Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Perderam a esportiva? - artigo - blog do Eliomar de Lima

   Parece que alguns torcedores perderam a esportiva em relação às partidas de futebol, pois agora é preciso que haja forte esquema policial para garantir a segurança nos clássicos, como se verificou no último domingo (12) no jogo entre os times: Ceará e Fortaleza. Algumas torcidas organizadas parecem querer um “terceiro tempo”, além dos dois regulamentados e continuam o frenético embalo, mesmo após o término das partidas, porém, quase sempre recorrendo à violência verbal e física contra os antigos torcedores adversários — hoje parecem mais inimigos declarados.
O futebol é paixão nacional e deve ser incentivado desde a infância, pois auxilia o sujeito a conviver com a emoção de ganhar e de perder na vida, além de trabalhar positivamente a saúde física. A impressão que se tem, estando de fora, é que ir ao estádio de futebol em dias de clássicos e não ser alcançado pela violência futebolística é quase ganhar na loteria esportiva; fato este que tem afastado outros que outrora frequentavam esses locais de diversão e lazer.
   O futebol é uma manifestação cultural popular secular e os torcedores não podem banalizar a violência desnecessária nos estádios durante esses jogos esportivos, sob pena desses eventos perderem o tradicional glamour. Quando Charles Miller, em 1894, desembarcou na cidade de Santos, em São Paulo, com duas bolas de futebol na bagagem, não tinha a menor noção que inseriria na cultura brasileira um dos mais geniais e populares esportes e que revelaria talentos como o rei Pelé e outros tantos gigantes da bola nem que projetaria gloriosamente o nosso país como um dos maiores celeiros de bons jogadores do planeta.
   Ter esportiva é a característica de quem respeita as regras do esporte e sabe ganhar ou perder com elegância, tem espírito esportivo; e os que descumprirem essa regra de ouro, devem ser identificados e afastados dos jogos nos estádios para que a bola continue rolando.

Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista e advogado

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