Meu novo livro: Novas abordagens

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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A revisão da História - artigo - Jornal OEstado


 
   O integrante da Comissão Nacional da Verdade e ex-procurador geral da República, Cláudio Fonteles, revelou desejar que a História do Brasil durante o período militar ensinada nas escolas civis e militares seja revisada, tendo em vista as contradições encontradas durante as investigações — Fonteles alega que houve no Brasil um golpe militar com a ruptura do Estado democrático de Direito. Fonteles tem razão quando aponta obscurantismo durante o regime militar, também conhecido como “ditadura”, pois a História é escrita pelos vencedores e os perdedores nunca são ouvidos ou considerados. O suposto suicídio de Getúlio Vargas é outra questão na História do Brasil que precisa de maiores explicações, pois a versão oficial dá margem para alimentar o imaginário popular de que houve uma conspiração. A História econômica brasileira é outra seara obscura e espinhosa, pois não há transparência alguma na dívida externa e nos empréstimos contraídos junto a banqueiros internacionais, mesmo a Constituição Federal determinando auditoria e revisão nos fatos geradores da dívida externa — CF/88, art. 26, das Disposições Transitórias.
   A Escola dos Annales (1929-1989), na França, onde renomados historiadores reescreveram a história e foi considerada a “Revolução Francesa” da historiografia, apresentou fatos surpreendentes e modificativos, sugerindo que a História é uma pintura provisória que sempre poderá ser retocada até chegar à perfeição. “De onde escreve o historiador?” foi uma das reflexões da Escola dos Annales mais recorrentes.
   Os historiadores revisionistas europeus tentam ainda hoje restabelecer a verdade do que ocorreu na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois muitos dados que foram açodadamente publicados não batem com as provas colhidas em campo. Exemplo: o suposto Holocausto em que teriam morrido seis milhões de judeus foi por terra quando o professor judeu, Listojewski, declarando à revista “The Broom”, de San Diego, na Califórnia, nos EUA, no dia 11 de maio de 1952, sem que haja até hoje contestação, disse: “Como estatístico tenho me esforçado durante dois anos e meio em averiguar o número de judeus que pereceram durante a época de Hitler. A cifra oscila entre 350.000 e 500.000. Se nós, os judeus, afirmamos que foram 6.000.000, isto é uma infame mentira”.
   A História é escrita pelos vencedores e como bem disse o brilhante escritor italiano judeu, Primo Levi, que foi prisioneiro no campo de concentração alemão de Auschwitz-Birkenau e sobreviveu ao Holocausto: “o vencedor é o dono da verdade”, portanto, pode manipulá-la como queira...

Luís Olímpio Ferraz Melo é advogado e psicanalista


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