Meu novo livro: Novas abordagens

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terça-feira, 10 de março de 2009

Imprensa camaleônica - Artigo Inédito

Imprensa camaleônica
Luís Olímpio Ferraz Melo

O leitor atento, já percebeu que há várias imprensas no Brasil e que há fatos e versões para todas situações? A imprensa, regra geral, necessita de motivação – fato – para fazer o seu papel de comunicação social das massas. Em muitos países a imprensa tem que se adaptar a religião dominante e/ou ao partido que detém o governo e este fato é até compreensível em algumas plagas, pois há países em que os índices de analfabetismos são tão assustadores, que não importa o que se publique. Toda instituição hoje tem o seu tablóide ou veiculo de comunicação oficial, tais como as igrejas, sindicatos, órgãos públicos, etc. O jornalismo é endógeno, ou seja, mostra somente o que quer e não necessariamente o que o leitor, que é o único e legitimo destinatário da noticia, quer saber. O jornalismo criou “universo” hermético e não se vê nenhum jornalista criticando e pugnando por mudanças desse modelo anacrônico de jornalismo “seletivo”. O corporativismo no jornalismo é algo inexplicável e jamais visto em outra classe econômica e por conta disto à nobilíssima profissão de jornalista, acaba perdendo a legitimidade para questionar o corporativismo e a corrupção nas outras categorias econômicas.
Os leitores brasileiros não são tão ingênuos como parece acreditar alguns jornalistas, pois já é notório as searas – a famigerada “Imprensa marrom” - em que as noticias são constantemente manipuladas e “diabinhos” acabam virando “santos”. Os jornalistas defendem tanto a liberdade de expressão, mas há muitas noticias sonegadas para os leitores por motivos ainda obscuros.
A manipulação no jornalismo não é fato novo, pois a Escola de Frankfurt, na Alemanha, fundada em 1924, cujos principais expoentes foram Max Horkheimer (1895-1973) e Theodor W. Adorno (1903-1969), já denunciava o descaso da mídia com a ética, pois estavam seguros esses intelectuais de que as massas estavam sendo manipuladas e suas mentes bombardeadas de informações muitas vezes desnecessárias. Sem concorrência - mesmo existindo várias imprensas - as mesmas não colidem e não há autocrítica na mídia, o que tem levado à autofagia.


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