Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

sábado, 27 de dezembro de 2008

Diferenças notáveis - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Diferenças notáveis
Doutrinas paladinas da evolução humana por meio da reencarnação, bem como a sapiente e milenar tradição oriental, diz que o espírito não tem sexo e pode reencarnar em corpos diversos – masculino ou feminino. A propositura em epígrafe não se sustenta com o conhecimento psicanalítico e a sua prova empírica, pois torna-se impossível acreditar que um espírito masculino possa sobreviver num corpo feminino ou vice-versa, pois há particularidades em cada universo inimagináveis. Acreditar na hipótese da possibilidade do intercâmbio de sexo pelos espíritos em corpos diversos, parece, em tese, não passar de mais um grande equivoco milenar sem estudos auspiciosos que possam dar égide e fulcro a essa hipótese. Se possível fosse um espírito homem habitar corpo feminino, levaria séculos para se adaptar as questões femininas inerentes à mulher, bem como aconteceria o mesmo sendo o contrário. Não há diferença intelectual alguma entre o homem e a mulher, como alguns ainda insistem afirmar, o que há, e já se têm provas, é que o homem esforça-se mais em querer aprender, mas isso não anula em hipótese alguma a inteligência feminina, pelo contrário, pois os valores femininos, em todos os aspectos, são diferentes do masculino. Toda a cognição adquirida na Terra pela criatura humana lhe serve na vida espiritual e nas próximas encarnações, daí não ser possível a habitação em corpos diferentes do que o espírito se afina e se molda e a essência e a missão reprodutora da mulher são sagradas.Se analisássemos apenas a inveja do pênis nas mulheres, o estudo ficaria incompleto, pois há homens, os transexuais, que extraem a genitália por desejarem ter a vagina. Os homossexuais e as lésbicas se queixam da Natureza por ter lhe dado corpo diverso ao que seu espírito é, mas não há prova alguma dessa hipótese, inclusive essas opções sexuais já foram em outrora consideradas traições à causa masculina e feminina. Se não fosse equivoco sanável a teoria da dubiedade do espírito, teríamos que acreditar que um dia toda mulher foi um homem, o que não é razoável, pois a mulher é bela, delicada e sensível.
* Psicanalista

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Ética no jornalismo - Artigo - Observatório da Imprensa


Ética no jornalismo

Por Luís Olímpio Ferraz Melo em 23/12/2008

A regra de ouro do jornalismo deve ser a oitiva das partes não acreditando em nenhuma delas, pois jornalista não pode e nem deve tomar partido dos fatos. Quando uma notícia é divulgada de forma equivocada, por qualquer que seja a intenção, acaba arremessando toda a nobilíssima categoria jornalística ao crivo da opinião pública. A independência não é alguma coqueluche no jornalismo e a mídia não percebeu ainda que a opinião pública não é tão ingênua como parece ser e que os temas divulgados diuturnamente na imprensa são debatidos por dias sem fim.
Os jornalistas vivem lutando pela "liberdade de expressão", mas não a usam na sua plenitude, pois há fatos eminentemente jornalísticos que são maquiados e outros que não são publicados, o que é contradição inequívoca para quem quer ter o status e o respeito de independente. Não observar a ética jornalista colocará o jornalismo brasileiro num processo de autofagia, pois sem a credibilidade e independência, faltará clientela.
Os jornalistas são contrários a qualquer tipo de controle na sua atividade, inclusive entre eles mesmos, como, por exemplo, o Conselho de Jornalismo formado por jornalistas. Assim cabe, então, à opinião pública a árdua missão de bem observar e ficar de olhos abertos na ética jornalística e de como são apresentadas as noticias. O jornalista não pode ser tendencioso e é prudente não incorporar aos seus escritos sentimentos e interesses outros que não sejam o da opinião pública, que é a única e legítima destinatária da notícia.
Os jornalistas, regra geral, são pessoas boas e humanas e convidaria todos a refletirem sobre o que estão escrevendo para os leitores. É judicioso lutar pelo diploma de graduação em jornalismo, pois o mesmo faz-se necessário, até porque a formação do jornalista começa na universidade. O jornalista deve ter responsabilidade e independência no que escreve, pois esses textos, mesmo que aparentemente simplórios, ficarão para posteridade e historiadores no futuro poderão ser induzidos ao erro por conta disso, sem falar no comprometimento negativo que ficará na historiografia do jornalista.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Abre tua mente - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Abre tua mente

O mundo não é como a visão mediana humana pensa ser, pois há muito mais por trás das imagens, coisas e pessoas que sem a fenomenologia da percepção não se pode ver e saber. Somente pelo conhecimento, o homem se liberta de padrões mentais retrógrados e acorda para a vida – no Oriente o nome desse fenômeno é iluminação. Muita coisa boa e útil para humanidade foi alijada da cultura de certos países e continentes por ignorância e pedantismo por parte de lideres religiosos e governantes. Alguns clérigos pregam doutrinas que nem eles acreditam, mas também pudera, são absurdas e ilusórias se analisadas imparcialmente. O sábio busca a informação segura em diversas fontes, sem anular qualquer destas, mas faz-se necessário à conclusão. Não acredito em mestre espiritual que manipula seus discípulos e exige que os sustente financeiramente, pois isto mostra parasitismo e ausência de senso critico dos discípulos. Grande parte desses clérigos e mestres que se autodenominam espirituais, não tiveram tempo para estudar e usam retóricas e sofisma, que por meio da sugestão, hipnotizam seus seguidores – há vários níveis de hipnose. Mexer na crença das pessoas, mostrá-las que estão equivocadas, é como tentar retirar patrimônio de alguém, pois a crença em si é “capital” mental, porém, equivocado, inútil e anacrônico. Não há mais nenhuma justificativa plausível para se seguir esse obscuro caminho propagado pelas religiões, pois não há também nenhuma possibilidade de ser verdadeiro o que pregam. As religiões se utilizam de conhecimentos antiguíssimo e sistematizaram com rituais e cultos para “controlar” as pessoas escravizando-as. Os clérigos, asseguro, não tem garantia alguma de que estão salvos e vivem é querendo salvar os outros. Conhecimento é diferente de crença, pois este se baseia em hipóteses que não há como se provar, já o conhecimento, não, há provas e/ou probabilidades concretas nas modalidades estabelecidas – empírico, filosófico e cientifico. Quem estiver com equilíbrio e gozando de plena lucidez, deve auxiliar aos demais, pois o momento é periclitante para toda a humanidade.
* Psicanalista

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sociedades secretas - Artigo - Jornal O Estado

terça-feira, 02 de dezembro de 2008


Sociedades secretas

Luís Olímpio Ferraz Melo


Há fortes indícios de que as sociedades secretas arregimentam e colocam estrategicamente seus adeptos em cargos importantes para comandar e influir nas decisões do mundo. Parece absurdo e fantasioso acreditar que umas poucas organizações secretas possam realmente mandar e “controlar” toda a opinião pública.
Essas organizações secretas foram criadas desde tempos imemoriais e a humanidade não tem como se defender delas, pois não sabe como elas funcionam. Não há nenhuma dúvida de que essas guerras são manipuladas e muitas delas foram anunciadas com riqueza de detalhes antes mesmo do seu início, daí a suspeita de que são orquestradas. Eles fazem da população verdadeira marionete e chegam a debochar com argumentos subliminares para justificar suas proposituras, na verdade, querem desafiar a nossa inteligência. Até bem pouco tempo, quem falava das sociedades secretas aparecia logo em seguida “suicidado” ou morto sob a “suspeita” de ter reagido a assalto ou era envenenado, daí o silêncio em relação a esse importante tema.
Os respeitados e nobres maçons, por exemplo, quando ingressam nessa sociedade secreta fazem o seguinte juramento: “- Eu, (nome do neófito), juro e prometo, de minha livre vontade, pela minha honra e pela minha fé, em presença do Supremo Arquiteto do Universo, que é Deus, e perante esta assembléia de maçons, solene e sinceramente, nunca revelar qualquer dos mistérios da maçonaria que me vão ser confiados... Se violar este juramento seja-me arrancada a língua, o pescoço cortado e meu corpo enterrado nas águas do mar, onde o fluxo e refluxo me mergulhem em perpétuo esquecimento, sendo declarado sacrílego para com Deus e desonrado com os homens. Assim seja”. É contradição inequívoca, pois ao pregarem o bem e o amor, e dizem querer melhorar o homem, usam de expedientes inadmissíveis para silenciar os maçons que depois de ingressarem nessa ordem não podem mais sair incólume. Se é do bem, por que não se abre? Há intelectuais que afirmam que 90% dos maçons não sabem realmente como funciona a maçonaria e somente os que chegam ao grau máximo gozam dessas informações. Leiam o livro, “As sociedades secretas e seu poder no século XX”, o autor usou pseudônimo, mas descobriram a sua identidade e ele seria um ex-agente secreto do governo britânico que revelou todo o esquema, e assistam ao documentário “Zeitgeist” (termo da língua alemã que significa o espírito de uma época) – há versão dele legendado em português no google vídeo, na Internet –, lançado no ano passado, nos EUA, que mostra com provas cabais e irrecusáveis que há conspiração contra a humanidade.

sábado, 29 de novembro de 2008

Minhas confissões - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Minhas confissões

No meu primeiro emprego, na Livraria do Contador, onde honrosamente ganhava salário mínimo como estoquista, descobri ali que a vida é feita de desafios e que deveria e poderia ultrapassar todos os obstáculos inevitáveis da vida. Fiz promessa de que quando a estabilidade financeira me viesse nunca mais deixaria de estudar e conhecer o mundo foi um dos sonhos realizado. Não é fácil sair de vida modesta e galgar sem cursos escalões da sociedade, pois a mesma é duríssima e alguns acham que você está ocupando espaço, que mesmo vazio, poderia ser deles. Hoje luto e caminho para retornar a minha origem mais simples e sem qualquer ostentação, pois descobri que a felicidade reside nas pequenas coisas e nos mais simples atos. A superficialidade causa instabilidade nas relações humanas e as pessoas não percebem que vêem nas outras simplesmente o seu próprio reflexo projetado. Todos os meus planos foram realizados e trabalho hoje para ajudar as pessoas a encontrarem o sentido de suas vidas. Não encontrei nos meus andarilhos pelo mundo e nem por aqui uma só pessoa que não tivesse algo de bom e de positivo que pudesse compartilhar com o seu próximo. Todas as pessoas têm questões de várias ordens a serem resolvidas, e o que diferencia uma da outra é justamente a capacidade de sublimar e prosseguir sempre sem desistir nunca dos seus ideais. Há neste momento inversão por completo de valores na sociedade e o que era virtude, passou a ser futilidade e as pessoas perderam a esperança de um mundo melhor. Quando abandonei o alcoolismo, por exemplo, algumas pessoas próximas disseram que eu havia ficado “louco” por conta disto, quando na verdade a possibilidade da loucura reside justamente no álcool. Perdoei todos que tentaram e também os que conseguiram me prejudicar, pois precisei do perdão de alguns que, por imaturidade e imprudência, em outrora magoei e hoje reconheço importância para minha vida em todos. Não vejo sentido para a vida se não for para ajudar o próximo a superar os inevitáveis obstáculos que nos são apresentados no decorrer da jornada, mas que todos podem também vencer.
* Psicanalista

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reeleição na OAB - Artigo - Jornal O Estado

Opinião

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reeleição na OAB

Luís Olímpio Ferraz Melo

Soube pela imprensa que o eminente presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – secção do Ceará -, colega Hélio Leitão, pensa em reeleger-se novamente. Na hora fiquei pensando a razão de tal pretensão, pois somos no Ceará algo em torno de vinte mil advogados e por qual sentido somente um pequeno grupo se reveza na presidência da OAB? Se confirmado este fato e não houver outras candidaturas que possam oxigenar a nossa valorosa OAB, mostrará a falência e a desarticulação de toda a categoria. O nobre colega e ex-presidente da OAB/CE, Paulo Quezado, um dos melhores presidente que já tivemos, sem demérito para com os demais, é quem ainda hoje comanda e decide, em última instância, a eleição na nossa casa conjuntamente com meia-dúzia de colegas. É sabido que a eleição na OAB é caríssima e cheia de conchavos, o que acaba afastando outros valorosos colegas da disputa eleitoral, mas não podemos aceitar silenciosamente que continue a panelinha eternamente, visto que esse grupo atual já perdura se revezando há décadas no poder. Outra coisa que me chama a atenção, coincidência ou não, é que somente no período eleitoral é que os colegas candidatos abrem a boca para fazer críticas e falar em mudanças (?).Quero deixar consignado que não tenho nenhum interesse e não serei candidato a qualquer cargo da OAB, mas não abro mão da minha prerrogativa de questionar esse modelo anacrônico de curral e cabresto eleitoral usado pelo grupo dominante. A OAB precisa lutar contra o corporativismo dentro da advocacia, pois o mesmo influencia até na eleição pelo comando da OAB, pugno, inclusive, pelo máximo de rigor no nosso insigne Tribunal de Ética para punir os colegas que eventualmente não honrem a nossa nobilíssima profissão. Esfriou na OAB a vigilância contra a corrupção e a mesma ficou em segundo plano, pois o primeiro é sempre a manutenção no poder a qualquer preço. Qualquer colega advogado que eventualmente ocupe o cargo de presidente da OAB/CE, não pode usar o cargo por vaidade e outros interesses que não sejam o dos advogados, pois não estamos mais nos tempos do imperialismo onde os reis e monarcas governavam até a morte. A OAB surgiu na década de 30, do século passado, em meio à revolução e a um governo provisório e era conhecida como a caixa de ressonância dos anseios e da defesa do povo brasileiro, mas nos últimos tempos a coisa mudou muito. A maioria dos colegas não se manifesta com medo de represália ou preferem ficar em cima do muro, mas digo a estes que não tenham medo não, pois a OAB somos todos nós e temos que desejar e lutar sempre pela independência da nossa OAB.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Corrupção é ilusão - Artigo - Jornal O Estado

Fortaleza, 18 de novembro de 2008.



Luís Olímpio Ferraz Melo
A corrupção global ameaça a sobrevivência harmoniosa no planeta Terra e a mesma passa desapercebida e de forma silenciosa e omissa por parte da sociedade civil. Os sucessivos escândalos de corrupção envolvendo agentes públicos e privados, que são pilhados subtraindo o erário ou desvirtuando o direito das pessoas, produz sensação de estarmos com o “estômago embrulhado” e impotentes diante de tamanho e complexo quadro. A corrupção acabou sendo “legalizada”, pois é tolerada e os indivíduos irrecuperavelmente corruptos voltam sempre ao seio da sociedade de forma positiva.
A corrupção é câncer exposto na sociedade, pois além de não ter cura, mata aos poucos toda a ordem estabelecida, mas a própria sociedade legitima a ação dos corruptos, que na verdade precisam é de tratamento urgente. Não deveria haver sigilo bancário, fiscal e nem telefônico para ninguém, pois estes têm servido para proteger os criminosos e a sociedade acaba ficando refém desses indivíduos. Todo o governo – Executivo, Legislativo e Judiciário – estão sendo questionado na sua legitimidade, pois foram constituídos para trabalhar para o povo e não para satisfazer interesses ilegítimos, como é o da corrupção que produz o enriquecimento ilícito. Os corruptos não percebem que estão destruindo a sociedade, bem como as suas famílias, pois quando pilhados, acabam arremessando todos os seus familiares ao crivo da opinião pública e, não raramente, acabam por comprometer todas as próximas gerações.
A corrupção esconde desejos inconscientes de mascarar as fraquezas do sujeito, pois dentro do corrupto há inequivocamente rejeição, complexo de inferioridade, traumas de toda sorte, que acreditam eles, os corruptos, que podem esquecê-los inconscientemente gozando com o fruto da corrupção. O sofrimento psíquico a que se expõe o corrupto é algo impressionante, pois ele mesmo se denuncia que é desequilibrado e fraco de caráter.
Engraçado é que todo mundo sabe quem são os corruptos e eles se esforçam, inutilmente, para se fazerem passar por sérios, intelectuais, idolatrados - tem toda uma “jogada” de marketing inútil em volta dos corruptos.
Desejam muitas vezes certas posições hierárquicas para se proteger, pois sabem, pelo menos acreditam, que em sendo assim, podem sair incólumes de suas investidas contra o erário e outras boquinhas. Sem a mobilização da sociedade civil, já que os políticos falharam nesta pretensão, para lutar contra a corrupção em todas as suas formas, dificilmente a metástase da corrupção ficará reversível e todas as próximas gerações sofrerão pela omissão e falta de comprometimento do povo.

sábado, 15 de novembro de 2008

Tragédia humana - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Tragédia humana


Na alegoria grega edipiana, onde Édipo envolve-se numa tragédia anunciada, que poderia ter sido evitada, vê-se, que as tragédias contemporâneas apenas se remodelaram, mas o homem continua agindo inconscientemente da mesma forma. Quando Édipo nasceu, seu pai, Laio, vai ao Oráculo de Delfos e este diz que seu filho lhe matará. O pai, para evitar aquela tragédia, abandona o filho entregando-o a um pastor. O pastor comove-se com a situação e leva Édipo ao rei e a rainha que o adotam. Adolescente, Édipo vai ao Oráculo de Delfos e este revela-o que ele matará seu pai e se casará com sua mãe. Édipo, que não sabia que era filho adotivo, não mais volta ao palácio para que a tragédia fosse evitada. Porém, numa encruzilhada, encontra-se com Laio, e sem saber, mata-o, e logo depois casa-se, também sem saber, com sua mãe, Jocasta.Édipo decifrou o enigma da Esfinge - decifra-me ou eu te devorarei -, mas não conseguiu decifrar a sua tragédia pessoal, pois ao saber que mataria seu pai, tivesse ele se comprometido a não matar ninguém, teria assim interrompido todo o ciclo de tragédias na humanidade. Parece absurda e fantasiosa essa hipótese, à primeira vista, mas não há outra explicação para as repetidas tragédias humanas. O abandono pelo pai biológico acrescido da rejeição, esta hoje universalizada, teriam sido as causas da tragédia edipiana. É o que acontece hoje – pais matando os filhos e vice-versa. As tragédias humanas, são fruto da cultura, e não da Natureza, pois as leis desta, são imutáveis, aquela não, pode sim, ser remediada com boas e novas idéias. A vida é mera repetição de fatos que estamos vivenciando em várias reencarnações, mas tudo isso pode ser mudado. Sigmund Freud, se vivo estivesse, com certeza, corroboraria esta hipótese, talvez em vida até tenha chegado, sem saber, a essa conclusão. É por isso que os livros antigos falam na necessidade do perdão; de não se fazer ao próximo aquilo que não queres para si; de amar ao próximo como a si mesmo, pois sem a aplicação dessas normas sociais, será impossível à humanidade um dia encerrar o ciclo das tragédias humanas.
* Psicanalista

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Lançamento virtual de livro - Artigo - Jornal O Estado

Terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lançamento virtual de livro


Sempre fui homem de desafios e gosto de arriscar no que aparentemente é difícil ou impossível realizar, mas o que é o impossível senão o possível que não foi tentado? Este ano comemoro 10 anos de publicações de minhas idéias na imprensa e devo dizer que amadureci e aprendi muito nesse ínterim e resolvi organizar livro com quase todos os artigos publicados, bem como alguns ainda inéditos para que pudesse a data não passar desapercebida e que os meus leitores tivessem de lembrança e para futuras pesquisas esses textos. Há também no livro informações inéditas e preciosas que consegui nas minhas viagens pelo mundo, pois o intelectual que não for polêmico tornar-se-á mero repetidor de idéias. O nome do livro ficou: No Campo das Idéias – Evolução do pensamento – 10 anos de publicações, ABC Editora, 284 páginas, o preço sugerido para venda foi de RS 30,00, mas deve-se ressaltar que as livrarias ficam em média com 30% ou 40% deste valor e o custo do livro ficou em torno de RS 14,00, ou seja, devido à conjuntura, quem menos fica com alguma coisa no livro é o escritor, mas isso é o de menos, pois o mais importante é que o leitor leia a obra.
Trata-se aqui de novo modelo de lançamento de livros, visto a quantidade de livros que vem sendo lançados no mercado literário cearense a toda semana, todos dignos de multidões para prestigiar seus escritores, mas os nossos amigos devem estar cansados de tanto irem a lançamentos de livros e notei que muitos livros lançados eram comercializados no lançamento por conta da amizade do autor com o leitor, mas, não raramente, o livro não dizia respeito ao objeto de estudo ou leitura daquele leitor. Ficaria constrangido se meus amigos e conhecidos comprassem o meu livro somente por consideração a minha pessoa, pois acredito que há verdadeiramente no livro elementos suficientes que serão úteis a todos e que justificam a sua leitura. Não sou nenhum escritor renomado e profundo conhecedor da literatura, mas tenho me esforçado e estudado bastante para produzir textos que tenha utilidade para o leitor e que não cansem a sua inteligência. Soube que se vendem em média cinqüenta livros por edição num lançamento e que mesmo assim exige muito esforço por conta do escritor em enviar centenas de convites e ligar na véspera e no dia do lançamento. Estou seguro que o leitor gostará do meu livro, pois tem conteúdo o mesmo e lhe será útil se lido de forma imparcial.
O livro se encontra à venda na Livraria Livro Técnico, Oboé do Center Um, Lua Nova e Sinal Verde. Fica então lançado aqui o meu novo livro nesta nova e inédita modalidade de divulgação.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Moralismo sem moralistas - Artigo - Jornal O Estado

Opinião

terça-feira, 04 de novembro de 2008

Moralismo sem moralistas

Luís Olímpio Ferraz Melo

Passou desapercebido da quase totalidade das pessoas o fato de que a doutrina do moralismo, certamente criada por algum filósofo não moralista, dura ainda hoje e não se vê com facilidade moralistas natos pugnando a sua efetivação na sociedade e entre as autoridades e políticos e mesmo assim a inédita doutrina moralista não perece e atravessa milênios. Já disse alhures que não sou moralista e nem candidato a tanto, mas como cidadão tenho legitimidade para levantar o debate acerca da ausência do moralismo na nossa hipócrita sociedade moralista. A regra moralista somente se aplica quando é para se fazer cumprir alguma decisão para o lado fraco em questão.
As pessoas estão cheias de tabus, regras religiosas que não servem para nada, normas sociais ineptas, educações ortodoxas, porém, anacrônicas, que prejudicam e causam sofrimento nas pessoas. Os clérigos criaram sistema religioso tão rígido que nem eles estão conseguindo seguir o que prescreveram na antiguidade. Todo mundo é moralista até que seja questionada a sua própria moralidade. A sociedade tolera e acaba por legitimar a imoralidade de forma indiscriminada e a corrupção e a violência hoje faz parte do cotidiano das pessoas, pois nos acostumamos a isso tudo sem nada fazer. Quando acontece alguma barbárie ou escândalo de corrupção, apenas há rápida comoção social, mas logo todos esquecem o fato e ficam esperando o inequívoco próximo episódio. Existem pessoas que são corruptas irrecuperáveis, mas eles, os corruptos, somente existem porque há quem os corrompam. A moral é um fato social, dizia o sociólogo Émile Durkheim, mas a imoralidade também o é de maneira irrecusável. Eminente teórico jurídico disse certa feita que, Deus não criou o mal, mas o mal existe, por analogia diríamos o mesmo do fenômeno social da imoralidade.
A sociedade civil faliu, os valores mínimos necessários para se viver de forma ética e organizada vazaram entre os dedos daqueles que poderiam e deveriam conduzir os destinos do nosso povo. Vivemos num dilema sem fim, ou seja, estamos sendo governados, no sentido mais amplo da palavra, por pessoas que não tem compromissos para com o bem-estar geral da população, pois, com honrosas exceções, pensam apenas em saciar seus egos e se locupletar à custa do erário.
A sociedade civil encontra-se cansada de participar de eleições, pois, independente de quem seja eleito, nada muda. É como se esse “filme” não tivesse mais fim e a ânsia de ver algo concreto nunca é materializado. A tropa é o reflexo do comando, pois se não há rigor e seriedade no topo, não se pode esperar muita coisa dos comandados.

sábado, 1 de novembro de 2008

Terrorismo no mundo - Artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Terrorismo no mundo


Atribuem aos islâmicos os ataques terroristas no mundo, mas não é bem essa a verdade. A religião islâmica é dividida em dois grupos: os sunitas e os xiitas, estes, que são minoria, vivem na quase sua totalidade no Oriente Médio, e os sunitas, pelo resto do mundo. Há grande confusão divulgada pela mídia entre o que seja o povo muçulmano e o Islamismo. Todo islamita é muçulmano, mas nem todo muçulmano é islamita. Tanto os muçulmanos como os islamitas, na sua maioria, são pessoas boas e trabalhadoras e pregam a sua fé cotidianamente. A causa deles é a religião e a devoção ao seu deus Alá que é adorado e reverenciado pelos rituais e o seu livro sagrado, o Alcorão. Os xiitas não têm causa alguma a defender, pois o terrorismo não pode ser considerado causa de luta, pois mostra esses comportamentos total desprezo à vida e matam e morrem por motivo inglório. Em todos os países muçulmanos em que estive, conversei com várias dezenas deles, e todos eles eram contra os insanos atos terroristas e falavam em paz e no amor à família, senti muita sinceridade nesses depoimentos. O Islamismo é a religião que mais cresce no mundo. A possibilidade de alguém morrer num ataque terrorista é infinitamente menor do que num acidente de carro ou com uma bala “perdida”. A mídia, consciente ou inconscientemente, dá destaque quase que glorificando os atos terroristas, mas não há essa ameaça global de terrorismo generalizado como os EUA pugnam. Há muitos interesses obscuros que financiam esses atos de terrorismo no mundo, usam e apóiam o terror para amedrontar as pessoas e que as mesmas vivam permanentemente em pânico e também para justificar as guerras. Há partidos políticos que se diziam de esquerda que em outrora eram paladinos do terrorismo e acreditavam assim poder construir “governos” alicerçados no medo e na força, o que não livra seus partícipes da hipótese de serem portadores de transtornos mentais, pois somente a doença mental pode justificar tamanha atrocidade. Falta desejo de viver e auto-estima nos terroristas e eles são seres profundamente perturbados e sem nenhum equilíbrio.
* Psicanalista

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Violência versus mídia - Artigo - Jornal O Estado e Observatório da Imprensa

Violência versus mídia
28 de outubro de 2008
Não lembro a última vez que assisti a algum programa policial que trate da violência urbana como “produto”, pois identifiquei que, inconscientemente, os produtores e apresentadores, estão propagando a violência e “glorificando-a” desnecessariamente. Passou desapercebido que a banalização da violência urbana vem produzindo vários fenômenos dentro da mesma. Virou moda, por exemplo, marginais “gozarem” ao aparecerem na mídia, como se fosse alguma vantagem, mas para o seu contexto social, ele, o preso, é reconhecido e temido, o que lhe dá certa satisfação. A sociedade civil é omissa e conivente e reconhece e tolera hoje o ilícito e o ilegal e em muitos locais, tais como o tráfico de drogas nos morros do Rio de Janeiro, onde os traficantes “ajudam” as comunidades, prestando os serviços elementares que é de obrigação do Estado, os moradores daquelas plagas sentem-se desprotegidos quando há operações policiais por lá e preferem a pseuda segurança ofertada pelos traficantes, em vez da oficial, que é obrigação do Estado.
Se levarmos em conta somente o que vemos pela mídia, corremos o risco de sermos induzidos ao erro, pois mostra-se somente ângulos da notícia e quase nunca a realidade dos fatos. Assistindo aos noticiosos televisivos sobre os conflitos no Oriente Médio, podemos imaginar que ali há guerra sem fim, mas a realidade é outra, pois em Israel, por exemplo, o índice de violência urbana é próximo de zero e nos países limítrofes também assim o são. A mídia dá destaque aos atos isolados de terrorismos, como se fosse acontecer a todo o momento e em todos os lugares, mas se comparados aos índices de morte no trânsito e com “balas perdidas”, vê-se, que ser vítima fatal em ato terrorista é infinitamente menos provável do que naquelas outras situações. Há inequívoco interesse dos Estados Unidos de propagar o medo e a iminente - mas falsa - idéia de que eles estão sempre em perigo e que a qualquer momento poderá acontecer outro atentado igual ao do 11 de setembro de 2001, quando se sabe que o mesmo foi “patrocinado” pelo próprio governo americano para justificar as guerras no Afeganistão, Iraque e outras que estão por vir. Tem muita gente faturando alto com a violência urbana e a desgraça dos outros.
Qualquer um de nós poderá ser a próxima vítima da violência urbana, pois a mesma sempre existiu, desde tempos imemoriais, mas de tempos para cá, ela ganhou nova “roupagem” e é tratada como “produto”, pois se “vende” a mesma para opinião pública na forma que se quer e de maneira equivocada. A mídia tem considerada responsabilidade na banalização da violência urbana.
Luís Olímpio Ferraz Melo

quarta-feira, 22 de outubro de 2008



Meu novo livro: No Campo das Idéias - Evolução do pensamento - 10 anos de publicações. 284 páginas. ABC Editora. Venda na Livraria Ao livro técnico da Av. Dom Luiz/North Shopping/Praça do Ferreira e Shopping Benfica, na Livraria Oboé do Shopping Center Um, na Av. Santos Dumont e na Livraria Lua Nova, na Av. 13 de Maio, nº 2861, Telefone: 85-3223-4336 - Fortaleza - Ceará. Preço: RS 30,00.

Fortaleza - Ceará - Brasil

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eleição no Tribunal - Artigo - Jornal O ESTADO

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eleição no Tribunal

Luís Olímpio Ferraz Melo

Após a ressaca da eleição municipal para escolha dos alcaides, avizinha-se agora a eleição para a escolha do novo presidente do egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Não menos importante do que a outra, mas sem a efetiva participação popular, a escolha do novo dirigente do órgão máximo da Justiça no nosso Estado se dará pelo pleno daquela augusta Corte. Todos os eminentes Desembargadores estão aptos e são dignos a ocuparem o comando daquela agremiação, mas faz-se necessário que os eventuais candidatos se apresentem à opinião pública, para que a mesma possa debater com os aspirantes as suas proposituras no encaminhamento do Judiciário. O leitor menos atento poderia até imaginar que a opinião pública não tem legitimidade para argüir nesse evento, mas a Constituição Federal diz que todo poder emana do povo e a participação – direta ou indireta – é direito do cidadão. A não participação popular leva muitas vezes a falhas insanáveis, daí o apelo para que a opinião pública participe desse importante evento que é a eleição presidencial no egrégio Tribunal.
A imprensa deve dá destaque e espaço para que os indigitados candidatos possam fazer debates, mostrar as suas idéias e assumir compromisso perante a sociedade civil que é a única e legítima destinatária desse poder. Há muitos sentimentos e interesses nessa eleição, pois o eventual ocupante da cadeira de presidente, administrará milionária verba do orçamento do Judiciário estadual, bem como decidirá, vez por outra, monocraticamente sobre questões que dizem respeito às pessoas, às famílias, às empresas e às cidades.
Não é razoável ficar questionando os políticos e as autoridades sem apresentar propostas que possam de alguma forma cristalizar as ações desses sujeitos junto à sociedade. Muitas pessoas receiam falar ou mesmo sugerir isso ou aquilo sobre o Judiciário, mas o mesmo mudou, pois se encontra mais maduro e aberto a sugestões e críticas.
No futuro a própria sociedade é que elegerá os seus magistrados, assim como acontece hoje com o presidente da República, governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores, pois a participação popular é pressuposto básico para se manter a democracia no país. Se formos omissos, seremos também responsáveis por tudo que acontece no Brasil. A própria insigne Associação Cearense dos Magistrados é que deveria capitanear esse movimento para democratização geral do Judiciário e assim toda a sociedade ganharia e a responsabilidade por eventuais desvios de conduta estaria dissolvida entre todos. A democracia deve ser exercida plenamente em todos os níveis de poder.

sábado, 11 de outubro de 2008

Jamais, jamais - Artigo - Diário do Nordeste


Debates e idéias

Jamais, jamais

Jamais, em tempo algum, ingressarei em qualquer “sociedade secreta”, por mais que preguem fraternidade e benevolência, pois a transparência deve ser sempre a regra de ouro em nossas vidas. Jamais matarei qualquer pessoa, mesmo que pudesse alegar legitima defesa, pois não saberia viver com essa situação. Jamais furtarei dinheiro público ou privado por qualquer motivo que exista. Jamais manipularei informações para obter qualquer tipo de vantagem ou atender a pedidos ilegítimos de quem quer que seja para silenciar ou falar sobre esse ou aquele assunto que não seja judicioso. Jamais venderei a minha dignidade, pois a vida perderia o sentido sem ela. Jamais pedirei a amigos ou a quem quer que seja algo ilegítimo ou que possa causar constrangimento. Jamais trairei a confiança dos leitores que desperdiçam precioso tempo lendo meus textos. Jamais fundarei qualquer tipo de “templo” para arrecadar dinheiro das pessoas, atemorizando-as e enchendo-as de “culpa” e de medos para assim controlá-las. Jamais me locupletarei com os conhecimentos lidos, pesquisados e adquiridos nos meus andarilhos pelo mundo, pois os mesmos não são mais meus, mas sim, de toda a humanidade, pois estamos no mesmo barco e temos que fazer de tudo para não naufragarmos. Não tenho ódio e nada contra ninguém e jamais usarei este espaço para fazer iniqüidades. No filme, “O poderoso chefão”, a máfia tenta de todas as formas se “aproximar” do incorruptível juiz, não logrando êxito, cooptam um de seus amigos, o juiz, percebendo a trama e antes que o seu agora “mui-amigo” abrisse a boca e lhe causasse constrangimento ilegal, vai logo falando: “- aquele que trouxer qualquer mensagem, será o traidor”. Nesta apertada síntese acima, vê-se, sem esforço, que não podemos constranger os amigos e que o interesse coletivo sempre deverá estar acima dos individuais e a honestidade deve ser a regra e não a exceção. Jamais deveremos desistir de acreditar que o mundo um dia poderá ser melhor, sem desigualdades, guerras e injustiças, mas para que isto aconteça, precisamos fazer a nossa parte, pois tudo depende somente de nós.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Imprensa marrom - Artigo - Jornal O Estado e Observatório da Imprensa


Quinta-feira, 09 de outubro de 2008

Imprensa marrom

Luís Olímpio Ferraz Melo



Não é sem razão que as pessoas evitam questionar a imprensa, pois sabem que há muitos interesses nesse tema. A origem da expressão “Imprensa marrom” vêm do termo inglês “Yellow press” – Imprensa amarela -, pois os jornais Americanos mais populares e sensacionalistas eram também os menos confiáveis, pois a guerra pela notícia e pelo mercado não tinha limites. No Brasil cunhou-se o termo “Imprensa marrom”, mas não perdeu o estigma de pouco confiável, apesar do esforço de eminentes jornalistas de pautarem seus textos na máxima ética e independência.
Ninguém que duvide de sua existência, pois as notícias, em considerada cota, são manipuladas. Verdadeiros “diabinhos”, de uma hora para outra, viram “santos”. Autoridades corruptas conseguem espaço positivo – ou desaparecem - na mídia impressionantemente, tão notável que, acredito, até eles pensam que são honestos. Há jornalistas que escrevem em seus blogs na Internet temas que normalmente não sai nos jornais, coincidência ou não, sempre temas relevantes e envolvendo autoridades, empresários e banqueiros que quase nunca contestam e nem tampouco processam esses eminentes jornalistas por injuria, calúnia ou difamação, ou mesmo pela inconstitucional e anacrônica Lei de Imprensa.
O general Jorge Félix, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, disse recentemente que aparecerão nas investigações da Polícia Federal muitos jornalistas envolvidos no esquema criminoso do encrencado banqueiro Daniel Dantas. O negócio é sério e merece reflexão de todos, pois se confirmada essa informação, podemos estar sabendo somente o que os “tubarões” querem que saibamos, ferindo de morte assim o sacrossanto direito à informação. O corporativismo entre os jornalistas é algo inexplicável e eles nem percebem que os leitores não são tão ingênuos assim como parem ser. O jornalismo brasileiro é endógeno, ou seja, mostra somente o que quer ou interessa ao mesmo.
A imprensa vive defendendo a “Liberdade de expressão”, mas não a exerce na sua plenitude, pois há fatos que são maquiados ou alijados das redações por motivos inconfessáveis. Aqui no Ceará, por exemplo, já houve caso de jornalista que se dizia “vítima” do Judiciário e vivia criticando acidamente o egrégio Tribunal de Justiça e hoje, como num passe de mágica, é assessor de Desembargador daquela Corte (!).
Assim não dá. Tem muita gente séria e independente no jornalismo, mas é preciso abrir o debate acerca do compromisso inegociável com a verdade dos fatos e o respeito aos leitores, pois a imparcialidade parece não ser alguma coqueluche no jornalismo.

sábado, 20 de setembro de 2008

A vida sem máscaras - Artigo - Diário do Nordeste

A vida sem máscaras


Os céticos que não acreditam na vida como verdadeiramente ela é, recomendaria os filmes abaixo, os quais faço aqui breve relato. Confesso que tinha resistência em assistir filmes que versassem sobre teorias conspiratórias ou que pudessem comprovar que entre a humanidade há seres malignos e que somente pensam em se locupletar a qualquer custo e sem qualquer preocupação com a vida humana e o planeta Terra. Achava esse tipo de filme absurdo e até certo ponto acreditava que os diretores queriam desafiar a nossa inteligência, mas tenho que reconhecer que alguns desses filmes são verdadeiros, e precisam ser vistos por todos. O filme, “O Senhor das armas”, mostra história real de um contrabandista de armas que corrompeu meio mundo de autoridades para vender suas armas nos quatro cantos do planeta. Esse filme passa boa parte na África, pasmem, no continente mais miserável do mundo, mas que é um dos maiores cliente da indústria bélica. O filme mostra inequivocamente para quem serve as guerras. O segundo recomendado é “O Jardineiro fiel”, que conta a história de um casal de pesquisadores que vai para África trabalhar e lá descobre como funciona a máfia da indústria farmacêutica que usa os africanos como cobaias humanas, e que algumas doenças são “criadas” em laboratórios. Nas cinco temporadas em que estive no continente africano serviram-me para corroborar que os filmes em tela, foram até benevolentes para não chocar os cinéfilos. Preparem-se agora para fortes emoções. O livro, “As sociedades secretas e seu poder no século XX”, foi escrito em 1998, o autor usou pseudônimo para não ser identificado, mas descobriram a sua identidade e ele seria um ex-agente secreto do governo britânico que revelou todo o esquema. O documentário “Zeitgeist”, (termo da língua alemã que significa o espírito de uma época) – há versão dele legendado em português no google vídeo, na Internet –, lançado no ano passado, nos EUA, usa o livro acima no roteiro e outros dados e mostra com provas robustas, cabais e irrecusáveis que há conspiração contra a humanidade. Recomendo que assistam logo a todos.


Luís Olímpio Ferraz Melo – psicanalista.

sábado, 6 de setembro de 2008

Nova sociedade - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Nova sociedade

A cidade de Roma, que em grego quer dizer força, foi fundada no ano de 753 a.C por bandidos que não sabiam o que era virtude, mas as gerações seguintes e após o esclarecimento do que esse substantivo feminino representava para aquela sociedade, até então condenada à derrocada, os romanos tornaram-se um povo altamente virtuoso no Império Romano – o Império Romano na antigüidade ia da Mesopotâmia, hoje Iraque, até o Reino Unido. A própria sociedade é que, por meio de seus costumes, torna-se boa ou má, fraterna ou virulenta e dos costumes é que surgem as leis. Calígula, imperador romano, acreditava ser de natureza diferente dos seus súditos, mas acabou sendo assassinado pelos mesmos. As autoridades, que tinham o dever e o poder de punir, por força de lei, não necessariamente eram moralistas, ou seja, agiam por conveniência. O filósofo Jean Jacques Rousseau, dizia que o homem nascia livre, mas vivia acorrentado por toda parte. Rousseau não defendeu a sociedade como muitos pensam, mas também não negou sua importância como forma de se viver organizadamente dentro do seu Contrato Social. Esse admirável filósofo apelava para que a sociedade ficasse permanentemente reunida em “Assembléia” para decidir todas as questões inerentes à mesma. Vê-se, nessa apertada síntese histórica, que a questão da sociedade e de suas autoridades sempre foi conturbada e ainda hoje o sistema não funciona, até porque o mesmo foi feito para funcionar apenas para satisfazer o ego e locupletar ilicitamente os “soberanos”. O destino da sociedade deve ser decidido pela população e não por autoridades inegavelmente ilegítimas, como estão as da contemporaneidade. Os líderes religiosos e/ou governantes nunca vão à guerra e “criam” ódios virtuais entre os povos para justificar os seus espíritos beligerantes e os seus interesses inconfessáveis. De tanto assistir a corrupção e a impunidade reinarem soberanamente em nossa moribunda pátria, a população encontra-se com o estômago “embrulhado” sem conseguir “digerir” esses escândalos. É preciso que o povo retome rapidamente o poder, para nunca mais perdê-lo.
* Psicanalista

domingo, 24 de agosto de 2008

Escola de futuro - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Escola de futuro

É preciso repensar urgentemente essa obsessão em que virou a disputa dos alunos nos exames vestibulares, pois preparam o mesmo para passar a qualquer preço nas provas, mas esquecem dos inevitáveis efeitos emocionais colaterais, sem falar que essas verificações não são justas para medir a capacidade integral do aluno. Não é difícil fazer modificações no ensino; tudo depende de vontade política e de visão no futuro. É preciso ter humildade para reconhecer que esse modelo de ensino não mais satisfaz aos adolescentes e aos jovens da contemporaneidade. Não é culpa da escola de hoje, mas de todo o sistema, pois houve certa acomodação e o conservadorismo dos respeitados gestores do ensino não acompanhou as velozes mudanças ocorridas nas últimas décadas no comportamento humano. O aluno deve aprender na escola a viver e lidar com as adversidades, como o inevitável sofrimento e a conviver com as diferenças inequívocas que existem na vida. A falta de interesse dos alunos nas matérias tem muito a ver com a questão da dispersão da mente. Os educadores precisam saber que o nosso corpo vive em permanente mutação e que muitas vezes o homem não acompanha mentalmente a velocidade dessas mudanças. Não consigo imaginar alguma sociedade que queira ser de qualidade e ética sem o conhecimento psicanalítico amealhado até aqui. Não é difícil formar educadores profanos analistas, para propagarem os auspiciosos conhecimentos psicanalíticos aos alunos de forma didática e acessível, pois quando se sabe de antemão dos inevitáveis conflitos por que todos passam na vida, os mesmos são minimizados e até evitados. A escola exerce na sociedade papel fundamental na formação dos seus cidadãos e por isso precisa exortar o aluno desde cedo a hábitos salutares, tais como: alimentação natural nas cantinas, prática de esportes para se trabalhar o corpo e as situações de adversidade, como a “vitória” e a “derrota”, úteis por demais na vida, ioga para melhorar a concentração e combater o estresse e a agressividade. A integração corpo e mente dos alunos de hoje, na escola, produzirá a nova sociedade do amanhã.
* Psicanalista

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Amor platônico - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO (10/8/2008)

Amor platônico
A expressão “amor platônico” nada tem a ver com as ardentes paixões, pois a proposta de Platão, no seu livro, “O Banquete”, em que disserta sobre a gênese do amor, é de que somente é possível o amor duradouro e real, o metafísico, aquele em que se prioriza os ideais e se vê a beleza “nas” e não “das” coisas, sublimando assim o físico e o emocional. A busca incessante do que falta, e alguns chegam a acreditar que são apenas uma metade e que a outra se encontra solta por aí esperando o grande dia do encontro para viverem felizes para sempre, produz sofrimento nas pessoas, pois comprovadamente as atrações físicas são passageiras e a procura por esse tal amor perfeito nunca virá. Quando se compreende que o amor é algo sublime e harmonioso, vê-se que Platão tinha razão quando defendia o amor metafísico. Muitos dirão que é utopia, mas deve-se ao fato de nunca terem tentado ou pelo fato de não se julgarem capazes de assim amar. As relações que se movem apenas pela atração física inequivocamente faliram, pois se assim não fosse não haveria tantos casos extraconjugais e tantas tragédias passionais evitáveis.A biologia afirma que no reino animal somente o Cisne não trai sexualmente seu parceiro (a) e é da natureza humana a poligamia, apesar do esforço das normas sociais e religiosas em alguns continentes de quererem modificar essa fatalidade e transformar o sujeito em monogâmico, mas se o mesmo transcende o físico e opta pelo amor metafísico, essa regra acima importância alguma terá. Os homossexuais e as lésbicas, em matéria de sexo, são insaciáveis, e mesmo não sendo essas opções sexuais doença ou perversão, ficam distante do amor platônico pugnado pela filosofia como único capaz de fazer o sujeito feliz duradouramente. Muitos casais estão na iminência da separação por falta de ideais para o relacionamento e os mesmos faliram porque giram quase que somente entorno do sexo. O fenômeno social da contemporaneidade que mais surpreende é o sofrimento psíquico por conta dos relacionamentos e da diversidade sexual pela falta de tentativa de se buscar o inédito verdadeiro amor.
* Psicanalista

domingo, 27 de julho de 2008

Análise do sujeito - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Análise do sujeito

A ortodoxia impede o analista tradicional de conhecer experiências extraordinárias que podem e vão mudar os rumos da psicanálise, pois, ao contrário do que se afirma, o inconsciente não é “cláusula pétrea” na mesma e nem tampouco a análise começa e termina neste. Utopia acreditar que existe efeito sem causa e que todos os problemas do sujeito originam-se nesta vida, daí a necessidade de ir além da análise convencional e buscar a cura do sujeito também em vidas passadas. Os analistas ortodoxos vêem na reencarnação apenas uma ilusão de uma crença, quando na verdade, a mesma é conhecimento e dos mais antigos. Desde tempos imemoriais o homem tem o saber da reencarnação, inclusive era proibida a comunicação com os espíritos, mas se proibiam é porque eles existem. As religiões ortodoxas também não acreditam na reencarnação, aliás, por ironia, são também contra muitas coisas boas para a humanidade e querem as mesmas resolver os problemas que o sujeito não tem. Antigamente, a ciência negava as hipóteses quando não conseguia prová-las, mas em relação à reencarnação, não há elementos válidos capazes de anular a mesma. A palavra psicanálise vem do grego e quer dizer: análise da alma -, mas o que é a alma senão o espírito do sujeito? Por muito tempo foi tabu falar-se em alma e espírito, pois a Igreja temia que esses conhecimentos fossem revelados à humanidade e a mesma se libertasse dessas ilusões dogmáticas. Ouve-se do sujeito, no fim da análise que, apenas “superou” o problema e/ou conflito e, quase nunca, o mesmo fala em “cura”, pois a psicanálise ainda não assumiu a existência do espírito e que o mesmo precisa de cura, por motivos que sempre são inerentes a vidas passadas. Negar esse inequívoco conhecimento é retroceder e caminhar na contramão da evolução do pensamento humano. Os espíritos têm influência em nossas vidas mais do que se imagina, seja lá o que se imagina. Investigar somente até o inconsciente é deixar inacabada a análise do sujeito e o seu espírito carente de cura definitiva. É difícil acreditar que, com provas cabais, alguém consiga desconstruir essa hipótese.
* Psicanalista

domingo, 20 de julho de 2008

Legião Urbana - Quase sem querer

Legião Urbana - Quase Sem Querer

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso.
Só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo
E tão contente.
Quantas chances
desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada p'ra ninguém.
Me fiz em mil pedaços
P'ra você juntar
E queria sempre achar
Explicação p'ro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir p'ra si mesmo
É sempre a pior mentira.
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você

sábado, 12 de julho de 2008

Depende do olhar - Artigo - Diário do Nordeste

Depende do olhar

A quase totalidade das pessoas abomina e se queixa da inveja e dos invejosos, pois acham que são pessoas doentes e que devem ser alijadas da sociedade, mas o que é mais hilariante é que em sendo assim, onde estariam então os invejosos, já que seria impossível haver a inveja sem o invejoso? O invejoso acredita que o invejado é inferior e que faz necessário diminuí-lo, ou mesmo anulá-lo, para que não seja ofuscada as suas “virtudes”. O invejoso tem a ilusão de que ninguém fala dele pejorativamente, pois, como bom narcisista, somente vê qualidades e virtudes em sua vida. A posição do invejado é bem mais confortável do que a do invejoso, pois este, além de incapaz de se igualar ou mesmo superar àquele, sofre com o destaque do mesmo. É comum ouvir comentários de pessoas indignadas reclamando de estarem sendo vitimas de fofocas, mas quando abordadas se também fofocam, saem dizendo que apenas fazem “comentários” sobre os outros e não fofocas (?). Tudo depende do olhar e da posição em que se encontra o sujeito, pois até um contumaz seqüestrador, por exemplo, pode se sentir “traído” por sua vitima se a mesma consegue escapar do cativeiro incólume. Nas páginas de sites de relacionamento na Internet, vê-se, sem esforço, nos perfis, que quase a totalidade das pessoas afirmam não tolerar mentiras e falsidades, mas se quase todos repudiam esses comportamentos, onde estariam então os falsos e os mentirosos? Os clérigos pregam desesperadamente para “salvar” a alma de seus rebanhos, e esquecem de se salvar, quando na verdade, se se salvassem, já estariam fazendo grande negócio. Os corruptos vão à loucura quando são pilhados surrupiando o erário, mas se julgam injustiçados e na cabeça deles não se acham desonestos, pois, para eles, a corrupção é inata ao homem. O emprego pode ser a coisa mais importante na vida do homem, mas imaginem como deve se sentir psiquicamente o que fabrica a bomba-atômica. Em qualquer situação que esteja, jamais desista da vida, pois, dependendo do olhar, o maior problema na vida pode ser ótima oportunidade para o seu crescimento pessoal e espiritual.

Luís Olímpio Ferraz Melo – psicanalista.

domingo, 1 de junho de 2008

Preço da verdade - Artigo - Diário do Nordeste


Debates e idéias

Preço da verdade


Platão, na sua obra “A República”, narra-nos o que ficou conhecido como “O mito da caverna”, onde os homens viviam, desde nascidos, acorrentados dentro de uma caverna e olhando permanentemente para o lado oposto da entrada. Nesta condição, viam apenas feixes de luz e imaginavam que os mesmos eram deuses, porém, um dia, um dos encarcerados, resolve se libertar e romper as algemas que o aprisionava àquela malfadada condição, e consegue sair da caverna para constatar que as sombras não eram deuses, mas, sim, algo produzido por homens, como eles. Ao voltar à caverna e contar o que descobriu aos demais, foi tido como mentiroso e corruptor das crenças. Os mitos sempre explicaram a vida e não é à-toa que todos – ou quase todos – falam de situações que desde tempos imemoriais a humanidade vem repetindo-os. Foi assim que Freud encontrou no “mito do Édipo” o conflito que todo mundo, sem exceção, passa na vida, e outros tantos que não teria espaço aqui para narrá-los. Alguns filósofos discordam que a vida é mera repetição de fatos, mas parece inegável essa hipótese, se compreendida no seu sentido mais amplo. Todos que se atreveram a trazer verdades e conhecimentos inéditos para a humanidade, pagaram preço alto por conta disso. Muitos ganharam fortunas com suas descobertas, mas outros acabaram pagando preço vultoso e por conta disso foram caluniados, difamados e criticados injustamente, quando não mortos. Não é sem razão que muitos intelectuais da contemporaneidade não publicam seus escritos com medo da opinião pública, pois sempre haverá pessoas e grupos contrários ao que se publica. Na alegoria platônica, vê-se, que desde aquela época já era assim, pois quem tentasse libertar seus pares seria hostilizado no primeiro momento e hoje vemos a história sendo reescrita inocentando bravos homens altruístas que publicaram novas idéias e verdades. A humanidade não está avançando por conta do anacronismo do “sistema” que sempre e somente pensa em “controlar” o homem, ora com falsas crenças, ora instigando ao consumismo desenfreado que o leva a escravidão sem correntes.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Psicanalista

sábado, 10 de maio de 2008

Folclore tibetano - Artigo - Diário do Nordeste


Debates e idéias

Folclore tibetano

Tido como o “teto do mundo”, e o local mais sagrado do planeta, o Tibete, vive várias contradições em relação a sua história, e ao que se tem notícia por diversos meios. Local de difícil acesso e por demais controlado pelo governo Chinês, o Tibete, impressiona pela sua beleza natural rodeada de montanhas, neve, templos milenares e um povo manso, simpático, honesto e fanático pelos seus antepassados, pois dedicam boa parte do dia a adorá-los como se verdadeiros e vivos fossem. O argumento que a China usou, em 1950, na invasão, foi de que estava “libertando” o tibete dos tibetanos (?) e essa investida custou a vida de um milhão e duzentos mil inocentes tibetanos.É muito difícil reconstruir a história verdadeira do tibete, visto eles falarem apenas o dialeto tibetano que é extremamente difícil de compreensão., daí as mirabolantes versões das coisas que acontecem por lá. Para os tibetanos, existem duas religiões: o budismo e o Bon – e é a coisa mais importante e sagrada para eles, e essas equivocadas tradições vem se repetindo de gerações em gerações por milênios e sem nenhuma esperança de mudança. A tradição dos Dalai Lama – que no dialeto tibetano quer dizer: oceano de sabedoria – terminou com a morte do 13º Dalai Lama, em 1924, daí dizerem que o atual, o 14º Dalai Lama, seria uma espécie de “genérico” e o mesmo não é reconhecido por todos de lá, como líder espiritual. O santo mais adorado no tibete, chama-se, Milarepa, e este teria sido feiticeiro e matado vários e um dia, se converteu e passou a ser adorado naquela plaga. O tibete hoje tem toda a sua milenar cultura comprometida pela invasão do Capitalismo que transformou sua capital, Lhasa, numa metrópole como qualquer outra do mundo com hotéis de luxo, revenda de carros importados, bancos, lojas, etc. Sempre há manifestações pró-tibete, mas, muitos que participam das mesmas, nem sabem ao certo porque estão lutando e muito menos, a realidade atual tibetana. Nas duas temporadas em que estive no tibete, serviram para ter a certeza de que todo local do mundo é sagrado, e que religião e evolução, não são sinônimos.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Psicanalista

quinta-feira, 17 de abril de 2008

O novo homem - Artigo - Diário do Nordeste


Idéias

O novo homem

Fazia-se necessário a morte do “homem-velho”, que trazia consigo de outrora imperfeições produzidas pelo magnetismo que ainda refletiam nesta existência. Morrer não é o fim e nem nunca será; a morte, até em sonhos, tem apenas significado simbólico, de ruptura de situações e ou mesmo de comportamentos mundanos. O homem-novo deve nascer a cada dia dentro de nós, para que possamos assim sublimar os desafios inerentes à natureza humana e galgar equilíbrio para desfrutar durante nossa existência aqui na Terra. Todos os dias estamos morrendo e renascendo para vida, alguns, de forma positiva, outros, nem tanto, mas é preciso desmistificar a figura da morte no seu sentido mais amplo, para poder-se entender o fenômeno da vida. Muitos desses conceitos exagerados de puritanismo que enfiaram e pregaram de forma desumana em nossas mentes, pouco ou nenhum valor tem mais no mundo contemporâneo, mas o equívoco foi apregoá-los como se fosse algum tipo de “prêmio” aos que conseguissem alcançá-lo. Todo bem ou mal que se faz a outrem, se faz a si próprio, e essa regra é sábia e milenar e nada tem a ver com moralismo e/ou religião, e o homem não deve perder de vista que sua meta aqui na Terra é a perfeição que poderá ser acelerada ou minimizada nas etapas reencarnatória, pois a natureza dá-nos o livre arbítrio.Engana-se o homem, que revestido de preciosas oportunidades, tais como o conhecimento, bens materiais, poder decisório, etc, achar que não deve dar a contrapartida para a humanidade e assim justificar perante o Universo a dádiva recebida. Nada acontece por acaso e até nos casos aparentemente mais fortuitos, a natureza age de forma a ensinar-nos a grandeza de sua obra. A omissão dos que possuem tais méritos acima, vem custando sucessivamente a degeneração dos valores mínimos para manter a sociedade em harmonia e de forma progressiva. O novo-homem deve nascer o quanto antes para ser merecedor de continuar no processo evolutivo cuja meta sempre será a perfeição, livrando-se de vícios e do magnetismo do sensualismo que todos nós trazemos de tempos imemoriais e que precisa de cura.
Luís Olímpio Ferraz Melo
Psicanalista

domingo, 6 de abril de 2008

Epidemia invisível - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Epidemia invisível

Na atual conjuntura, governo e população se estarrecem com a proliferação acelerada das epidemias que ameaçam todo o sistema de saúde já bastante sacrificado. Neste momento, o planeta Terra passa por processo depurativo e de auto-ajuste e serão inevitáveis novas catástrofes e epidemias. Outrora, povos inteiros foram dizimados nesses períodos apocalípticos como o que se inaugura agora. Não há vencedores nem vencidos nesse processo, pois a Natureza age deliberadamente com o intuito de preservar a espécie humana e os animais que lhes interessa e a regra para a sobrevivência, após o cataclisma, parece-nos já ser conhecida dos antigos e imemoriáveis povos que já pregavam o respeito à Natureza, a honestidade e a caridade ao semelhante. Mas passa quase desapercebido do grande público a pior de todas as epidemias, talvez por ser invisível a olho nu, mas será a de maior complexidade e desafio para os novos tempos, que é a questão dos transtornos mentais. Extraiu-se pela primeira vez do último Encontro Nacional de Saúde na Espanha, este ano, que um em cada cinco espanhóis corre risco de sofrer algum tipo de transtorno mental e que boa parte dos medicamentos vendidos por lá são ansiolíticos, soníferos e antipsicóticos. As causas para tais transtornos foram apontadas como o estresse, vida sedentária, má alimentação, álcool, drogas etc. e foi pelos eminentes psiquiatras espanhóis, caracterizado tal evento como a Epidemia do século XXI. Infelizmente, os medicamentos ofertados pela indústria farmacêutica não curam ninguém; fazem, no máximo, o “controle” da doença. Basta ver que até hoje não há caso algum de cura da esquizofrenia por via de medicação convencional. Somente com a mudança de atitude mental e de comportamento, o indivíduo estará incólume da epidemia do século XXI. A esquizofrenia - ou transtorno mental - não tem ainda cura e aparece no sujeito de forma invisível e silenciosa, e evitá-la de todas as formas será o maior investimento individual que o homem poderá e deverá fazer para não entrar nas assustadoras estatísticas sempre crescentes dos transtornos mentais.
* Psicanalista

segunda-feira, 31 de março de 2008

O lado obscuro do aborto - Artigo - Diário de Cuiabá



Segunda, 31 de março de 2008
Edição nº 12066 18/03/2008

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
O lado obscuro do aborto Quase passa desapercebido de todos alguns aspectos obscuros sobre o desejo do Governo Federal de pugnar a legalização do aborto no Brasil. Há todo um jogo de encenações, contradições, equívocos e de dados e pesquisas duvidosas favoráveis a essa ou aquela parte. A opinião pública precisa saber a verdade sobre o aborto, para poder se posicionar acerca desse obscuro tema. O Governo Federal brasileiro usa como argumento principal para a sua propositura para legalizar o aborto a hipótese de que milhares de mulheres morrem, por ano, no Brasil por conta de abortos clandestinos e por causa disso e com “compaixão” delas almeja legalizar o aborto geral para o bem das mulheres. Mas não é bem assim essa história e pode-se considerar defesa subliminar e obscura que acaba levando e dando margem a diversas interpretações e hipóteses. Há muitos interesses obscuros por trás dos países que pugnam pela legalização do aborto no mundo. Em 22 de janeiro de 1973, nos Estados Unidos, uma equivocada decisão da Suprema Corte de Justiça, liberou o aborto naquela plaga, num episódio que ficou conhecido como o caso “Roe versus Wade”, em que a jovem texana Norman McCorvey – apelidada de Jane Roe – dizia ter sido estuprada. Porém, em 1995, na revista americana “Newsweek” ela revelou que havia mentido para os juízes e que nunca houvera sido violentada. Hoje, arrependida, trabalha no Movimento Pró-Vida para América. Ainda nos Estados Unidos, no dia 10.12.1974, veio à tona o malfadado Relatório Kissinger, que diz, em apertada síntese, que nenhum país conseguirá fazer controle de natalidade se não recorrer ao aborto, o que acabou mostrando o verdadeiro interesse dos governos na legalização do aborto. Os movimentos pró-vida, também nos Estados Unidos, explodiam as clinicas de abortamento com as pessoas dentro, numa contradição sem fim, pois não se pode lutar pela vida matando as pessoas. Por outro lado, os que defendem o aborto nunca tiveram coragem de mostrar o outro lado da moeda e o mesmo fica como se fosse um “oásis”. Legalizar o aborto no Brasil não trará nenhum beneficio para as mulheres, pelo contrário, pois o que se tem visto, são mutilações psíquicas e físicas nelas, muitas vezes irreversíveis, e não há nenhuma garantia que essas indigitadas mortes – se é que existem mesmo – irão acabar ou mesmo diminuir com a legalização do aborto, pois o sistema de saúde brasileiro beira o caos. O Governo Federal quer na verdade fazer o controle de natalidade no Brasil e usa discurso obscuro de “preocupado” com a saúde e a vida das mulheres, quando na verdade, está é usando as mulheres para seu programa de controle populacional. A legislação infraconstitucional penal já disciplina as hipóteses em que o aborto é permitido no Brasil e qualquer lei que generalize essas hipóteses deverá ser considerada inconstitucional. O discurso governamental é sofismático e é preciso que o mesmo diga a verdade para a população sobre suas reais intenções em pugnar o aborto no Brasil.

* LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é advogado e psicanalista e apóia o Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto

domingo, 23 de março de 2008

Ímpeto na saga juvenil - Artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Ímpeto na saga juvenil

Na utopia platônica, pugnava-se, que quem ultrapassasse os dez primeiros anos de idade na cidade, deveria imediatamente ser recambiado para o interior, como forma de não corromper as crianças remanescentes e assim, estas ficariam livres dos maus costumes e da corrupção. Milhares de hipóteses já foram aventadas sobre como educar os adolescentes e jovens nesse mundo tão cheio de desafios e de causas tão inglórias. Não é questão nova o encaminhamento do adolescente e do jovem na sociedade civil e uma questão básica chama a atenção neles: a falta de um sentido para a vida. Nesta hipótese, vê-se, com alguma segurança, o reflexo e a autodenúncia de carência e de rejeição, carência de afeto dos pais e da desintegrada família, e rejeição provocado pelo mundo do consumismo e da hipocrisia em que se transformaram as amizades contemporâneas. Denunciam total desprezo ao corpo e ao futuro, pois, inevitavelmente, estão comprometendo-os. Neste momento, milhares de jovens estão desesperados sem sentido algum para as suas vidas e mergulhados nas drogas, álcool e na banalização do sexo, achando até, talvez, que adolescência e/ou juventude são doenças, quando na verdade é a melhor parte da vida, desde que bem administrada. Essa moda do “fica” não deu certo, pois, se tivesse dado, não haveria tanta reclamação entre os adolescentes e os jovens em relação a sofrimento afetivo e a falta de novos relacionamentos. É forte a hipótese de que muitos jovens parecem estar se “vingando” do universo masculino e/ou feminino por motivos diversos, quando, na verdade, estão se vingando é do próprio corpo. Esse comportamento mundano do adolescente e do jovem da contemporaneidade está tirando a identidade deles. O adolescente e o jovem inteligente da contemporaneidade rompe esse ciclo vicioso que não os levará a nada, pelo contrário, transforma-lo-á em pessoa vazia e sem identidade. Não se deve destruir o futuro por conta das “delícias” duvidosas do presente, pois pouco ou nada lhes servirão mais na frente. Diz o sábio adágio grego: “A vida é um dom da Natureza; mas uma vida bela é um dom da sabedoria”.*
Psicanalista

segunda-feira, 10 de março de 2008

Línguas e a globalização - Artigo - Diário do Nordeste

Debates e Idéias (2/3/2008)

Línguas e a globalização

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Sem que haja unificação na comunicação lingüística, é possível afirmar, com alguma segurança, que jamais o homem viverá em paz e sem guerras. Centenas de livros, artigos, monografias, teses, dissertações, cartas, etc tiveram as suas traduções equivocadas e causaram e causam ainda hoje, prejuízos aos pesquisadores e, de alguma forma, a toda humanidade. A justificativa plausível para se buscar uma língua universal, inicia-se no equívoco das traduções de textos antigos e novos que mudaram – para pior - a história da humanidade, e o homem trilha caminhos obscuros e ineptos, por conta desses vetustos erros que estão se repetindo. A globalização da comunicação faz-se necessária e imperiosa, pois, com mais de oito mil línguas e dialetos – somente na china fala-se cinco mil dialetos - hoje existentes, não é possível se expressar de forma equânime e harmoniosa pelo mundo. Desde tempos imemoriais, o homem se comunica por diversas formas, mas qual a razão de se manter línguas herméticas e quase incompreensíveis, se o objetivo de todos, em tese, é viver em harmonia e em paz, e a condição genérica para isso, é a comunicação? Milhares de decisões e informações são manipuladas por conta da dificuldade de cognição dessa ou daquela língua e que por conta disso, milhares de conflitos foram deflagrados em detrimento ao objetivo do homem que deveria ser a busca permanente da paz. Em muitos países não se exorta o aprendizado dessa ou daquela língua em virtude de conflitos por questões religiosas, o que é irracional. Nos países de línguas herméticas, somente eles entendem a mesma, e quase não se dá margem para se estudar por completo, a cultura desses povos. São na verdade povos endógenos, pois somente mostram o que querem, e a sua essência fica sempre sujeita a essa ou aquela interpretação e traduções que nem sempre condizem com a verdade. Não há pelo mundo esse ódio entre judeus, cristãos e muçulmanos, como a mídia insiste em propagar e somente uma língua universal seria capaz de pacificar o mundo, e os homens viveriam então, como irmãos e não mais como indiferentes, como são hoje.
* Psicanalista

sexta-feira, 7 de março de 2008

Poema da Gratidão

POEMA DA GRATIDÃO
Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dás,
pelo pão que nos deste,
pela roupa que nos veste,
pela alegria que possuímos,
por tudo de que nos nutrimos
Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
pelas aves que voam no céu de anil,
pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
Olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar,
que contemplam toda beleza!
Olhos que iluminam de amor
ante o majestoso festival de cor da generosa Natureza!
E os que perderam a visão?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre coração!
Eu sei que depois desta vida,
Além da morte, voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,
pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigada, Senhor, porque posso escutar
O Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigada pelos ouvidos que registram: a sinfonia da vida, no trabalho, na dor, na lida...
O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
as lágrimas doridas do mundo inteiro
e a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar?
Deixa-me por eles rogar...
Sei que em Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama, pela voz que canta,
pela voz que ajuda,
pela voz que socorre,
pela voz que ensina,
pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles que perderam o dom de falar
E o Teu nome não podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia e não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles sabendo, porém, que mais tarde, No Teu Reino voltarão a falar.
Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, pelas mãos que fazem ternura, e que socorrem na amargura;
pelas mãos que acarinham, pelas mãos que elaboram as leispelas mãos que cicatrizam feridas retificando as carnes sofridas balsamizando as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo, que amparam o sofrimento e estacam lágrimas, pelas mãos que ajudam os que sofrem, os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços, como estrelas sublimes fulgindo em meus braços! ...
E pelos pés que me levam a marchar, ereta, firme a caminhar;
pés da renúncia que seguem humildes e nobres sem reclamar
E os que estão amputados, os aleijados, os feridos e os deformados, os que estão retidos na expiaçãopor ilusões doutra encarnação, eu rogo por eles e posso afirmar que no Teu Reino, após a lida dolorosa da vida, hão de poder bailare em transportes sublimes outros braços afagar...
Sei que a Ti tudo é possível Mesmo o que ao mundo parece impossível!
Obrigada, Senhor, pelo meu lar, o recanto de paz ou escola de amor,a mansão de glória.
Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer nem o lar tiver ou teto amigo para me aconchegar nem outro abrigo para me confortar, se eu não possuir nada, senão as estradas e as estrelas do céu, como leito de repouso e o suave lençol, e ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinha, ao léu...
Sem alguém para me consolar Direi, cantarei, ainda:
Obrigada, Senhor, porque Te amo e sei que me amas, porque me deste a vida jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigada, Senhor, porque nasci,
Obrigada, porque creio em Ti. ...
E porque me socorres com amor,Hoje e sempre, Obrigada, Senhor!

Amélia Rodrigues, espírito.(Poema recebido pelo médium Divaldo Pereira Franco,em Buenos Aires, Argentina, 21/11/62 e extraído do livro, "Sol de Esperança")

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Ordem na família - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Ordem na família

A contemporaneidade vem produzindo pessoas cada vez mais egoístas e intolerantes e isso tem refletido diretamente na crise familiar que se instalou nas sociedades de todo o mundo. Equivocadamente as pessoas sempre associam família ao casamento, mas não há necessariamente essa associação, pois a família pode subsistir por gerações sem que haja obrigatoriamente o casamento em vigência. Há várias hipóteses sobre o que tem desestimulado as novas gerações a não alimentarem o desejo inato de sobrevivência do homem de constituir a família, pois sem ela a humanidade estaria fadada a se extinguir. A questão patrimonial tem produzido efeito contrário ao desejado pelas sociedades e, quiçá, o legislador, pois até o século XV o casamento era apenas um dos sete sacramentos da Igreja Católica, mas daí em diante passou também a ser de forma definitiva um contrato civil e o ritual anacrônico dos juramentos de amor eterno até que a morte os separe, foi retirado do Livro de Orações, de 1549. Há neste momento milhares de casais pensando em separação, mas sem muita clareza do que querem e dos motivos. Família não é somente o casal ou o mesmo o casamento, mas sim diálogo, companheirismo, lealdade, filhos, patrimônio, relações interpessoais, contexto social, etc. Não há família perfeita e a mesma deve ser obra de construção diária e até os homossexuais e as lésbicas estão pugnando pelo mundo o direito de serem reconhecidos como núcleo familiar e assim poder adotar crianças e disciplinar a sucessão de seus patrimônios. Não há na história nenhuma civilização em que a família não tenha desempenhado papel relevante na formação do indivíduo, pois, desde Heródoto, foram recenseadas quase cinco mil sociedades no mundo e, em todas, a família sempre esteve presente de forma destacada, mas a família do futuro terá que ser reinventada, pois o mundo mudou. Nos Emirados Árabes, país muçulmano, descobri lá que o governo doa casa e dá apoio aos nubentes nativos que almejam constituir família, pois sabem que somente por meio da família poder-se-á construir uma sociedade qualitativa, digna e de futuro.
* Psicanalista

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Revelações e progresso - Artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Debates e idéias (3/2/2008)
Revelações e progresso

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Todos têm dentro de si um tesouro de valor inestimável e que nada tem a ver com riquezas, vícios, pessoas, situações, etc., e que é preciso descobri-lo o quanto antes, pois quando assim acontecer, não se necessitará de quase mais nada para viver de forma plena e feliz, pois a felicidade é altruísta, neste estágio você terá se iluminado, mas também encontrado teu tesouro que pirata algum jamais te tomará. Abandonei qualquer sentimento religioso que pudesse existir dentro de mim, pois estou mais do que seguro de que todas as religiões são ilusões e que alienam ao invés de libertar o homem. Tanto o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo são doutrinas que estão equivocadas nas suas proposituras e não há prova material alguma para sustentar o que dizem e as circunstanciais existentes são frágeis e contraditórias. Tudo que há de verdadeiro é algo absolutamente óbvio, pois a Natureza nos cobra o aprimoramento ético para com a vida e o respeito as suas irrevogáveis leis – lei de Ação e Reação. Não façam injustiças, pois tudo volta. A reencarnação não é uma crença como bilhões acreditam, mas sim, um conhecimento milenar e representa e nos contempla com o resultado do que fomos e do que seremos nas vidas futuras. Não há conhecimento mais verdadeiro e auspicioso do que a lei da reencarnação da Natureza. Todos nós devemos procurar viver da forma mais honesta possível e respeitar a Natureza para sermos merecedores do amanhã que se avizinha. Dias difíceis estão por vir para toda a humanidade, porém, após a tempestade nascerá a esperança para novos tempos de vida aqui na Terra. Desonestidade, corrupção, violência, egoísmo e guerras, não mais estarão presentes nas vidas das pessoas.Descobri que se livrar do ódio, raiva, vingança, etc., evita dezenas de doenças e melhora e muito a saúde do homem. Não há moralismo no meu discurso, até porque não sou moralista e nem candidato a tanto. Agora estou enxergando direito e sei como o mundo funciona e porque a humanidade não avança. As instituições ruíram e as pessoas se tornaram indiferentes aos problemas que dizem respeito a todos.
* Psicanalista

domingo, 20 de janeiro de 2008

Livro quase sagrado - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Livro quase sagrado

Bhagavad-gitã é considerado o livro sagrado mais antigo do mundo – em sânscrito quer dizer: canção do senhor – pois, segundo exames com o carbono 14, data o mesmo de cinco mil anos anteriores a Era Cristã e é poema épico -filosófico e também, o livro sagrado dos hinduístas e teria sido narrado durante uma batalha. O Antigo Testamento, que dá fulcro a Torá ou Pentateuco, que é o livro sagrado dos Judeus, constituído de 46 livros compendiados é composto de histórias, metáforas, poesias, mitos, lendas, leis, quimeras, filosofia e tragédias., parece mais uma colcha-de-retalho. O Novo Testamento, é constituído de 27 livros e é iniciado com nova abordagem do Cristianismo e com sustentáculo em quatro Evangelhos reconhecidos pela Igreja Católica, pois dezenas de outros Evangelhos foram considerados apócrifos e não foram reconhecidos pelos clérigos, porém, não podem ser anulados. Os evangelhos – quer dizer: boa-nova – estão incompletos alguns e são em alguns pontos contraditórios. No século VI, o profeta Maomé, escreve, o Alcorão, que teria sido ditado pelo anjo Gabriel, e recepcionou partes do Antigo Testamento, do Novo Testamento e do Apocalipse e dá nova abordagem e várias outras interpretações, é o livro sagrado dos mulçumanos, mas o Alcorão não é conclusivo e em algumas passagens o mesmo é duríssimo com judeus e os cristãos.O antiqüíssimo “Livro egípcio dos mortos” já falava o que diz depois os dez mandamentos de Moisés, ou seja, o mesmo não é inédito e dificilmente deus algum ditou o decálogo e coloca em cheque toda a trajetória da bíblia desde seus prolegomenos até o Alcorão. Todos esses livros representam os costumes e conhecimentos que se tinham naquelas épocas e não houve preocupação dos indigitados escritores com a verdade e os exegetas exageraram em suas interpretações. Se extraíssemos de todos esses quase sagrados livros, somente a lei irrevogável da Natureza de Ação e Reação – colherá o que plantar – e implantássemos diariamente em nossas vidas, salvar-se-ia toda a humanidade, pois nos livros acima, além de ilusórios, tem os mesmos, valor apenas histórico.
* Psicanalista

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Vencer contra a sorte - Auto-ajuda

Vencer contra a sorte.
“Aleije-o, e terá um Sir Walter Scott.
Prenda-o numa cela, e terá um John Bunyan.
Enterre-o nas neves de Valley forge, e terá um George Washington.
Crie-o numa miséria abjeta, e terá um Abraão Lincoln.
Submeta-o ao amargo preconceito religioso, e terá um Disraeli.
Aflija-o com asma, em criança, e terá um Theodore Roosevelt.
Torture-o com dores reumáticas até ele não poder dormir sem um narcótico e terá um Steinmetz.
Ponha-o no poço de lubrificação, e terá um Walter P. Chrysler.
Faça dele um segundo violino numa desconhecida orquestra da América do Sul, e terá um Toscanini.
‘Caro Hermam: Obrigada pelo enviado. É realmente inspirador, mas gostaria de acrescentar outro vencedor a essa lista:Ao nascer, negue a uma criança a faculdade de ver, ouvir e falar, e terá uma Helen Keller.”
“Caros leitores: A coluna de ontem estava cheia de nomes (apresentados pelos meus leitores) de gente que conseguiu vencer lutando contra a sorte. Hoje continuamos a lista:‘Veja uma criança de talidomida que nasceu com um corpo mirrado e contorcido, sem braços, e verá Terry Wiles que, com o auxilio de parelhos mecânicos, aprendeu a tocar o órgão elétrico, dirigir uma lancha e pintar.
Ampute a perna cancerosa de um bonito jovem canadense, e terá Terry Fox, que fez voto de correr com uma perna só atravessando todo o Canadá, para ganhar um milhão de dólares para pesquisas sobre o câncer. ( Terry foi obrigado a parar no meio, quando o câncer invadiu seus pulmões, mas até hoje já conseguiu cerca de 20 milhões.) .
Depois de ter perdido as duas pernas num desastre de aviação, façam um piloto de caça britânico voar de novo com a RAF, e terão Douglas Bader que, com dois membros artificiais, foi capturado três vezes pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial... e fugiu três vezes!
Cegue-o, e terá um Ray Charles, George Shearing, Stevie Wonder, Tom Sullivan, Alec Templeton ou Hal Krents.Classifique-o como ‘burro demais para aprender’e terá um Thomas Edison.
Torne-o alcoólatra ‘perdido’ e terá Bill Wilson, fundador de Alcoólatras Anônimos.
Diga que ela está muito velha para começar a pintar aos 80 anos, e terá a Vovó Moses.
Atormente-o com períodos de depressão tão agudos que ele chega a cortar a própria orelha, e terá Vincent Van Gogh.
A sua lista não estaria completa sem um Max Cleland sorridente, que perdeu as duas pernas e um braço no Vietnã e hoje é diretor da Administração dos Veteranos em Washington, D.C.
Não esquecendo Patrícia Neal, a admirável atriz que teve um grave derrame, mas se recuperou vencendo dificuldades tremendas.
Cegue-o aos 44 anos, e terá John Milton, que, 16 anos depois, escreveu Paraíso Perdido.
Chamem-no de caso perdido e reprove-o na sexta série, e terá um Winston Churchill.
Castigue-o com a miséria e preconceitos, e ela poderá sobreviver para tornar-se outra Golda Meir.
Coloque-a contra a discriminação sexual, e terá uma Madame Curie.
Diga a um garoto que gostava de desenhar e pintar que ele não tem talento, e terá um Walt Disney.
Peque uma criança aleijada, cujo único lar foi um orfanato, e terá James E. West, que se tornou o primeiro executivo dos Escoteiros da América.
Considere-o ‘medíocre’em Química, e terá um Louis Pasteur.
Torne-o homossexual, e terá um Miguel Ângelo e um milhão de outros talentos.
Nem todas as incapacidades são físicas ou visíveis. E nem todos os que venceram, apesar das dificuldades, são celebridades.Toda família tem os seus heróis e heroínas para quem não há medalha de honra suficientemente importante para recompensar as suas façanhas.É a vocês, cujos nomes não aparecem aqui, mas mereciam aparecer, que dedico esta coluna”.
Fonte: Texto retirado do jornal Los Angeles Times. Tradução livre.