Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

terça-feira, 30 de março de 2010

Análise da violência - Artigo - Jornal OPOVO


Artigo
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Análise da violência
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Luís Olímpio Ferraz Melo 30 Mar 2010
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A doutrina do aisa - não injúria em sânscrito, no século IV a.C apelava por uma cultura da não violência e pelo respeito à vida, mas se os defendia era porque, naquela longínqua época, a violência já preocupava. O fenômeno social da violência urbana generalizada na contemporaneidade ultrapassou todos os indicadores e as hipóteses válidas estudadas. Se há violência é porque ela dá prazer em quem a pratica, daí não haver solução coletiva a curto prazo, pois passa por uma renúncia individual de todos os partícipes da sociedade. A quase totalidade dessas crianças, adolescentes e jovens que aterrorizam hoje as metrópoles não está fazendo isto para se locupletar e comprar veículos importados, imóveis de luxos, etc., usa a violência como único meio de sustentar o vício das drogas, principalmente o crack. A ``emoção`` obtida num assalto, adicionada à ``lombra`` da droga, cria nesses rapazes uma sensação de que são homens valentes, mas acabam não sendo nenhuma coisa nem outra. O tráfico e o consumo de drogas alimentam a cadeia da violência urbana e não há sinais de que os dependentes químicos estejam dispostos a renunciar seus vícios em prol da paz e da não violência. A questão das drogas caminha de mãos dadas à desagregação familiar, pois a família falhou na sua sagrada missão de educar o sujeito para viver de forma digna e numa sociedade pacífica, e os pais desistiram da luta permanente contra as drogas e alguns até aderiram a elas. A impunidade e a descrença nas autoridades levam os partícipes da sociedade a não mais acreditar nos mecanismos públicos de punição aos infratores da lei, daí os exemplos bárbaros nas autotutelas. A violência urbana se democratizou, pois nenhuma classe social escapa de suas ameaças e qualquer um poderá ser a próxima vítima. A escalada da violência urbana é um alerta à sociedade civil para que sejam tomadas providências urgentes.
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Luís Olímpio Ferraz Melo é Psicanalista e autor do livro: "Violência: causas, consequências e soluções".
PS: Esse livro foi publicado no ano 2000.

segunda-feira, 29 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Noite de autógrafos e de bate-papo - Saraiva Megastore Iguatemi - 26/03 às 19 horas.

Noite de autógrafos e de bate-papo com os leitores
Local: Livraria Saraiva Megastore no Iguatemi - dia 26/03 - sexta-feira - às 19 horas
Livro:
INÉDITOS - Artigos não publicados
Autor:
Luís Olímpio Ferraz Melo


sábado, 13 de março de 2010

As razões de uma cultura - Artigo - Jornal OPOVO

As razões de uma cultura

Domingo, 14 de março de 2010.

Arqueólogos ingleses encontraram no século XIX a Biblioteca de Nínive, até agora a mais antiga. Composta de 25 mil plaquetas de argila, contém textos que falam de diversas temáticas, inclusive espiritualidade. A epopeia de Gilgamesh, encontrada entre as preciosidades, narra-nos a história dele que teria sido rei da cidade-estado de Uruk, por volta de 2.700 a.C. Gilgamesh era a peça do quebra cabeça que faltava para se descobrir o desejo universal do homem por um herói. Numa apertada síntese, é dito que Gilgamesh viajava com um amigo, Enkidu, homem de poucas letras, mas o destino foi cruel com Enkidu que veio a falecer prematuramente. É relatado também que após tal fato Gilgamesh começou a busca pela imortalidade e encontrou-se com o sobrevivente do dilúvio Utnapishtim, que teria sido abençoado pelos deuses com a imortalidade. No entanto, o que Gilgamesh ouviu como resposta o decepciona, pois Utnapishtim afirma-lhe: “a imortalidade não era possível ao homem”.
A cultura do espiritualismo é fruto do hibridismo das tradições que eram embrionariamente orais e com múltiplas versões; e faltou criatividade, pois são textos inconclusos e anacrônicos. É tentador imaginar que o único intuito da cultura religiosa é de “controlar” a civilização, alienando-a e impedindo o seu progresso. Por trás das religiões, com honrosas exceções, há o interesse patrimonial dos clérigos; e os fiéis confundem evolução com devoção; e em algumas culturas homens castram-se por devoção. Não há tradução literal em matéria de religião, pois são incorporados sentimentos e intenções do tradutor, do exegeta e do grupo religioso originário, bem como a necessidade de “adaptação” à cultura para a qual o livro, dito sagrado, será propagado. Os jesuítas quando foram para a China “converter” os chineses ao cristianismo, vestiram roupas de mandarins para facilitar as conversões, mas foram criticados em Roma por terem aderido à cultura chinesa. Os espanhóis invadiram o México e praticamente destruíram os escritos daquele povo e acreditavam tê-los convertidos, mas era fingimento, pois continuavam a professar secretamente a antiga crença.
Não há convertidos, no máximo, desejosos de conversão; e há contradição nos textos ditos sagrados além de apresentar metas impossíveis – apenas desejáveis. Hilariante é a luta do Império Otomano e do Habsburgo, pois de um lado da fronteira dizia-se que o cristianismo era o vencedor contra os muçulmanos; e do outro, eram vencidos. Primo Lévi dizia com fino humor que o vencedor é o dono da verdade, mas neste caso não há como proclamá-lo. A diversidade binária dos ritos e do sincretismo religioso mostra descompasso entre fiéis da mesma fé, pois os católicos apostólicos romanos ficam de joelhos quando rezam; já os católicos ortodoxos russos, em pé.
A estrutura religiosa é fruto de uma só matriz e foi sendo absolvida em cada cultura e adaptando-se assim as crenças milenares; na prática, cada religião presta culto a um deus supremo: Yahweh, no judaísmo; Deus, no cristianismo; Alá, no muçulmanismo, Brahma, no hinduísmo e o Senhor dos céus, no budismo chinês.


Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista e autor dos livros: No campo das ideias e Inéditos.

domingo, 7 de março de 2010

INÉDITOS - Caderno de cultura - Diário do Nordeste

Caderno de Cultura
Diário do Nordeste
07/03/2010
Estrelas do dia
Inéditos
Luís Olímpio Ferraz Melo
Essa coletânea de artigos conduz o leitor a uma reflexão acerca do cotidiano, a partir de temas polêmicos: o papel do livro, a guerra termonuclear, a cultura da idolatria, o ideal democrático, a anatomia da inveja, elogio ao conhecimento, a desobediência civil, Direito e sentimento, a ética do absurdo, dentre tantas outras questões que dizem respeito ao mundo atual. A linguagem é simples, mas bem cuidada, dentro da norma culta.
ABC2009
98 páginas
R$ 20,00