Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Gigante da psiquiatria - artigo - Diário do Nordeste

Gigante da psiquiatria
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Philippe Pinel foi, sem demérito para com os demais, o gigante da psiquiatria sem ser psiquiatra e o seu ensinamento ecoa ainda hoje nos estudos historiográficos das enfermidades mentais. Traduz-se, em apertada síntese, que a doutrina pineliana deseja libertar o paciente das correntes físicas e imaginarias para que este possa novamente respirar o ar livre e também o sê-lo. No hospital de Bicêtre, depois em Salpêtrié, ambos na França, Pinel libertou os alienados mentais dando-lhes dignidade e defendendo a tese de que era preciso uma vida moral de retidão e revisão nos comportamentos diários para não ser acometido e vitima dos hoje transtornos mentais. Pinel identificou na religião uma espécie de doença mental e os prosélitos eram tratados como alienados e proibidos de "fazer" conversões. As camisas-de-força da época foram limitadas aos indômitos que haviam perdido de vez a razão e colocavam em risco a sociedade. O preconceito entorno das terapias capazes de auxiliar no tratamento das enfermidades mentais sempre vem acompanhado de interesses obscuros e econômicos bilionários farmacológicos; e a questão dos nosocômios e dos defensores do seu fechamento é ambígua, pois sempre haverá pacientes carentes de internação para a intensificação do tratamento e o afastamento da sociedade, isto para segurança de ambos. Os psiquiatras contemporâneos parecem recear de renovar por conta da opinião pública e/ou de alguma autoridade ignorante prejudicá-los, mas a Eletro-convulsão-terapia - ECT - deve ser utilizada como meio de tratamento nos pacientes com enfermidades mentais, principalmente nos casos de iminente risco de suicídio, pois os resultados são fantásticos. Freud recomendou a eletroterapia para o tratamento da histeria, daí não haver razão para o preconceito com este método comprovadamente eficaz.
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LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO - Psicanalista

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