Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 14 de março de 2009

Verdade acadêmica - Artigo - Diário do Nordeste


Debates e Idéias

Verdade acadêmica

É comum ouvir no meio acadêmico que a única certeza na ciência, é a dúvida, e que a verdade, seja ela qual for, é apenas provisória. Se a ciência encontrasse alguma verdade absoluta, peremptória, incontestável, deixaria essa hipotética verdade de ser ciência, pois um dos requisitos genéricos para o continuo estudo cientifico, é a pesquisa, assim sendo, deixaria e estaria de fora do saber cientifico essa hipotética hipótese. Atribuída aos filósofos, que é um dos três tipos de conhecimento tradicionalmente aceito, a busca da espiritualidade sempre fascinou, e não foi por acaso, o homem em saber da sua realidade inaugural e do seu objetivo para que se justificasse todas as adversidades e diferenças – no sentido mais amplo da palavra – que há na vida humana. As sociedades, desde a primeira horda, sempre foram comandadas e guiadas por pessoas que detinham o conhecimento e as informações e assim se moldavam ao estilo dos chefes e/ou governantes a forma de organização social. Somente produz conhecimento quem os têm e não se pode negar, sem elementos válidos, que o pensamento é anterior ao pensador, portanto, é possível que todo o conhecimento que repousa sobre a Terra já tenha existido anteriormente.Nas antigas civilizações, sabia-se – diferente de “acreditava-se” – do conhecimento da reencarnação, mas com o advento da Igreja Católica, esse conhecimento foi castrado no Concilio de Constantinopla, no ano de 553, onde até então, a mesma era reconhecida e estudada. Numa leitura despretensiosa e imparcial, pode-se ver que todos esses livros ditos sagrados – existe algum livro que não seja sagrado? – há presente neles o conhecimento da reencarnação e todo o saber filosófico buscou provar a sobrevivência da alma – ou espírito – após a morte. Negar, sem elementos válidos para a desconstrução da hipótese, a sobrevivência do espírito no fenômeno pós-morte, equivale dizer que o sofrimento e as desigualdades de toda ordem, são obras do acaso e que a pseuda criação divina nada mais é do que o capricho de um ser sadomasoquista que escolhe ao seu bel-prazer as suas azaradas vitimas.
LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

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