Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 10 de março de 2012

Operação verdade - artigo - Diário do Nordeste

No dia 29 de maio de 1988, a Rádio Moscou, informou que as autoridades russas poderiam reconhecer que a N.K.W.D (depois K.G.B) assassinou milhares de oficiais poloneses capturados pelos exército russo durante a Segunda Guerra - até então a versão oficial culpava os alemães por esse evento que ficou mundialmente conhecido como: "O massacre de Katyn". No dia 13 de abril de 1943, a imprensa alemã denunciou que próximo à cidade russa de Smolensk, na região de Katyn, foram encontradas valas comuns com os corpos de milhares de oficiais poloneses executados pelos russos que estavam desaparecidos. Os russos logo culparam a Alemanha pelo massacre dos 11 mil militares poloneses - 7 mil oficiais e 4 mil praças -, mas no local foram encontrados apenas 4.500 vítimas, ou seja, a Rússia não tinha como justificar os demais assassinatos, juntou como se tudo estivesse no massacre de Katyn - se colar, colou.
Em 23 de dezembro de 1989, foi entregue por uma comissão ao Congresso dos Deputados do Povo, em Moscou, na Rússia, uma reinterpretação de um episódio crucial da Segunda Guerra: o pacto Hitler-Stalin. Sabe-se hoje que ambos assinaram um protocolo secreto datado de 23 de agosto de 1939 que foi apresentado em 25 de março de 1946 ao Tribunal de Nuremberg colocando a Rússia em situação delicada, pois como "juiz" togado daquela corte, o documento revelou a participação russa nos planos dos alemães. Na Guerra das Malvinas, em 1982, descobriu-se que documentos oficiais ingleses do ano de 1930, subtraídos e depois encontrados, sugeriam que a Inglaterra não tinha legitimidade para reivindicar a posse das Ilhas Malvinas. Por ocasião da Grande Depressão, em 1929, em que os EUA foram à derrocada com a quebra da Bolsa de Valores, em Wall Street, descobriu-se por acaso nos arquivos do Banco da Inglaterra que o importante depoimento judicial do seu diretor, Montagu Norman, não era igual ao que se tornou público, ou seja, há, no mínimo, duas versões nessa história. A História é elitista e tem sido manipulada e escrita longe dos fatos para beneficiar grupos de pressão, no entanto, alguns fatos históricos foram apagados e/ou esquecidos... Peço ao leitor que faça um minuto de silêncio em homenagem aos 20 milhões de russos assassinados durante o regime stalinista bolchevique.

 
Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

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