Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 29 de agosto de 2010

A saga feminina - Artigo - Diário do Nordeste

A saga feminina


A primeira mulher de Adão não foi Eva, mas sim, Lilith, segundo a tradição judaica do Zohar. Lilith, diz o mito, era independente e indomável e não aceitou viver em passividade com Adão no Paraíso, daí ter fugido para o Mar Vermelho e se acasalado com vários demônios. Eva cometeu o pecado original de comer a fruta do conhecimento que, se revelado, segundo a bíblia, inviabilizaria a saga feminina. A beleza e o ímpeto de Lilith, segundo a alegoria, teria sido o estopim para a crise nos relacionamentos afetivos entre o homem e a mulher. A tradição rabínica diz ainda que Lilith tornou-se inimiga de Eva e da família e declarou guerra aos deuses, não deixando desde então homens, mulheres e crianças em paz, daí a figura de Lilith estar ligada à vingança, à inveja e ao ódio. Nos mitos há mensagens veladas, mas a figura de Lilith não foi compreendida e é usada nos movimentos feministas para "libertar" as mulheres, porém, esses movimentos são estéreis e histéricos e com discurso sofismático, pois leva a mulher para um ilusório paraíso. A missão sagrada que a Natureza concedeu à mulher, dizia Rousseau, foi a da reprodução e a de cuidar dos seus rebentos em favor da família. Lilith "ensinou" a vingança e a não esquecer os antigos relacionamentos, daí, ainda hoje, a quase inviabilidade de novos enlaces afetivos por conta do passado feminino. Lilith influencia as mulheres contemporâneas, pois em busca da beleza a qualquer preço, usam nos cabelos produtos químicos à base de formol, amônia, guanidina e até lítio, que penetram na corrente sanguínea causando danosos efeitos colaterais, o que, em tese, altera o humor e o bem-estar da mulher. Hipócrates, Platão, Aristóteles e mestre Eckhart - a Igreja colocou em dúvida se a mulher pertencia ao reino animal -, diziam sem provas que a mulher não tinha alma, mas todos erraram. Os mitos têm muita força na civilização e explica o presente no passado e Lilith serviu para provar que a mulher no seu estilo não é feliz. A mulher saiu de seu habitat seguro - a família - para se aventurar sozinha na selva onde somente os selvagens sobrevivem.



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Psicanalista

Um comentário:

Sukham disse...

MITOS
Sabemos que povos diferentes criaram mitos diferentes, mas com uma coisa em comum: a linguagem simbólica: na qual exprimimos experiências interiores como se fossem experiências sensoriais, como se fosse algo que tivéssemos fazendo ou que fosse feito em relação à nós no mundo dos objetos, no mundo tangível.
“Modelos de sociedades são abstrações(?): em muitas das primeiras comunidades cristãs, homens e mulheres viviam como iguais e as mulheres assumiam os mesmos papéis de liderança que os homens.
O matriarcado não é o oposto do Patriarcado – modelo dominador de sociedade – forma de estruturar relações humanas, segundo o 1º princípio da organização, é o MANDO – de uma metade da humanidade sobre a outra.
O modelo de Parceria, partindo da diferença mais fundamental em nossa espécie, a que se dá entre homem e mulher, a diversidade não é sinônimo de inferioridade ou superioridade e o 1º princípio da organização social seria a UNIÃO e não o mando.”
“MITOS GNÓSTICOS - Os mitos descrevem não a história, mas os eventos recorrentes da vida do espírito humano. Exemplo:
Segundo Evangelhos Gnósticos – Maria Madalena foi um dos principais apóstolos de Jesus. Uma grande líder nos primórdios da Igreja e a única pessoa que ousou fazer frente a Pedro e reprová-lo por tentar estabelecer o mesmo tipo de estrutura religiosa hierárquica contra qual Jesus havia pregado.
- Dois grandes espíritos magistrados num grau mais alto de respeitabilidade acadêmica, aparecem como principais figuras da Psicologia moderna: Freud e Jung que levaram a MITOLOGIA muito à sério e consideraram os MITOS como ENTIDADES PSIQUÍCAS com grande poder de ação no mundo.
FREUD – os mitos seriam registros das vicissitudes da natureza sexual e do desejo.
JUNG – a natureza essencial do MITO seria uma fonte de sabedoria e inspiração”.
Leitura: O novo Despertar da Deusa e Mito de Sofia
SUKHAM