Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

segunda-feira, 31 de março de 2008

O lado obscuro do aborto - Artigo - Diário de Cuiabá



Segunda, 31 de março de 2008
Edição nº 12066 18/03/2008

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
O lado obscuro do aborto Quase passa desapercebido de todos alguns aspectos obscuros sobre o desejo do Governo Federal de pugnar a legalização do aborto no Brasil. Há todo um jogo de encenações, contradições, equívocos e de dados e pesquisas duvidosas favoráveis a essa ou aquela parte. A opinião pública precisa saber a verdade sobre o aborto, para poder se posicionar acerca desse obscuro tema. O Governo Federal brasileiro usa como argumento principal para a sua propositura para legalizar o aborto a hipótese de que milhares de mulheres morrem, por ano, no Brasil por conta de abortos clandestinos e por causa disso e com “compaixão” delas almeja legalizar o aborto geral para o bem das mulheres. Mas não é bem assim essa história e pode-se considerar defesa subliminar e obscura que acaba levando e dando margem a diversas interpretações e hipóteses. Há muitos interesses obscuros por trás dos países que pugnam pela legalização do aborto no mundo. Em 22 de janeiro de 1973, nos Estados Unidos, uma equivocada decisão da Suprema Corte de Justiça, liberou o aborto naquela plaga, num episódio que ficou conhecido como o caso “Roe versus Wade”, em que a jovem texana Norman McCorvey – apelidada de Jane Roe – dizia ter sido estuprada. Porém, em 1995, na revista americana “Newsweek” ela revelou que havia mentido para os juízes e que nunca houvera sido violentada. Hoje, arrependida, trabalha no Movimento Pró-Vida para América. Ainda nos Estados Unidos, no dia 10.12.1974, veio à tona o malfadado Relatório Kissinger, que diz, em apertada síntese, que nenhum país conseguirá fazer controle de natalidade se não recorrer ao aborto, o que acabou mostrando o verdadeiro interesse dos governos na legalização do aborto. Os movimentos pró-vida, também nos Estados Unidos, explodiam as clinicas de abortamento com as pessoas dentro, numa contradição sem fim, pois não se pode lutar pela vida matando as pessoas. Por outro lado, os que defendem o aborto nunca tiveram coragem de mostrar o outro lado da moeda e o mesmo fica como se fosse um “oásis”. Legalizar o aborto no Brasil não trará nenhum beneficio para as mulheres, pelo contrário, pois o que se tem visto, são mutilações psíquicas e físicas nelas, muitas vezes irreversíveis, e não há nenhuma garantia que essas indigitadas mortes – se é que existem mesmo – irão acabar ou mesmo diminuir com a legalização do aborto, pois o sistema de saúde brasileiro beira o caos. O Governo Federal quer na verdade fazer o controle de natalidade no Brasil e usa discurso obscuro de “preocupado” com a saúde e a vida das mulheres, quando na verdade, está é usando as mulheres para seu programa de controle populacional. A legislação infraconstitucional penal já disciplina as hipóteses em que o aborto é permitido no Brasil e qualquer lei que generalize essas hipóteses deverá ser considerada inconstitucional. O discurso governamental é sofismático e é preciso que o mesmo diga a verdade para a população sobre suas reais intenções em pugnar o aborto no Brasil.

* LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é advogado e psicanalista e apóia o Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto

domingo, 23 de março de 2008

Ímpeto na saga juvenil - Artigo - Diário do Nordeste

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Ímpeto na saga juvenil

Na utopia platônica, pugnava-se, que quem ultrapassasse os dez primeiros anos de idade na cidade, deveria imediatamente ser recambiado para o interior, como forma de não corromper as crianças remanescentes e assim, estas ficariam livres dos maus costumes e da corrupção. Milhares de hipóteses já foram aventadas sobre como educar os adolescentes e jovens nesse mundo tão cheio de desafios e de causas tão inglórias. Não é questão nova o encaminhamento do adolescente e do jovem na sociedade civil e uma questão básica chama a atenção neles: a falta de um sentido para a vida. Nesta hipótese, vê-se, com alguma segurança, o reflexo e a autodenúncia de carência e de rejeição, carência de afeto dos pais e da desintegrada família, e rejeição provocado pelo mundo do consumismo e da hipocrisia em que se transformaram as amizades contemporâneas. Denunciam total desprezo ao corpo e ao futuro, pois, inevitavelmente, estão comprometendo-os. Neste momento, milhares de jovens estão desesperados sem sentido algum para as suas vidas e mergulhados nas drogas, álcool e na banalização do sexo, achando até, talvez, que adolescência e/ou juventude são doenças, quando na verdade é a melhor parte da vida, desde que bem administrada. Essa moda do “fica” não deu certo, pois, se tivesse dado, não haveria tanta reclamação entre os adolescentes e os jovens em relação a sofrimento afetivo e a falta de novos relacionamentos. É forte a hipótese de que muitos jovens parecem estar se “vingando” do universo masculino e/ou feminino por motivos diversos, quando, na verdade, estão se vingando é do próprio corpo. Esse comportamento mundano do adolescente e do jovem da contemporaneidade está tirando a identidade deles. O adolescente e o jovem inteligente da contemporaneidade rompe esse ciclo vicioso que não os levará a nada, pelo contrário, transforma-lo-á em pessoa vazia e sem identidade. Não se deve destruir o futuro por conta das “delícias” duvidosas do presente, pois pouco ou nada lhes servirão mais na frente. Diz o sábio adágio grego: “A vida é um dom da Natureza; mas uma vida bela é um dom da sabedoria”.*
Psicanalista

segunda-feira, 10 de março de 2008

Línguas e a globalização - Artigo - Diário do Nordeste

Debates e Idéias (2/3/2008)

Línguas e a globalização

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Sem que haja unificação na comunicação lingüística, é possível afirmar, com alguma segurança, que jamais o homem viverá em paz e sem guerras. Centenas de livros, artigos, monografias, teses, dissertações, cartas, etc tiveram as suas traduções equivocadas e causaram e causam ainda hoje, prejuízos aos pesquisadores e, de alguma forma, a toda humanidade. A justificativa plausível para se buscar uma língua universal, inicia-se no equívoco das traduções de textos antigos e novos que mudaram – para pior - a história da humanidade, e o homem trilha caminhos obscuros e ineptos, por conta desses vetustos erros que estão se repetindo. A globalização da comunicação faz-se necessária e imperiosa, pois, com mais de oito mil línguas e dialetos – somente na china fala-se cinco mil dialetos - hoje existentes, não é possível se expressar de forma equânime e harmoniosa pelo mundo. Desde tempos imemoriais, o homem se comunica por diversas formas, mas qual a razão de se manter línguas herméticas e quase incompreensíveis, se o objetivo de todos, em tese, é viver em harmonia e em paz, e a condição genérica para isso, é a comunicação? Milhares de decisões e informações são manipuladas por conta da dificuldade de cognição dessa ou daquela língua e que por conta disso, milhares de conflitos foram deflagrados em detrimento ao objetivo do homem que deveria ser a busca permanente da paz. Em muitos países não se exorta o aprendizado dessa ou daquela língua em virtude de conflitos por questões religiosas, o que é irracional. Nos países de línguas herméticas, somente eles entendem a mesma, e quase não se dá margem para se estudar por completo, a cultura desses povos. São na verdade povos endógenos, pois somente mostram o que querem, e a sua essência fica sempre sujeita a essa ou aquela interpretação e traduções que nem sempre condizem com a verdade. Não há pelo mundo esse ódio entre judeus, cristãos e muçulmanos, como a mídia insiste em propagar e somente uma língua universal seria capaz de pacificar o mundo, e os homens viveriam então, como irmãos e não mais como indiferentes, como são hoje.
* Psicanalista

sexta-feira, 7 de março de 2008

Poema da Gratidão

POEMA DA GRATIDÃO
Senhor Jesus, muito obrigada!
Pelo ar que nos dás,
pelo pão que nos deste,
pela roupa que nos veste,
pela alegria que possuímos,
por tudo de que nos nutrimos
Muito obrigada, pela beleza da paisagem,
pelas aves que voam no céu de anil,
pelas Tuas dádivas mil!
Muito obrigada, Senhor!
Pelos olhos que temos...
Olhos que vêem o céu, que vêem a terra e o mar,
que contemplam toda beleza!
Olhos que iluminam de amor
ante o majestoso festival de cor da generosa Natureza!
E os que perderam a visão?
Deixa-me rogar por eles
Ao Teu nobre coração!
Eu sei que depois desta vida,
Além da morte, voltarão a ver com alegria incontida...
Muito obrigada pelos ouvidos meus,
pelos ouvidos que me foram dados por Deus.
Obrigada, Senhor, porque posso escutar
O Teu nome sublime, e, assim, posso amar.
Obrigada pelos ouvidos que registram: a sinfonia da vida, no trabalho, na dor, na lida...
O gemido e o canto do vento nos galhos do olmeiro,
as lágrimas doridas do mundo inteiro
e a voz longínqua do cancioneiro...
E os que perderam a faculdade de escutar?
Deixa-me por eles rogar...
Sei que em Teu Reino voltarão a sonhar.
Obrigada, Senhor, pela minha voz.
Mas também pela voz que ama, pela voz que canta,
pela voz que ajuda,
pela voz que socorre,
pela voz que ensina,
pela voz que ilumina...
E pela voz que fala de amor,
obrigada, Senhor!
Recordo-me, sofrendo, daqueles que perderam o dom de falar
E o Teu nome não podem pronunciar!...
Os que vivem atormentados na afasia e não podem cantar nem à noite, nem ao dia...
Eu suplico por eles sabendo, porém, que mais tarde, No Teu Reino voltarão a falar.
Obrigada, Senhor, por estas mãos, que são minhas alavancas da ação, do progresso, da redenção.
Agradeço pelas mãos que acenam adeuses, pelas mãos que fazem ternura, e que socorrem na amargura;
pelas mãos que acarinham, pelas mãos que elaboram as leispelas mãos que cicatrizam feridas retificando as carnes sofridas balsamizando as dores de muitas vidas!
Pelas mãos que trabalham o solo, que amparam o sofrimento e estacam lágrimas, pelas mãos que ajudam os que sofrem, os que padecem...
Pelas mãos que brilham nestes traços, como estrelas sublimes fulgindo em meus braços! ...
E pelos pés que me levam a marchar, ereta, firme a caminhar;
pés da renúncia que seguem humildes e nobres sem reclamar
E os que estão amputados, os aleijados, os feridos e os deformados, os que estão retidos na expiaçãopor ilusões doutra encarnação, eu rogo por eles e posso afirmar que no Teu Reino, após a lida dolorosa da vida, hão de poder bailare em transportes sublimes outros braços afagar...
Sei que a Ti tudo é possível Mesmo o que ao mundo parece impossível!
Obrigada, Senhor, pelo meu lar, o recanto de paz ou escola de amor,a mansão de glória.
Obrigada, Senhor, pelo amor que eu tenho e pelo lar que é meu...
Mas, se eu sequer nem o lar tiver ou teto amigo para me aconchegar nem outro abrigo para me confortar, se eu não possuir nada, senão as estradas e as estrelas do céu, como leito de repouso e o suave lençol, e ao meu lado ninguém existir, vivendo e chorando sozinha, ao léu...
Sem alguém para me consolar Direi, cantarei, ainda:
Obrigada, Senhor, porque Te amo e sei que me amas, porque me deste a vida jovial, alegre, por Teu amor favorecida...
Obrigada, Senhor, porque nasci,
Obrigada, porque creio em Ti. ...
E porque me socorres com amor,Hoje e sempre, Obrigada, Senhor!

Amélia Rodrigues, espírito.(Poema recebido pelo médium Divaldo Pereira Franco,em Buenos Aires, Argentina, 21/11/62 e extraído do livro, "Sol de Esperança")