Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

domingo, 5 de setembro de 2010

Prazer na leitura - Artigo - Diário do Nordeste

Prazer na leitura

 
Muitos livros, mesmo quando exageram ou não contam a verdade, produzem prazer no leitor. Alguns leitores afirmam ter modificado suas vidas após alguma leitura, mas esse fenômeno somente é possível quando o leitor está aberto a novos conhecimentos. Para escrever bons textos é recomendável debruçar-se em leituras edificantes para adquirir diversos conhecimentos e pontos de vista. Há leituras que são divertidas, que falam de fatos que jamais poderiam ter existido, exemplo, não há nada de absurdo que não se possa encontrar num livro de filosofia e/ou de história, daí a necessidade da leitura crítica. A Enciclopédia Soviética é emblemática e causava risos nos leitores, devido a tantas modificações sofridas nos períodos imperiais e totalitários, inclusive, os intelectuais recomendavam, com ironia, que os soviéticos atualizassem sempre as suas biografias para poder acompanhar as constantes mudanças na Enciclopédia. O prazer proporcionado por um bom livro é indescritível, pois ninguém é o mesmo após consumi-lo. A juventude na contemporaneidade desperdiça precioso tempo em baladas, ao invés de dedicar à boa leitura; se o costume de ler fosse incentivado na sociedade, teríamos, em pouco tempo, uma boa civilização culta. Historicamente, os livros têm mais ouvintes do que leitores, basta ver que desde criança se ouve na escola as estorinhas infantis; e a bíblia, mesmo sendo o livro mais vendido, é apenas o mais ouvido nas homilias; e os livros eram escritos quase sempre na terceira pessoa, justamente pensando mais nos ouvintes das rodas de leitura do que nos leitores solitários. Filmes, novelas e documentários são baseados em centenas de livros que são assistidos anualmente por bilhões. Os livros e a Imprensa revolucionaram o pensamento humano, mesmo com os índices alarmantes de analfabetismo, e podem auxiliar na construção da nova sociedade que já começou. Na Inquisição européia era perigoso ler e mais ainda possuir certos livros; e na China imperial havia problema na circulação dos livros e sempre era citado o provérbio: Emprestar livro é estupidez; pior ainda é devolvê-lo.



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

psicanalista

Nenhum comentário: