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sábado, 18 de dezembro de 2010

Ensaio do poder - artigo - Diário do Nordeste

Ensaio do poder

 

Montesquieu, Rousseau, Voltaire, Kant e outros iluministas eram maçons e delinearam uma sociedade livre e sem os arbítrios dos reis. Porém, os maçons eram perseguidos pelos reis na Europa, inclusive, alguns países puniam com a pena de morte quem ingressasse na maçonaria por conta do então misterioso "segredo" maçônico. Daí, a sua resposta com a Revolução Francesa, quando se deu fim ao absolutismo, porém, mudou apenas o totalitário no poder. Há evidências de que o movimento revolucionário arquitetado por Marx nasceu por conta de um racha na sua comunidade e por ausência de doutrina capaz de se contrapor ao capitalismo. No entanto, quando o comunismo chegou à Rússia não havia prova de que o capitalismo lá estivesse implantado. A amizade de Marx com o industrial Engels é obscura e pode sugerir que havia um conluio dentro do plano da Revolução Proletária, pois não é razoável acreditar que Marx e Engels estivessem preocupados com a civilização e o "perigo" do capitalismo. Que nenhum marxista se sinta ofendido, mas chega a ser uma ironia acreditar que o desejo de Marx era de ver todos iguais e vivendo em lua de mel com a paz e a plena harmonia. Do epistolário de Marx, extrai-se um homem rude e longe de ser o novo Messias, como muitos marxistas acreditam sê-lo. O industrial e político americano Henry Ford publicou em 1922 o livro, "O Judeu Internacional: O Maior Problema do Mundo", revelando-se surpreendentemente antissemita e a sua "obra" foi idolatrada e usada por Hitler que chegou a homenageá-lo. Em 24 de outubro de 1929, a Bolsa de Valores de Nova Iorque quebrou e milhares de bancos foram à derrocada e milhares de empresas fecharam suas portas demitindo milhões de funcionários e o capitalismo levou um duro "golpe" que ocasionou a II Guerra, porém, curiosamente muitos saíram da crise maior do que antes. Onde houver dinheiro e/ou disputa pelo poder, desconfie, pois o desejo de dominação do homem supera qualquer outro sentimento e Maquiavel, que viveu dentro do poder e conhecia-o como poucos, deu-nos a lição primeira dos que jogam no poder: os fins justificam os meios.



Luís Olímpio Ferraz Melo - psicanalista

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