Meu novo livro: Novas abordagens

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Haverá paz na Palestina um dia? - artigo - OPOVO


   O mundo assiste em silêncio a mais uma tentativa de acordo de paz entre israelenses e palestinos. Desde a destruição de Jerusalém no ano 70 desta era, a Judeia passou a ser chamada de Palestina, ou “país dos filisteus”, pois o Império Romano queria “desjudeizar” aquela região. Os conflitos entre judeus, árabes e palestinos muçulmanos intensificaram-se desde então, porém, os judeus sionistas nunca desistiram de ocupar a Palestina, pois, segundo a crença judaica, Deus teria prometido aquelas terras ao povo judeu.
   Na Resolução da Organização das Nações Unidas nº 181, de 29 de novembro de 1947, Israel deveria ocupar 51% da Palestina, mas já na guerra de tomada de posse, em 1948-49, ocupou 78%, expropriando as terras de 700 mil palestinos. Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental, as Colinas do Golan, na Síria, e o Monte Sinai, no Egito. O Conselho de Segurança da ONU, por unanimidade, determinou, na Resolução nº 242, de 22 de novembro de 1967, que Israel devolvesse as terras ocupadas que representam aproximadamente 20% — ou seja, Israel ocupa quase toda a Palestina.
   A doutrina que levou a criação do Estado de Israel em 1947, o sionismo, diz que os judeus somente estariam seguros em um Estado próprio, mas dos 14 milhões de judeus no mundo, apenas 5.640.000 residem em Israel e considerável parcela de judeus é contrária à manutenção de Israel, pois dizem que o sionismo aumentou o antissemitismo e quebrou o juramento que fizeram por ocasião da derrubada de Jerusalém no ano 70 de que somente retornariam a Israel com a chegada do Messias judaico.
   Após as tentativas infrutíferas de acordo de paz de Oslo I e II, Camp David, Taba e Mapa da Estrada, o mundo torce por uma solução pacífica e definitiva para a questão palestina, até porque a ONU já deliberou sobre a matéria que precisa agora apenas de efetividade...

Luís Olímpio Ferraz Melo é advogado e psicanalista