Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 8 de junho de 2013

Maomé e o Islamismo - artigo - Jornal OPOVO



   Muito do que consta no livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão, foi fruto de “empréstimo cultural” das tradições já existentes no mundo árabe naquela época, exemplo: o apedrejamento, utilizado para punição em alguns crimes nos países muçulmanos, foi incorporado à cultura muçulmana por causa do “rito da lapidação de Satã”, em Mina -etapa da peregrinação à Meca, onde o diabo é representado e apedrejado num monumento de 18 metros - Meca é a cidade sagrada dos muçulmanos.
   O Alcorão recepcionou o Antigo e o Novo Testamento, bem como o Livro do Apocalipse; porém, deve-se ressaltar que somente no Antigo Testamento há 600 passagens de carnificinas e outras mil tendo Deus aplicado castigos de morte e destruição por desobediência a Sua Vontade.
   No Alcorão, após Maomé, Jesus Cristo é a figura mais respeitada e no Islamismo não é aceita a versão tradicional da crucificação Dele, pois tudo não teria passado de truque de ilusão para enganar os seus algozes, quando na verdade Jesus Cristo teria subido aos céus com o corpo físico e a cruz.
Maomé tinha por volta de 40 anos quando, em um de seus retiros na caverna de Hira, nos arredores de Meca, teve uma visão do Anjo Gabriel que lhe confiou a Mensagem de Alá (Deus, em árabe), mesmo Maomé sendo analfabeto - a última revelação do Anjo Gabriel a Maomé se deu no dia 8 de junho de 632 d.C. e nove dias depois Maomé desencarnaria.
   Maomé foi um homem simples, simpático, bondoso e de visão de mundo notável, sempre pregou o diálogo e era contrário ao extremismo. A cultura tribal nos países muçulmanos e as disputas de poder fragilizaram os ensinamentos de Maomé, daí a imagem distorcida que há dos muçulmanos e da religião islâmica.
   Os cinco pilares do islamismo são: acreditar em um só Deus (Alá) e em Maomé como o último profeta; orar cinco vezes ao dia, voltado para Meca; dar esmola visando à caridade; jejuar durante o mês do Ramadã (mês sagrado dos muçulmanos), do nascer do dia até o cair da noite; e fazer a peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida, para aqueles que têm condições físicas e financeiras.


Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista



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