Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 30 de dezembro de 2012

A vez da paz perpétua - artigo - Diário do Nordeste


Mais um ano se encerra e a paz continua desprestigiada e parece ficar cada vez mais longe das prioridades da civilização. Os conflitos de toda ordem no homem, "guerras psicológicas" entre países, bem como o permanente conflito territorial milenar na Palestina produzem uma sensação de impotência diante do arsenal termonuclear existente e da capacidade e do desejo do homem de destruir seu semelhante. Exércitos inteiros se mobilizam diariamente nos continentes em exercícios militares alegando que são para proteger a soberania de seus países, porém, gastando bilhões de dólares que poderiam ser utilizados em prol da população carente. Acusações mútuas de invasões que nunca existiram e "criação" de inimigos perigosos - exemplo, o Osama Bin Laden - capazes de colocar em risco a segurança da civilização são alguns dos métodos de provocação utilizados entre as guerras para justificá-las. Existe, no máximo, cessar fogo, pois na história da civilização não há grandes períodos de paz.
Após as desastradas duas guerras mundiais, a civilização começou a perceber que por trás das guerras há sempre desejos obscuros de dominação e a história é escrita pelos vencedores que não têm compromisso algum com a verdade - nunca os perdedores são ouvidos. O terrorismo tem sido a justificativa para iniciar guerras que visam explorar petróleo e beneficiar os bancos e a indústria bélica. Há evidências de que alguns atentados terroristas são previamente planejados numa conspiração de "falsa bandeira" para incriminar inocentes, exemplo: o das torres gêmeas, em 11 de setembro de 2001, nos EUA. A civilização é manipulada e quase nunca consegue ver a teleologia das guerras e dos grupos de pressão que operam nos bastidores... Somente o ódio e a loucura não justificariam as atrocidades cometidas durante as guerras, pois as populações ficam vulneráveis e desabastecidas e têm os seus bens expropriados e o direito à vida é suspenso. No limiar de uma nova Era nasce um tempo para se repensar a civilização e trazer de volta a pureza roussoniana da essência humana, pois, numa visão sociológica, o homem é produto do meio e se todos se auxiliassem na caminhada do progresso da espécie humana, não haveria mais justificativa para guerras e viveríamos numa kantiana paz perpétua...

Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

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