Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 4 de setembro de 2011

Novo Renascimento - artigo - Diário do Nordeste



Não se sabe ao certo em que momento da História começou o Renascimento, mas sabe-se que o movimento partiu de Florença, na Itália, ainda no século XIV, para o resto da Europa, e foi Giotto um de seus precursores. A sociedade europeia estava saindo da Idade das Trevas e o Renascimento era um desejo de se retornar à cultura e à arte da Grécia antiga, onde a beleza reinava e o conhecimento florescia e criavam-se as matrizes da arte e do saber para todo o planeta. O Renascimento europeu deu uma contribuição fantástica à civilização, tanto no campo da pintura, como da literatura e da música, enfim, na arte em geral. Neste período áureo, revelaram-se gênios da arte e da pintura, como Leonardo da Vinci, o homem universal, e Michelangelo, entre outros tantos; na música sacra, apareceu Giovanni da Palestrina - em Roma -, que inovou os recorrentes cantos das missas e homilias e recorreu à polifonia projetando e universalizando a sua arte. O uso da perspectiva deu nova dimensão à pintura e aumentou assim o interesse pela arte renascentista. A bíblia foi fundamental no Renascimento, inclusive, metade das pinturas religiosas era da Virgem Maria e um quarto, de Jesus Cristo. O Concílio de Trento, no século XVI, proibiu muitas músicas clericais, pois a Igreja Católica descobriu que elas tinham matrizes em cantos pornográficos e Palestrina inovou criando melodias angelicais. Em Trento, foi criado o Índice dos Livros Proibidos - havia também um das imagens proibidas - e muitos livros, que poderiam auxiliar a civilização na sua redenção, foram pilhados pela Igreja e trancafiados nas bibliotecas secretas do Vaticano, o que acabou sendo um duro golpe no deslindar do conhecimento. Os livros ganharam importância no Renascimento, pois já havia a prensa de Gutenberg e o desejo de aprendizado, mas o alto preço do livro impedia a universalização do conhecimento. Após a tempestade chegará a bonança, e a civilização terá, em breve, a oportunidade de renascer e iniciar um novo Renascimento, em que a arte e a literatura devem ser prioridades para a evolução espiritual e intelectual de todos...



Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

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