Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 24 de abril de 2010

Fenômeno natural, lei universal - Artigo - Jornal OPOVO

Artigo

Fenômeno natural, lei universal

Domingo, 25 de Abril de 2010

É indiscutível a sobrevivência do espírito no fenômeno pós-morte e até os livros - ditos sagrados - das religiões que negam a Reencarnação reconhecem o mundo espiritual - Reencarnação é um conhecimento, e não crença. Existe uma passagem bíblica que prova a Reencarnação e garante que sempre há esperança: ``Jesus desceu ao inferno depois de sua morte, e pregou aos espíritos que lá se achavam em prisão`` (1ª Carta de São Pedro 4, 6), portanto, é desnecessária e cruel a ênfase que se dá nas homilias para a questão do ``pecado`` que gera o malfadado sentimento de culpa. No antigo Egito, os faraós sabiam da Reencarnação, mas de forma equivocada, pois achavam que poderiam retornar aos corpos anteriormente habitados, daí a origem das múmias e da reunião das riquezas materiais nos túmulos. No Tibete, antes mesmo da era cristã, na religião de nome Bon, os tibetanos já se comunicavam com os espíritos de seus entes queridos; e o santo mais reverenciado no Tibete é o ex-feiticeiro Milarepa, que transformou-se em paz e luz um dia - sempre há esperança. Na Índia, ainda há segmento cultural no qual, quando o patriarca desencarna, a mulher iludida se suicida, acreditando continuar igualmente a vida conjugal na espiritualidade. Os ``mistérios`` sobre o mundo espiritual foram criados pelo homem e assim como é aqui, também é lá. Ao publicar o Índice dos livros proibidos, a Igreja Católica o fez com o intuito de que a civilização não soubesse da verdade quanto ao pós-morte e se libertasse, pois se isso ocorresse, ninguém mais sofreria por medo do imaginário fogo do inferno, que causa o inútil sentimento de culpa e retira a esperança. Somos testemunhas oculares, neste momento, do fenômeno natural que se repete a cada 12 mil anos, mais conhecido como Apocalipse - em grego quer dizer: Revelação. Antes mesmo de o último livro bíblico prenunciar, sem datas, esse evento, civilizações antiquíssimas já sabiam deste conhecimento e até sugeriram datas, como é o caso dos Maias que, pelos hieróglifos, apontam 21 de dezembro de 2012, como final desta Era e a chegada da nova. Já aconteceu outras vezes, mas é preciso pontuar que o mundo não irá se acabar, mas haverá hecatombe e modificações profundas na civilização. De volta ao Tibete, lembro-me que eles encaram a morte com naturalidade e até chegam a festejar a libertação do corpo quando algum de seus entes queridos desencarna. A morte é um fenômeno natural e a lei universal e imutável foi relembrada por Kardec: nascer, morrer e renascer.
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LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO, psicanalista e autor do livro ``Psicanálise para todos``.

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