Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 9 de março de 2013

Controle da comida - artigo - Diário do Nordeste


 

Milhões morreram por conta do "controle da comida" idealizado por grupos étnicos e/ou governantes inescrupulosos, outros tantos, pela água envenenada nos poços, como durante a Peste Negra, na Idade Média, em que quase metade dos europeus foi a óbito - no livro, "Dos judeus e suas mentiras", de 1543, Martinho Lutero, acusa os judeus de envenenarem os poços de água. Na primavera de 1531, em Lyon, na França, houve uma "grande fome" e milhares de camponeses faleceram famintos no meio das ruas, pois os especuladores queriam aumentar sem piedade o preço dos grãos, daí surgiram os levantes e os mercados eram saqueados pela população em busca de comida. Na Espanha do século XV, toda vez que se aumentava o preço da comida havia pogroms e o antissemitismo ressuscitava causando grandes levantes na população espanhola. Na Índia, em 1770, a concessão de terras aos zemindares - funcionários civis do Império - pode ter sido a causa da grande fome naquele ano e até o ano de 1870, 30 milhões morreram de fome na Índia. No século XVIII, na Inglaterra, houve os motins de fome (food riots) também conhecida como "rebelião do estômago" por conta da especulação nos preços dos grãos; e a desordem na sociedade reinou com saques aos celeiros e mercados públicos. Na Ucrânia (1932-33) 6 milhões foram a óbito por fome e na China (1959-61) 20 milhões também morreram famintos de forma programada durante o regime comunista. Na Rússia comunista, os Culaques - pequenos produtores de alimentos - foram tidos como inimigos do regime por causa da autonomia alimentar. É fácil entender que a comida e a água potável controlada colocam a civilização refém de grupos e de governos que visam somente lucrar e dizimar de forma perversa os demais. Primeiro "inventaram" de colocar flúor de forma generalizada na água potável sem que se saiba a real finalidade; depois a agricultura tornou-se dependente química dos agrotóxicos que envenenam os alimentos e a bilionária multinacional Monsanto "criou" mercado de uma necessidade que não existia, ou seja, a produção e a venda de sementes geneticamente modificadas sem que haja estudos sérios sobre o impacto ambiental e na saúde humana. Marx dizia que a história se repete. Primeiro acontece como tragédia; na segunda vez, como farsa...

 

Luís Olímpio Ferraz Melo é psicanalista

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