Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 22 de novembro de 2009

Abram os olhos - Artigo - Diário do Nordeste

Abram os olhos


Já é quase fora de moda quem não tiver algum tipo de transtorno mental, pois de uma hora para outra a humanidade adoeceu e explodiu o "desejo" e a necessidade de milhares de remédios que se apresentam como panaceias para a alma do sujeito.Não há tantas doenças e/ou sintomas que justifiquem tantos rótulos de medicamentos expostos deliberadamente ao alcance dos desavisados, sem falar que os remédios não curam, apenas "controlam" a doença ou sintoma.Não existe efeito sem causa e a vida sedentária pode sim causar sintomas que podem levar o sujeito a sentir eventos que equivocadamente sugerem algum tipo de mal-estar.É até cômodo tomar uma "pílula" diária a ter que fazer algum tipo de atividade física ou meditação para vencer a insônia, por exemplo, pois esta não é doença, apenas o sinal de que há descompasso entre o corpo e a mente.A pressão arterial é medida no Oriente diferente daqui do Ocidente, e no diagnóstico tupiniquim, são indicados e prescritos remédios alotrópicos, lá, muitas vezes, apenas exercícios físicos e meditação, e a medicina milenar chinesa, até hoje não contestada à eficácia, funda-se em três pilares: ioga, massagem e acupuntura.Os efeitos colaterais causados pelos remédios são maléficos para o corpo e a mente e comprometem o funcionamento integral do organismo, e os ansiolíticos e os antidepressivos já lideram o ranking de uso dos alotrópicos.Em alguns casos os remédios são até necessários, mas na maioria são utilizados de forma deliberada e sem o zelo para com o futuro, pois sem tempo para se cuidar o sujeito recorre aos insensíveis remédios diários para amenizar de forma mascarada o sofrimento.O corpo humano produz as substâncias que quimicamente os remédios apenas repõem, mas que causam dependência química, em contrário, seria negar a capacidade do corpo e da mente de reagir e de se renovar.Sentimento de culpa e a "prisão" no passado, podem causar a melancolia, a depressão e a ansiedade, que têm cura fora dos ortodoxos remédios alotrópicos ocidentais e os orientais, que tem os olhos puxados e quase fechados, enxergaram isto há milênios.
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LUIS OLÍMPIO FERRAZ MELO é Psicanalista

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