Meu novo livro: Novas abordagens

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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Imprensa mostra, mas não explica - Artigo - Observatório da Imprensa

FOGO SOBRE GAZA
Imprensa mostra, mas não explica
Luís Olímpio Ferraz Melo

A origem dos conflitos no Oriente Médio encontra-se nos livros ditos sagrados que são seguidos por bilhões de pessoas no mundo nas três principais religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo. Não há prova cabal alguma do que se tem escrito nesses livros, pois os relatos, ambíguos e dúbios, podem ser, no máximo, prova circunstancial e de valor duvidoso e frágil, e Abraão, o patriarca de toda essa história religiosa mediana oriental, segundo renomados historiadores, nem sequer existiu. No conflito atual no Oriente Médio entre Israel e o grupo xiita islâmico Hamas, que domina a Faixa de Gaza, há dificuldade até de intelectuais e cientistas políticos explicá-lo.
Gaza fica numa região entre Israel e o Egito e a região da Palestina, que surgiu oficialmente em 1920, durante a criação do Mandato Britânico da Palestina, englobava a Jordânia, Israel e parte da Síria. O Hamas é grupo terrorista e todo terrorista é suicida, mas o terrorismo nunca foi nem será causa para se defender, pois quem assim age denuncia-se portador de distúrbio mental e cria para a humanidade uma situação impossível - ou seja, como punir um irrecuperável suicida?
Poderíamos até afirmar que os próprios soldados que "desejam" ir à guerra, são na verdade, suicidas em potencial, pois quem tem higidez mental não pensa ou deseja viver na iminência da morte. Se o homem pudesse escolher livremente, sem a influência de seus governantes e/ou líderes religiosos, se quer ou não ir à guerra, nunca mais haveria conflito no mundo, mas quem decide sempre, em última análise, são justamente os líderes religiosos e os governantes. Há no planeta Terra 217 países com o mesmo número de governantes e/ou líderes religiosos - em alguns países, o governante é também o líder religioso - para governar uma população de quase sete bilhões de pessoas e esses poucos governantes é que decidem o destino da humanidade.
O Estado de Israel - Israel significa: aquele que luta com Deus - foi fundado em 1948 e os índices de violência urbana são próximos de zero, mas há conflito político permanente, pois muitos não reconhecem Tel Aviv como a sua capital, é o único país do mundo com duas capitais - Tel Aviv e Jerusalém. Israel é aliado estratégico dos EUA no Oriente Médio e não é raro ver pelas ruas e avenidas de Israel, em qualquer época, homens, mulheres e adolescentes civis portando armas de grosso calibre como se a qualquer momento alguma guerra fosse ser deflagrada. Homens e mulheres israelenses têm por obrigação servir ao exército por três anos e mesmos após este período podem ser novamente convocados.
Sem a fenomenologia da percepção, poder-se-ia dizer que a questão é meramente religiosa, mas não é, pois há mais interesses obscuros por trás de todos esses conflitos. Observem, por exemplo, que a atual crise econômica anuncia um "rombo" de bilhões de dólares, mas é, no mínimo, contradição se gastar numa guerra inglória qualquer o mesmo valor, ou seja, a beligerância é mais importante do que o equilíbrio financeiro mundial e o bem-estar das pessoas e famílias. Não há justificativa plausível para guerra alguma. Onde estão as armas de destruição em massa que os EUA e a Inglaterra usaram na mídia como argumento para invadir e arrasar o Iraque? Abram a mente e os olhos...
Estive em Israel e no Egito e conversei com várias dezenas de judeus e muçulmanos - lá vivem apenas 20% de cristãos - e não identifiquei esse "ódio" generalizado propagado pela mídia, pois eles me diziam querer apenas cuidar de suas famílias, professar a sua fé e viver em paz - senti sinceridade nesses depoimentos. É preciso a imprensa explicar à humanidade os dois remédios para a cura dessas guerras: 1º - revogar, em caráter irretratável, todos esses livros ditos sagrados, pois são a gênese de todas as discórdias que equivocadamente são repassadas de gerações até hoje em dia; e o 2º - regra de ouro: abram seus corações, antes que algum cardiologista tenha que fazê-lo.

2 comentários:

Sukham disse...

Quero deixar registrado aqui a satisfação de poder ler um artigo tão esclarrecedor. Desde já parabenizo o autor por contribuir com suas preciosas informações e também percepção.
Sukahm

Anônimo disse...

O que diria meu querido pai de 84 anos de idade, dedicado ao estudo da biblia desde que eu era uma "menina amarela", o qual se referia a Abraao, como "o velhinho de barba branca". Sou privilegiada sim, porque voce me fez enterrar velhos conceitos que me travaram por anos. Mas ainda falta muito doutor, portanto... keep going!