Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

sábado, 21 de agosto de 2010

Redoma dialética - Artigo - Diário do Nordeste

Redoma dialética

 

A intelectualidade é uma elite, e outrora já se prestou ao papel de defender sistemas de governos da direita à esquerda, porém, hoje silencia diante das visíveis e inequívocas contradições. O papel do intelectual na civilização é apontar as contradições, mas o sujeito de conhecimento enciclopédico não pode se fechar numa redoma e defender e questionar somente a sua pátria, pois assim sendo, sugere-se que bata no seu peito um coração chauvinista. Stalin, na então União Soviética, foi uma das intelectualidades mais admiráveis, porém, usou-a para o mal, pois escravizou os soviéticos, além de mandar para os "paredões de fuzilamento" os dissidentes de dentro e de fora do seu partido comunista ou enviá-los ao "gulag" para perecerem por inanição e sede. O óbvio nunca poderá ser considerado descoberta, mas parece ser essa a lógica dos dialéticos, exemplo, a filha pergunta ao pai dialético: - papai, a cobra tem rabo? O pai dialético responde: - nada além de um rabo! Não elucidou a questão, porém, a contradição é permitida na dialética, mesmo sendo oficialmente negada. Há inegável estacionamento do pensamento humano na geração pós-dialética, pois a dialética gera mais confusão do que solução e cria nova elite, até sugere que os dialéticos acreditam que ninguém sabia pensar antes de Hegel e de Marx. Heráclito de Éfeso (540-470 a.C.), que dizia que ninguém entra no mesmo rio duas vezes, influenciou por demais os dialéticos: Não existe frase de Heráclito, dizia Hegel, que eu não tenha integrado em minha Lógica. A doutrina totalitária hegeliana, bem como o marxismo comunista, somente dariam certo se todos pensassem como Hegel e Marx, o que acabaria colocando o pensamento humano numa redoma ignóbil. A obra do jovem Marx, O manifesto comunista, escrita juntamente com Engels, é um monumento literário. Em O Capital, no seu primeiro volume - há mais dois outros que foram escritos apenas por Engels - o Marx maduro tenta contornar os equívocos de sua visão intelectual, porém, ambas as obras têm na contemporaneidade valor meramente histórico, pois o pensamento humano precisa evoluir.



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

psicanalista

Um comentário:

Sukham disse...

DA LEI DO PROGRESSO
CAP. VIII – O Livro dos Espíritos
Marcha do Progresso
780 – O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?
“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.”
a)Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem desde então pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”
b)Como é, nesse caso, que, muitas vezes, sucede serem os povos mais instruídos os mais pervertidos também?
“O progresso completo constitui o objetivo.Os povos, porém, como os indivíduos, só passo a passo o atingem. Enquanto não se lhes haja desenvolvido o senso moral, pode mesmo acontecer que se sirvam da inteligência para a prática do mal. O moral e a inteligência são duas forças que só com o tempo chegam a equilibrar-se.”

781) Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?
“ Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.”

Consideração pessoal: Filósofos e cientistas tem contribuído ora de forma positiva ora negativa para a sociedade. Cabe a nós pobres mortais, a reflexão e a crítica. Sendo assim, não nos tornemos autistas intelectuais, mas marchemos rumo ao progresso da humanidade, ampliando nossa visão intelectual, moral e espiritual.
SUKHAM