Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 12 de dezembro de 2010

Esperança para a paz - Artigo - Diário do Nordeste

Esperança para a paz

 

Tolstói, o gigante russo do pacifismo universal, quando oficial, por ocasião de uma marcha, diz ao militar que espancava o seu colega de farda: - Não se envergonha de tratar assim um de seus semelhantes? Você não leu o Evangelho? O militar teria respondido: - E você, não leu os regulamentos militares? A contradição da guerra está entre fazer o bem auxiliando o próximo e executar o mal para impor a autoridade, ambos os substantivos regulamentados por normas e leis que têm previstas sanções na terra; e a outra supostamente no céu. Antes não houvesse leis para regulamentar a conduta humana, mas que fosse aplicada a regra de ouro, milenar e universal, de fazer ao próximo somente aquilo que queres que te façam.
Ao se atribuir a autoria dos textos ditos sagrados da Bíblia a uma entidade superior antropomórfica e inseri-los no contexto das religiões, cometeu-se um grave equívoco histórico; e uma das consequências é o lamentável fanatismo. Não se sabe como foram feitas as traduções da Bíblia, pois somente no século XVI apareceram os primeiros dicionários bilíngues, sugerindo que os textos originais podem ter sido substancialmente alterados. No Novo Testamento, se retirarmos as quimeras, é possível afirmar que há conhecimento educacional universal e atemporal para a civilização, pois as parábolas são de valor inestimável e de uma profundidade indescritível.
A Terceira Guerra Mundial se avizinha, mas a Quarta poderá ser evitada se seguirmos o exemplo dos líderes pacifistas, como Tolstói que tanto influenciou outro gigante do pacifismo, Gandhi. Neste ano em que se comemora o centenário de desencarne do iluminado Tolstói e diante dos rumores de guerras inevitáveis, precisamos dar uma chance à paz e divulgar as augustas e sábias palavras proferidas e esculpidas no Novo Testamento, pois este antigo conhecimento poderá auxiliar a civilização na busca da almejada paz perpétua. Disse genial pensador: "Quando todos derem as mãos não haverá mais como se pegar em armas"; e Gandhi revelou: "A mim me bastou o Sermão da Montanha; por que o Evangelho inteiro não basta para os demais?".



LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é psicanalista

Um comentário:

disse...

Sábias palavras, parece utopia, mas é o desejo de tantos e porque não nos unirmos em nome da Paz, dizer não as pequenas guerras que cometemos no nosso dia a dia!!!