Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 9 de setembro de 2007

Ensaio das obsessões - Artigo - Diario do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Ensaio das obsessões


Os atos do homem, não somente são dirigidos pelo inconsciente, como dizia Freud, mas também o são pelas obsessões. Essa abordagem leva a quebra de paradigmas de pensamentos e de comportamentos para se entender como as obsessões agem em nossas vidas. Possivelmente todas as doenças mentais e neurológicas, estão ligadas às obsessões - afastada as hipóteses de causas genéticas e/ou orgânicas. A farmacologia tratará de negar esses fenômenos – obsessões – por questão de sobrevivência, mas o fato é que, a maioria das enfermidades no homem, é produzida por disfunção energética. Entender o processo de instalação das obsessões e suas múltiplas facetas, necessita de estudo sobre o tema e de ampla investigação de campo, pois é sutil e aparentemente inofensiva a forma como os espíritos obsessores se apresentam inicialmente nas pessoas. Tem-se observado, com alguma freqüência, que as pessoas usuárias de drogas, álcool, tabaco e até alguns remédios alotrópicos, possuem desejos que não são necessariamente delas, pois muitas não entendem e se queixam de “forças” e impulsos invisíveis para atuação nesses vícios. Assombrar-se-á a comunidade cientifica com a informação de que, muitos homossexuais e lésbicas, nada têm a ver com esses padrões de comportamentos, pois, flagrantemente, foram induzidos por “forças” alheais as suas vontades e que, por não terem reagido, tornaram-se vitimas das obsessões e passam a acreditar equivocadamente que os seus destinos já haviam lhe reservado essas situações. Muitas pessoas sentem-se rejeitadas sem explicação razoável para tanto, o que nos leva a dizer que trata-se também muitas vezes de processo obsessivo. Outras tantas sentem-se e se queixam de perseguição – parafrenia -, mas de onde vem essa perseguição imaginária? Responsabilizar somente a mente humana, não é razoável. E o que dizer da depressão e do “desejo” de morrer, já que não existe efeito sem causa, ou esses seriam “sentimentos” universais inevitáveis? A vigilância no comportamento e no pensamento, evitar ao máximo vícios e fanatismos religiosos, ainda é o melhor antídoto contra as obsessões.
* Psicanalista

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