Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 6 de abril de 2008

Epidemia invisível - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Epidemia invisível

Na atual conjuntura, governo e população se estarrecem com a proliferação acelerada das epidemias que ameaçam todo o sistema de saúde já bastante sacrificado. Neste momento, o planeta Terra passa por processo depurativo e de auto-ajuste e serão inevitáveis novas catástrofes e epidemias. Outrora, povos inteiros foram dizimados nesses períodos apocalípticos como o que se inaugura agora. Não há vencedores nem vencidos nesse processo, pois a Natureza age deliberadamente com o intuito de preservar a espécie humana e os animais que lhes interessa e a regra para a sobrevivência, após o cataclisma, parece-nos já ser conhecida dos antigos e imemoriáveis povos que já pregavam o respeito à Natureza, a honestidade e a caridade ao semelhante. Mas passa quase desapercebido do grande público a pior de todas as epidemias, talvez por ser invisível a olho nu, mas será a de maior complexidade e desafio para os novos tempos, que é a questão dos transtornos mentais. Extraiu-se pela primeira vez do último Encontro Nacional de Saúde na Espanha, este ano, que um em cada cinco espanhóis corre risco de sofrer algum tipo de transtorno mental e que boa parte dos medicamentos vendidos por lá são ansiolíticos, soníferos e antipsicóticos. As causas para tais transtornos foram apontadas como o estresse, vida sedentária, má alimentação, álcool, drogas etc. e foi pelos eminentes psiquiatras espanhóis, caracterizado tal evento como a Epidemia do século XXI. Infelizmente, os medicamentos ofertados pela indústria farmacêutica não curam ninguém; fazem, no máximo, o “controle” da doença. Basta ver que até hoje não há caso algum de cura da esquizofrenia por via de medicação convencional. Somente com a mudança de atitude mental e de comportamento, o indivíduo estará incólume da epidemia do século XXI. A esquizofrenia - ou transtorno mental - não tem ainda cura e aparece no sujeito de forma invisível e silenciosa, e evitá-la de todas as formas será o maior investimento individual que o homem poderá e deverá fazer para não entrar nas assustadoras estatísticas sempre crescentes dos transtornos mentais.
* Psicanalista

Um comentário:

Anônimo disse...

O artigo cita que um dos males do século XXI se apresenta de forma insidiosa, porém, ao mesmo tempo diz que há necessidade de “evitá-la de todas as formas será o maior investimento individual que o homem poderá e deverá fazer para não entrar nas assustadoras estatísticas sempre crescentes dos transtornos mentais”
Dentre os chamados transtornos mentais temos a esquizofrenia e, na classificação das esquizofrenias temos várias características que indicam as diversas modalidades de esquizofrênicos. Dentre essas modalidades o esquizofrênico hebrefrênico é identificado por ser acometido por transtornos fantasiosos, isolamento do resto da sociedade, idéias delirantes e místico-religiosas, alucinações auditivas, confusão entre o real e o imaginário etc.
Existe algum fator primitivo (predisposição genética) que indique aos pais a existência do gérmen esquizofrênico nos seus filhos, ainda em tenra idade? Tem o Psicólogo como identificar tal fator? Crianças (filhos únicos) são, em sua maioria, extremamente solitários até onde vai a normalidade das fantasias e o nascimento de um desequilíbrio mental, como identificar o limite entre os dois? Como evitar a Epidemia do século XXI quando profissionais que se dizem aptos a identificá-la não o fazem? E quando o fazem já se encontra em estado avançado.
MSS