Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 20 de maio de 2012

Variação cultural - artigo - Diário do Nordeste



O nome de Marco Pólo é sempre lembrado como sendo o precursor de várias descobertas que impulsionaram tantos desbravadores a conquistarem outras plagas. Marco Pólo, no seu controvertido, O livro das maravilhas, narra uma saga de viagens e descobertas que teria vivenciado de Veneza até a China pela denominada "rota da seda".
Não há provas robustas que assegurem a veracidade da história de Marco Pólo, inclusive, alguns historiadores sugerem que ele apenas ouvia os relatos de outros viajantes que passaram por esses países e tomava-os como seus; e é dito que no seu leito de morte foi exortado a contar a verdade se os relatos eram ou não seus, além de confirmar a autoria, disse: "Eu não contei nem a metade". O fato é que o seu livro virou roteiro para muitos que adentraram a Ásia em busca de comerciar e de repetir a sua façanha.
Porém, no ano 950, o judeu do Cairo, no Egito, Buzuy ibn Shahriyar, diz, no Livro das maravilhas da Índia, que o mercador Isaac ben Yehuda, fez a trajetória de Omã até a China três séculos antes de Marco Pólo - no ano de 882 -, e fez fortuna, mas foi assassinado quando retornou em nova viagem - o empréstimo cultural transnacional e incorporada em outras culturas foi fundado pelos desbravadores. O leitor, sem saber, talvez, vivencie no seu dia a dia vários elementos de culturas de outros locais que são incorporados às tradições e à cultura local, exemplo: a comida de outras plagas entrou em vários cardápios - exemplo, o macarrão foi inventado na China e Marco Pólo teria levado a receita para Itália -; a música; a arquitetura; a moda, a dança, dentre outros; com o advento do rádio, da televisão e da internet, as culturas se globalizaram e é possível vivenciar virtualmente em tempo real diversas culturas. Algumas culturas levam o sujeito ao chamado "choque cultural", por conta dos hábitos e tradições, exemplo: na Índia não se usa o papel higiênico e se come com as mãos. Na China, os insetos são usados na exótica gastronomia. Os liberais esquimós da Groelândia, Canadá e Alasca, permitem que os visitantes convidados durmam com suas esposas. Os muçulmanos andam de mãos dadas e se beijam no rosto como sinal de amizade e em alguns países dessa cultura o consumo de álcool é proibido, mas em contradição, o haxixe é liberado.

Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

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