Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

sábado, 20 de agosto de 2011

O caminho da salvação - artigo - Espiritualidade - OPOVO


   Todas as doutrinas e crenças religiosas, com pequenas variantes, apresentam o amor como o caminho para a salvação do homem, mas sempre esbarram na resistência da criatura humana de se libertar do seu passado e assim vivenciar o amor. Buda, não ensinou uma doutrina aos seus ouvintes, mas sim, um caminho de libertação e de plenitude pelo amor e proferiu essas belas palavras na sua última apresentação: “Mostrei a vocês o caminho da libertação; agora terão que segui-lo vocês mesmos”. A Torá dos Judeus ensina-nos belíssimas normas éticas e morais enaltecendo que todos devem buscar o amor e a felicidade pensando sempre no bem-estar coletivo. Jesus Cristo propôs o amor como a solução para o sofrimento e a busca da felicidade possível aqui na Terra; e quando Tomé ficou em dúvida se o seguiria ou não, Jesus disse-lhe: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João, 14:6). Maomé, mesmo sendo homem de poucas letras, não se esqueceu de recomendar aos muçulmanos o amor ao próximo. Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, Martin Luther King Jr., Chico Xavier e outros tantos pacifistas apresentaram o amor como a chave do enigma do nosso existir.
   Parece-me, em tese, que há um equívoco sanável em todas essas religiões, pois não há na bíblia a palavra “religião”, ou seja, é uma criação exógena aos livros que foram compendiados com os ensinamentos desses mestres ditos espirituais. As religiões deveriam se unir e praticar o que propõem seus livros ditos sagrados: o amor. As guerras religiosas não têm legitimidade para mais existir, pois quem pratica o amor, não mata o seu irmão, ou deseja vingar-se dele. Quem ama perdoa, quem ama escuta, quem ama compreende e jamais empunha armas contra quem quer que seja.
   Neste momento grave para a civilização, com os rumores de colapso na economia e de guerra, o homem deve relembrar a regra de ouro na vida ensinada no Velho Testamento: “Não matarás” (Êxodo, 20:13; Deuteronômio, 5:17); e numa das mais importantes passagens do Novo Testamento, no Sermão da Montanha, Jesus Cristo disse: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás” (Mateus, 5:21). O homem beligerante na modernidade está doente e vive em conflito consigo e deseja destruir-se e ao próximo, ora por meio das drogas, ora alistando-se para os combates insanos das guerras, porém, precisa é ouvir as augustas palavras de esperança sugeridas por Jesus Cristo e que dois milênios de existência não foram capazes de apagar: “Amar ao próximo como a si mesmo” – este é o caminho para a salvação.



Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista e espírita

Nenhum comentário: