Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 8 de setembro de 2012

Palestina milenar - artigo - Diário do Nordeste


Após a queda do último governo da Judéia e a destruição de Jerusalém, no Oriente Médio, em 70 d.C., essa região mudou de nome e passou a ser conhecida como o país dos Filisteus, ou, Palestina, pois o desejo do Império Romano era desjudeizá-la. A Palestina transformou-se ao longo desses dois milênios numa cultura genuinamente árabe e palestino-muçulmana, pois a grande maioria dos judeus emigrou em Diásporas para a Europa, África, Rússia e depois para os EUA. O Estado de Israel foi fruto do movimento sionista e a Organização das Nações Unidas - ONU - aprovou em 29 de novembro de 1947, a Resolução nº 181, que criaria o Estado de Israel e outro Palestino - o Estado Palestino ainda não foi reconhecido pela ONU.
Várias guerras foram deflagradas entre árabes e israelenses, mas a que é apontada como obstáculo para a paz foi a Guerra dos Seis Dias contra o Egito, a Síria e a Jordânia, iniciada em 5 de junho de 1967 - que resultou na Resolução da ONU nº 242, de 22 de novembro de 1967, que determina ao Estado de Israel a devolução das terras ocupadas aos palestinos. As diversas tentativas de acordos para a paz entre árabes e israelenses naufragaram - Oslo I e II, Camp David, Taba e Mapa da Estrada - e a regra era quase sempre ofertar terras pela paz. Em 14 de junho de 2002, Israel começou a construção de um muro na Cisjordânia (Samaria e Judeia, nome bíblico), alegando que é para segurança dos israelenses por causa dos atentados terroristas, mas inviabilizou a vida social e econômica de várias comunidades palestinas que dependem das áreas contínuas para sobrevivência.
A Faixa de Gaza hoje é uma prisão a céu aberto e de difícil acesso, pois com o bloqueio econômico, os palestinos muçulmanos em Gaza dependem do fornecimento de alimentos e outros gêneros do Egito e de Israel. Dos 14 milhões de judeus no mundo, apenas 5.640.000 vivem em Israel, na Palestina, porém, é preciso urgência para uma solução pacífica viabilizando que judeus, árabes e palestinos muçulmanos possam viver em paz como irmãos. As barreiras militares de fiscalização nas estradas, o muro de segurança na Cisjordânia, ao longo do território palestino, bem como a "guerra psicológica" e a tensão termonuclear no Oriente Médio, mostram que a questão palestina diz respeito a toda civilização...


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO é psicanalista

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