Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Jesus Cristo era judeu? - artigo - Conspiração Global




   Há controvérsias acerca da judeidade de Jesus Cristo e é preciso refletir acerca desse importante tema. O intelectual húngaro, Louis Marschalko (1903–1968), no seu livro, “Os conquistadores do mundo”, publicado em 1958, analisou proficuamente essa questão e diz na página 22: “(...) A maior mentira da história é a declaração que alega que o Cristianismo nasceu da religião judaica. Pelo contrário: o Cristianismo começou a existir como a própria negação do nacionalismo judeu e da predestinação racial. Os próprios apóstolos ensinaram isto: — “Vós sabeis”, disse Pedro — “como é coisa abominável para um homem judeu o juntar-se ou unir-se a um estrangeiro: mas Deus me mostrou que a nenhuma homem chamasse comum ou imundo” (Atos 10, 28)”. Já na página 24 acrescenta: “(...) a influência judaica teve um papel tão importante na determinação da queda do Império Romano como na ruína do Império Espanhol. Conforme Heman escreve; no Império Espanhol os judeus tinham o controle de todas as forças espirituais e materiais, desde a posse da terra até os mais elevados cargos eclesiásticos, e por meio da sua agiotagem eles exerceram muita influência sobre as esferas da corte e de toda a nobreza” — ou seja, tudo contrário ao que Jesus pregava.
   Os capítulos 18 e 19 do Evangelho de João fornecem elementos sugerindo que não é possível afirmar de forma peremptória que Jesus Cristo era judeu, como é dito pela tradição. Em João 18, 20 é dito: “Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se ajuntam, e nada disse em oculto”. Ora, numa exegese vê-se que Jesus não se reconhece judeu ao falar da sinagoga e no versículo 36 do dito capitulo 18, fica a dúvida de qualquer indício de judeidade em Jesus Cristo: “Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”.
   Até o presente momento não se encontrou qualquer texto escrito por Jesus Cristo, ou seja, toda a sua história é fulcrada em narrativas testemunhais contidas nos Evangelhos que, com o auxílio da arqueologia e outras disciplinas, reconstruíram esse cenário. Porém, outros Evangelhos que falam de Jesus Cristo foram encontrados, em 1947, em Qumran, no Mar Morto, em Israel, e já modificou parte da sua história...
   É tentador imaginar que Jesus Cristo não era judeu e que foi assassinado pelos judeus porque pregava o amor, a paz, o perdão e a conciliação de todos os povos, o que, por si só, muda toda a história da civilização...



Luís Olímpio Ferraz Melo é advogado e psicanalista

Nenhum comentário: