Meu novo livro: Novas abordagens

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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Saida honrosa - artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Idéias (14/5/2007)
Saída honrosa

A questão das drogas e da dependência química no mundo é muito complexa e varia de continente para continente. A cada dia diminui a idade dos jovens que ingressam no submundo das drogas ilícitas e muitos pais, que deveriam orientar seus filhos e coibir as drogas, fizeram foi aderir a elas. As drogas tendem a se generalizar no mundo e já há vastas opções de alucinógenos disponíveis. Fatalmente os governos necessitarão rever suas políticas e leis sobre as drogas. Não podemos mais ser hipócritas e acreditar que há algum controle sobre as drogas no mundo. As drogas estão substituindo o ato sexual e já é possível afirmar que o consumo de drogas pode causar esquizofrenia e é hoje a maior causa de suicídio. O mundo está fadado a virar hospício, pois os jovens estão sem limites e as alucinações de hoje transformar-se-ão nas loucuras de amanhã e campearão numa velocidade assustadora e sem nenhum controle na Terra.Não havendo a ´pílula da felicidade´, as pessoas buscam nas drogas suprir a carência de afeto e a falta de objetivos de vida, e ´gozam´ com elas. Possuem visão curta por se ter vida mediana. São na verdade imediatistas, pois não há necessidade do homem ser escravo das drogas. Não se pode negar que a dependência química passa pelo processo obsessivo e os jovens que teriam futuro brilhante agora só têm a certeza de que terminarão num nosocômio. No Egito, por exemplo, a bebida alcoólica é proibida, mas em compensação o haxixe é liberado e considerada parte da população é viciada. Nos países da América do sul, o consumo é desenfreado e quase não há repressão. Na Europa, o problema é bem maior do que se imagina, na Oceania e África, nem se fala, enfim, não há um só país ou continente que tenha revertido ou diminuído o consumo de drogas, e o tráfico de entorpecentes virou a indústria mais próspera e rentável do mundo. O mundo vive processo de autofagia por conta das drogas. A saída honrosa, em tese, seria a liberação imediata das drogas, mas as mesmas teriam que ser prescritas e acompanhadas por médicos nessa transição, pois eles estudaram o seu uso terapêutico e os efeitos.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELOPsicanalista

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