Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 31 de outubro de 2010

Conspiração planetária - artigo - Diário do Nordeste

Conspiração planetária


O sistema capitalista promoveu na civilização a deteriorização dos valores mínimos para a sociedade se manter em paz. Não obstante, o sistema de oposição - comunismo/socialismo - transformou uma causa, no caso, a igualdade, numa guerra sem fim, em que os homens tornaram-se eternos inimigos. Hobbes já havia sentenciado corretamente que o homem é inimigo do homem, mas com o advento do capitalismo essa máxima ganhou outros contornos: o homem foi reduzido a um valor e tudo passou a girar em torno do vil metal - Não se pode servir a Deus e a Mamon (dinheiro), diziam os antigos. Grupos que detinham o conhecimento e as propriedades fundiram-se e criaram o que se conhece hoje por sistema financeiro para especular e multiplicar os seus capitais sem qualquer remorso e a qualquer preço. Os bancos financiam as guerras, independente de ideologias, mas a culpa pelo "projeto" beligerante dos totalitários ou dos democráticos não é deles.
A quebra da Bolsa de Valores em Wall Street , em 24 de outubro de 1929, foi armação - no capitalismo, quando um ganha, outro perde; e não é exagero afirmar que o homem é escravo do dinheiro. Após a Segunda Guerra, a Europa foi curiosamente "dividida" em Oriental e Ocidental, esta sob influência dos EUA capitalista, aquela, da Rússia comunista. A Rússia é o país onde mais há bilionários, mas a informação a seguir é assustadora: em 1997, 73% do sistema bancário da Rússia estavam sob o controle da máfia (Publifolha, 1999). A grave crise econômica nos EUA, em 2008, que colocou em xeque o sistema financeiro mundial, teve como pivô o banco Lehman Brothers, de propriedade de judeus, como tantos outros, mas foi o governo americano que saldou as obrigações, daí as especulações de que os judeus comandam o planeta por conta do poder financeiro. A história cultural da civilização é de dominação e os complôs sempre existiram, mas a humanidade foi que se permitiu por ignorância e passividade a todas essas manipulações. Não há caridade no capitalismo, nem tampouco piedade no socialismo, pois sempre houve disputa pelo homem, não para salvá-lo, mas sim, dominá-lo.



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é psicanalista

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