Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 12 de setembro de 2010

Revolução revisada - artigo - Diário do Nordeste

Revolução revisada

 
A história das revoluções despreza o verdadeiro desejo e objetivos almejados nesses movimentos. A Revolução Francesa (1789-1791) mobilizou aproximadamente 90% de camponeses que se rebelaram contra o regime monárquico, porém, foi a franco-maçonaria que emprestou a sublevação a trilogia: liberdade, igualdade e fraternidade - estandarte da luta contra os mais favorecidos em favor de todos e da democracia. O movimento revolucionário arquitetado por Moses Modechai Marx Levi, ou simplesmente, Karl Marx, saiu da sociedade secreta "Liga dos Justos" que encomendou o monumental Manifesto Comunista. Porém, parte modificada do texto do Manifesto já estava publicada antes de Marx nascer, e o nome foi modificado em 1847 de "Liga dos Justos" para "Liga dos Comunistas". Muitos dos artigos de Marx publicados no The New York Tribune foram escritos por seu amigo industrial Engels (Burke, 2006), o que sugere que há obscurantismo na teleologia do movimento e no desejo marxista. É difícil acreditar em movimento das massas sem o "apoio" dos grupos de pressão e/ou das sociedades secretas. No máximo, conseguirá movimentar um punhado de pessoas e por pouco tempo nas ruas. As elites tradicionalmente não se rebelam, pois sempre souberam dominar o poder sem esforço. O movimento estudantil é exceção à regra, mas as lutas dos estudantes são sempre delimitadas. É possível que os EUA não existissem na atual forma se não fosse a maçonaria, pois os maçons foram fundamentais na constituição do Estado americano. A Revolução Soviética, 1917, tomou de assalto os meios de comunicação para manipular a população e ao mesmo tempo impor ampla censura. No regime nazi-fascista do Vichy (1940-44), passou-se a ensinar por cartilhas nas escolas outra versão da história daquele período obscuro para os franceses. Não é confortável escrever sobre isto, mas a civilização é manipulada e os totalitários querem passar a ideia de que o povo não tem inteligência e precisa deles para sobreviver. Tudo é um esquema e a célebre frase de Mussolini não deixa dúvida: - cuidado para não cairmos na armadilha fatal da coerência.



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Psicanalista

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