Vai ser
russo
O mega escândalo
envolvendo vários atletas da Rússia abalou os jogos olímpicos, pois ninguém
imaginava que uma organização sofisticada estivesse fraudando os resultados no
exame antidoping. É desonesto disputar os jogos olímpicos sem respeitar o “fair
play” (jogo justo), pois os demais atletas foram prejudicados por terem se
esforçado para conseguir os melhores resultados, porém, não usaram essas
substâncias que aumentam a capacidade física do atleta.
Os russos
sempre estiveram em evidência por sua suposta capacidade física nos jogos
olímpicos, mas hoje se sabe que era apenas mais uma fraude no mundo dos
esportes...
O atleta
cubano José Canseco denunciou, em 2015, no seu livro que a maioria dos
jogadores de beisebol é usuária de esteroides anabolizantes, o que causou um
escândalo no meio esportivo, mas depois se descobriu que o próprio Canseco
também era usuário dessa droga. Os
esteroides são utilizados pelos atletas para ganho rápido de massa muscular,
bem como aumentar a potência e a velocidade, mas os efeitos colaterais são
dramáticos, pois altera a libido, o humor e aumenta a agressividade — há casos
em que o atleta desenvolve mamas femininas, há o encolhimento da genitália e a
impotência sexual.
É importante
que haja uma punição dura para desestimular esse tipo de fraude nos jogos e não
desprestigiar os demais atletas que não usam essas substâncias proibidas.
Sigmund Freud (1856-1939) falava que era importante a punição aos que
descumprem as normas e exemplificou numa de suas conferências, em 1899, com bom
humor: “Numa
aldeia havia um ferreiro que cometera um crime capital. O júri decidiu que o
crime devia ser punido, porém, como o ferreiro era o único da aldeia e era indispensável,
e como, por outro lado, lá havia três alfaiates, um destes foi enforcado em seu
lugar”. Aqui no Brasil quando algo se torna difícil dizemos: “Vai ser russo...”
e a Rússia que se cuide...
Luís Olímpio
Ferraz Melo é advogado e psicanalista
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