a raiva uma pulsão de vida, não se justifica alimentá-la no cotidiano.Todas as pessoas, sem exceção, em algum momento da vida tiveram, têm ou terão crise emocional, mas o importante é saber superá-la com felicidade e altivez. Honra o teu passado, pois ele foi importante – independente do que tenha acontecido -, mas lembra sempre de que ele pouco ou nenhuma importância tem mais para a tua vida hoje.As pessoas andam pelas ruas olhando para o chão procurando o esgoto e a sarjeta e esquecem que há céu esplendoroso e sol radiante à disposição para se contemplar. Devemos assumir que somos os únicos autores de tudo – bom ou ruim - que nos acontece na vida. Até nos momentos de crise é possível crescer, que o diga o pintor Vicent Van Gogh que pintou belos quadros em plena crise depressiva e o maior líder mundial vivo, Nelson Mandela, que mesmo após ficar 27 anos preso continua eufórico e jovial tendo até hoje visão positiva da vida.Na tradição Zen-tibetana, os tibetanos sempre fazem eufemismo com tudo e dizem isso quando estão dentro de alguma situação atípica: - Que importa? O segredo da vida é dançar, pois quem sabe dançar tem jogo-de-cintura e não se engancha e leva a vida alegre e tranqüila. Alguém de vocês já viu alguma pessoa dançando triste?

O lado obscuro do capitalismo - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
O lado obscuro do capitalismo

Advogado

Depois que o sistema capitalista apareceu no mundo, todos nós acabamos sendo escravizados e a sociedade de consumo que se formou destruiu tradições e conceitos salutares que garantiam qualidade de vida e felicidade para as pessoas. Por onde o Capitalismo se instalou a cultura do povo foi “furtada” e houve perda da identidade e da dignidade no homem.No seu discurso sobre a Origem das desigualdades, Jean-Jacques Rousseau dizia que tudo começou quando um homem primitivo cercou um terreno, que era de todos, e disse que era dele. Quantas guerras e injustiças teriam sido evitadas se as pessoas que viram aquele egoístico ato tivessem se rebelado e não aceitado aquilo, reflexionou Rousseau.Karl Marx dizia que há dentro do próprio Capitalismo o “germe” que irá destruí-lo, mas a questão é bem mais complexa do que analisou Marx naquela época e o bom discurso marxista estigmatizou-se devido ao radicalismo de alguns.Em 1974, nos Estados Unidos, foi tornado público o “relatório Kissinger”, do então influente político americano, Henri Kissinger, que apelava para o aborto como forma de controlar a natalidade no mundo – eles querem controlar tudo - e o Capitalismo também é favorável à pena de morte e as guerras, pois após a destruição dos países os bancos “emprestam” dinheiro para os mesmos se reconstruírem e assim virarem escravos do sistema. O homem sempre foi exortado a temer a Deus e isso garante ainda hoje a sobrevida das religiões que ganham muito dinheiro com essa crença nada científica.Muitas doenças foram desenvolvidas em laboratórios, bem como os seus antídotos para no caso de se perder o controle, pois os remédios não curam, apenas controlam as doenças. Propagandas com mensagens subliminares que afetam a mente garantem o consumismo desenfreado e muitas pessoas estão hipnotizadas por conta disso.A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada por um grupo heterodoxo para ser daqui há alguns anos o “Governo único” que será comandado pelas grandes potências. Não há muita coisa a se fazer contra o Capitalismo e nem devemos ter ódio dele, pois se ele chegou até aqui dessa forma avassaladora, foi por pura ineficiência da humanidade. Não existe hoje no mundo mais nenhuma civilização incólume do Capitalismo e cada qual, respeitando o seu livre-arbítrio, deve decretar o fim dessa escravidão e não mais priorizar em sua vida o dinheiro e nem tampouco o consumismo supérfluo, ou seja, você mesmo tem agora nas mãos o poder de conceder a sua própria alforria.

O que quer uma mulher? - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
O que quer uma mulher?

Advogado

A psicanálise ainda não tem a resposta para o enigma do que é uma mulher e antes de adentrarmos no mérito da questão analisemos o fator histórico que é reservado a elas. As mulheres foram injustiçadas pela história, pois só se tem fatos pejorativos contra as mulheres. A Bíblia é machista e as mulheres são discriminadas e maculadas nessa mitologia e no sistema religioso as mulheres sempre foram colocadas no “escanteio”, por puro preconceito e sem razões objetivas e a mulher que se insurgisse contra o sistema ia parar direto na fogueira da “Santa inquisição” ou no cadafalso com guilhotina da Revolução Francesa.A polêmica que envolve o hipotético enlace matrimonial de Jesus Cristo com Maria Madalena, apesar de não constar no Novo Testamento, tem lógica, pois Jesus era adepto do Judaísmo e nesse sistema religioso o homem tinha que se casar para ser reconhecido pela sociedade e provavelmente Maria Madalena tenha por isso se transformado em prostituta pela Igreja. No Concílio de Mâcon, no ano de 585, os bispos da Igreja Católica puseram em dúvida a vinculação da mulher à espécie humana como se elas não tivessem alma e assim decretaram que as mulheres não faziam parte do reino animal e duvidavam que Jesus Cristo tivesse morrido por causa de uma delas.Analisando a parte biológica e levando em consideração o “complexo de castração” e a inveja do pênis, as mulheres sempre foram represadas sexualmente e socialmente, pois sem direito à educação e ao trabalho ficavam sempre em desvantagem para com o sexo masculino. Jean-Jacques Rousseau dizia que as mulheres eram loucas, mas é bom frisar que até o Renascimento a loucura não era tida como doença e para alguns foi até motivo de “status”. Sigmund Freud e seus contemporâneos da psicanálise conceituaram as mulheres dizendo que elas eram loucas, doentes, histéricas e hipnotizadas.O movimento feminista na Revolução Francesa foi uma tragédia que terminou para as feministas em internações em hospícios e/ou na guilhotina. As mulheres lutavam por liberdade e direito ao voto, mas os homens, muitos disfarçados de liberais, diziam que o marido é que deveria votar por elas. As mulheres, apesar de já nascerem belas, vivem em permanente disputa por beleza entre elas mesmas, pois são narcisistas, o que leva muitas à depressão e à melancolia, e no quesito emocional, não há equilíbrio. As mulheres têm necessidade grande de ter amiga para compartilhar as suas histórias. Perguntado sobre o que quer uma mulher? Freud arrematou dizendo: - um psicanalista.

Por trás do ato - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Por trás do ato

Nada melhor do que ver a vida e analisá-la sempre olhando o que há por trás de cada ato que praticamos. No dia 21 de agosto de 1911, no Museu do Louvre, em Paris, na França, um artífice de serviços gerais retirou o quadro da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, e levou-o para sua humilde casa onde deixou “guardado” por mais de dois anos. Depois disso esse mesmo funcionário tentou vender esse quadro para o governo Italiano, mas acabou sendo preso e condenado. Nessa pequena história houve vários desdobramentos e o mais hilariante de todos foi o fato de que após 24 horas do furto do quadro centenas de pessoas se dirigiram ao museu do Louvre para ver o local vazio onde ficava o quadro na Mona Lisa - muitas dessas pessoas nunca tinham ido sequer ao museu, mas foram ver o espaço vazio na parede.O que teria levado aquele homem a furtar a tela da Mona Lisa sabendo que dificilmente conseguiria vendê-la e que poderia ser preso? O que levou centenas de pessoas ao museu do Louvre ver a parede vazia sem o milionário quadro? Sempre há algo por trás do ato e não é difícil identificar isso no nosso dia-a-dia. O que leva o homem a usar drogas? A resposta mais plausível é a carência afetiva e a fraqueza espiritual. As pessoas antes estavam se “acabando” no sexo, hoje buscam o prazer nas drogas.Muitos homens não querem mais ter relações sexuais com as mulheres, pois dizem que é trabalhoso e longo o “ritual” de levá-las para cama e o Day After (dia seguinte) é sempre dramático e melancólico, daí agora eles “gozarem” com as drogas. O “exibicionista” tem necessidade de mostrar a sua genitália para “provar” a sua virilidade que quase sempre não está posta em dúvida e com o fofoqueiro é a mesma coisa, pois ao lançar suspeita sobre as pessoas ele mesmo se denuncia que sofre e que é pessoa invejosa e mal-resolvida, pois pessoa bem-resolvida não anda falando da vida de ninguém – quem não tem sujeira não vê sujeira nos outros.Hoje vejo sob outro ângulo o problema da corrupção das autoridades, pois procuro ver o que há por trás desses atos, pois no processo evolutivo e nas limitações deles é muito difícil se vencer essa provação - se você retirar um porco mil vezes da lama ele voltará mil vezes para lama. Arrisco na hipótese de que o corrupto é alguém que tem necessidade de poder e de dinheiro para se projetar na sociedade e assim diminuir, mascarar ou mesmo anular os seus conflitos existenciais, tais como a rejeição, inferioridade, insegurança, egoísmo, narcisismo, traumas de infância e a fraqueza de caráter.

A verdade sempre será o melhor remédio - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
A verdade sempre será o melhor remédio

Ninguém pode negar a importância da indústria farmacêutica mundial, pois eles investem bilhões de dólares anuais em pesquisas buscando substâncias e princípios ativos para o controle das doenças, mas não se pode também negar que é muito estranho a maioria dos remédios ainda hoje não curarem completamente as pessoas...Em vários países a medicina fitoterápica é praticada e os índices de reincidência das doenças são mínimos. A medicina do futuro nasceu há mais de 5 mil anos na Índia e é pelos indianos chamada de Ayuvédica (vida e conhecimento). Diferente da medicina convencional, pois ela trabalha preventivamente para não se adoecer, enquanto que na convencional só se é usada quando se tem o quadro patológico. A milenar medicina chinesa se sustenta em três pilares: yoga, massagem e acupuntura e a indiana em dois: yoga e massagem.No Nepal, por exemplo, a medicina Ayuvédica é quase unanimidade e é raro se vê farmácias com remédios alotrópicos por lá. No Tibete não é diferente e na tradição lamaista a cura é plena e definitiva, basta ver que nesses dois locais o sistema de saúde funciona muito bem.O The New York Times, em 17 de dezembro de 1997, denunciou o poder dos laboratórios farmacêuticos e o Manual de diagnóstico e estatístico dos distúrbios mentais (DSM), que é a bíblia da psiquiatria, dizendo que tudo estava virando doença mental, desde a criança agitada na escola, o tabagismo, a depressão, as fobias e o alcoolismo.O maior tratado médico da atualidade sobre depressão foi escrito pelo jornalista Andrew Salomom, “O demônio do meio-dia”, e apesar da indústria farmacêutica ter financiado a sua pesquisa ele dá a entender que os remédios são um mal necessário para o homem. Há quem diga que os remédios não curam e apenas controlam a doença é para as pessoas passarem o resto de suas vidas sustentando esses complexos industriais, mas a grande questão é trazer à tona alternativa para a cura das doenças, principalmente para a classe de baixa renda. Ainda sobre o Nepal, lá, em média, se gasta o equivalente a US$ 2,00 (dois) dólares pela medicação fitoterápica para todo o tratamento que dura, em média, 30 dias e a cura, quase sempre, é definitiva.O filósofo Francis Bacon (1561-1626), dizia: “Conhecimento dá poder”, mas dá poder pra quem sabe usá-lo. Saúde é o bem mais precioso que temos e devemos cuidar dela para se evitar ao máximo tomar remédios alotrópicos, pois, além dos danosos efeitos colaterais, causam dependência química que fazem tanto mal ao corpo e à alma.

Mitos e verdades sobre o casamento - artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Mitos e verdades sobre o casamento

A primeira religião monoteísta do mundo é o Judaísmo, datada do século VI a.C, e pela lei judaica o homem era obrigado a se casar para constituir famílias e proliferar a sua espécie. Com o aparecimento do Cristianismo e, por conseguinte, da Igreja Católica, o ritual do casamento passou a fazer parte da vida de todas as pessoas.Por muito tempo os pais é que escolhiam os maridos para as suas filhas - ou vice-versa - e o sofrimento já se instalava por essa época da história. O gigante da literatura francesa, Émile Zola, narra no seu livro, “Como se casa; como se morre”, como eram os costumes dos casamentos nos séculos XVII e XVIII e prova que havia interesses financeiros em relação à herança da burguesia mais do que amor nos enlaces matrimoniais. É muito forte a tradição do casamento para as mulheres, pois elas se imaginam -e são ainda criadas assim - entrando na Igreja de véu e grinalda e sendo recebidas no altar pelo que será o seu único homem para o resto da vida até que a morte os separe.O casamento não se acabará nunca, mas já está sendo remodelado e contraído por pessoas que sabem verdadeiramente o que querem e que sabem também que casamento não é sinônimo de felicidade, como diziam os mitos e os romancistas. É tão forte a tradição do casamento que até os homossexuais – masculino e feminino – estão lutando pelo mundo, pelo direito de terem suas relações reconhecidas pelo Estado e assim poderem adotar crianças e disciplinar sobre os seus patrimônios.No período denominado de “Romantismo”, em que houve muitos suicídios, depressão, melancolia e nostalgia, as pessoas eram levadas a crer que existia o amor eterno carnal entre homem e mulher. A historiadora e psicanalista francesa, Elisabeth Badinter, no seu livro, “Um amor conquistado – O mito do amor materno”, desmonta passo por passo que nunca houve na verdade esse amor materno nas mulheres e que por muito tempo os filhos foram criados pelas amas-de-leite. Na Rússia, na época dos czares, as mulheres que não se casassem até os 25 anos eram encaminhadas para os conventos, mas por causa das guerras e da conseguinte falta de homens elas tomaram o lugar deles na família e o casamento hoje quase não existe por lá.Nunca existiu e nem existirá o amor do tipo de Romeu e Julieta e apesar da família ter sido a primeira forma de organização da sociedade, as pessoas parecem querer dar satisfação à sociedade permanentemente e buscam assim no casamento a felicidade e outras tantas acreditam que somente serão felizes quando se separarem.