Meu novo livro: Novas abordagens

Meu novo livro: Novas abordagens

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Testemunha ocular - artigo - Jornal OPOVO



   Os assustadores números da violência em Fortaleza revelados na manchete de 7/5 pelo O POVO, “873 assassinatos a tiro em 2013”, sugerem que estamos vivendo uma guerra civil não declarada. Se somarmos todas as vítimas mortas em atentados terroristas no mundo no mesmo período, encontraremos menos da metade desse número. Nem no conflito histórico entre israelenses e palestinos houve tantas mortes no mesmo período.
   A violência urbana vem aumentando em todo o Brasil, mas Fortaleza se notabiliza pela inércia de ações que possam conter esse fenômeno social. O governo estadual parece perdido sem saber o que fazer para garantir a integridade física e a segurança da população e já há locais conhecidos pelos marginais que desafiam a própria polícia.
   Décadas atrás, no Central Park, em Nova York, nos Estados Unidos, era quase uma loteria atravessá-lo sem ser molestado pela violência urbana, mas houve reação do governo resultando em reversão da violência e os índices de criminalidade despencaram. Os nova-iorquinos voltaram a ter o direito de circular livremente em sua cidade antes dominada pelos marginais. Na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, que já foi conhecida como a capital mundial da criminalidade devido à violência descontrolada, as autoridades se juntaram e conseguiram tornar aquela metrópole segura.
   Recentemente estive na Colômbia e sou testemunha de que a epidêmica violência histórica naquele país perde força e já é possível transitar em Bogotá com alguma tranquilidade, coisa inimaginável há alguns anos. O estigma de país violento continua, pois há guerrilhas armadas e traficantes de drogas, mas os colombianos estão sonhando com uma vida melhor e mais segura.
   Ou seja, solução para conter a violência urbana há e a segurança pública e o direito à vida do cidadão devem ser prioridades no governo. Portanto, mãos à obra, governador Cid Gomes.


Luís Olímpio Ferraz Melo é advogado e psicanalista

Nenhum comentário: