Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 6 de setembro de 2008

Nova sociedade - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Nova sociedade

A cidade de Roma, que em grego quer dizer força, foi fundada no ano de 753 a.C por bandidos que não sabiam o que era virtude, mas as gerações seguintes e após o esclarecimento do que esse substantivo feminino representava para aquela sociedade, até então condenada à derrocada, os romanos tornaram-se um povo altamente virtuoso no Império Romano – o Império Romano na antigüidade ia da Mesopotâmia, hoje Iraque, até o Reino Unido. A própria sociedade é que, por meio de seus costumes, torna-se boa ou má, fraterna ou virulenta e dos costumes é que surgem as leis. Calígula, imperador romano, acreditava ser de natureza diferente dos seus súditos, mas acabou sendo assassinado pelos mesmos. As autoridades, que tinham o dever e o poder de punir, por força de lei, não necessariamente eram moralistas, ou seja, agiam por conveniência. O filósofo Jean Jacques Rousseau, dizia que o homem nascia livre, mas vivia acorrentado por toda parte. Rousseau não defendeu a sociedade como muitos pensam, mas também não negou sua importância como forma de se viver organizadamente dentro do seu Contrato Social. Esse admirável filósofo apelava para que a sociedade ficasse permanentemente reunida em “Assembléia” para decidir todas as questões inerentes à mesma. Vê-se, nessa apertada síntese histórica, que a questão da sociedade e de suas autoridades sempre foi conturbada e ainda hoje o sistema não funciona, até porque o mesmo foi feito para funcionar apenas para satisfazer o ego e locupletar ilicitamente os “soberanos”. O destino da sociedade deve ser decidido pela população e não por autoridades inegavelmente ilegítimas, como estão as da contemporaneidade. Os líderes religiosos e/ou governantes nunca vão à guerra e “criam” ódios virtuais entre os povos para justificar os seus espíritos beligerantes e os seus interesses inconfessáveis. De tanto assistir a corrupção e a impunidade reinarem soberanamente em nossa moribunda pátria, a população encontra-se com o estômago “embrulhado” sem conseguir “digerir” esses escândalos. É preciso que o povo retome rapidamente o poder, para nunca mais perdê-lo.
* Psicanalista

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