Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 17 de outubro de 2010

Águas passadas - Artigo - Diário do Nordeste

Águas passadas

 

Águas passadas não movem moinhos, diz o sábio provérbio. Porém, o sujeito tradicionalmente vai em sentido contrário ao milenar ensinamento, pois não dá o mesmo destaque mental às coisas boas que lhe acontecem na vida, preferindo "glorificar" as negativas. O sentimento de culpa, causado pela prisão ao passado, é cruel e impede que o sujeito avance na vida e na sua evolução espiritual e isso pode sim causar vários transtornos mentais, daí a necessidade urgente de se livrar do que passou, pois não é sábio e nem prudente desperdiçar energia e tempo remoendo o que não mais poderá ser modificado.
Os resultados com o perdão são extraordinários e perdoar é hoje questão de saúde pública, pois muitos dos sintomas de ansiedade, melancolia, depressão e sentimento de culpa são gerados pelas prisões voluntárias ao passado que o sujeito fica carregando, mas que utilidade nenhuma tem na vida. Todos têm o livre-arbítrio e devem decidir livremente se querem ou não se livrar da prisão do passado, mas devem assumir o risco, caso queiram continuar voluntariamente aprisionado no seu próprio inferno mental. Nesses dias desafiadores para a civilização, nada mais sábio do que renunciar ao passado em prol da evolução espiritual e da saúde física e mental. Ódio, remorso e desejo de vingança são venenos para o sujeito e quem alimenta esses nefastos sentimentos é o maior prejudicado.
É altamente recomendável fazer a Terapia da Oração do perdão por trinta dias, pois os resultados são extraordinários e análogos aos de seis meses de análise - há cópia no meu blog: "no campo das ideias" -, pois não chega a ser alguma vantagem glorificar o passado. A paz mundial precisa e apela para a propagação urgentíssima do perdão na civilização. Prometeu, que na mitologia grega teria roubado o fogo dos deuses e entregue aos homens, e assim modificado a história da civilização, hoje recomendaria a Terapia da Oração do perdão; Freud, se vivo estivesse, confirmaria seus efeitos psicoterapêuticos positivos. O leitor que conseguir se libertar da prisão do seu passado poderá dizer: "o meu reino não é deste mundo".



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - psicanalista

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