Meu novo livro: Novas abordagens

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domingo, 26 de julho de 2009

Dia de palhaço - Artigo - Diário do Nordeste


LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO

Dia de palhaço

Genial humorista tinha quadro televisivo em que o personagem perambulava pelas ruas vestido de palhaço em protesto contra o “sistema”. Num belo dia, um garoto que passeava com a sua mãe, grita: - mamãe, olha o palhaço! O homem contesta: - eu não sou palhaço, estão me fazendo de palhaço, mas eu não sou palhaço. Podemos extrair a seguinte mensagem: as autoridades acreditam que a população é desprovida de inteligência e nos tratam como se crianças fossemos e que eles podem fazer o que quiserem e que não podemos reclamar de nada, até porque não adianta. Não acredito em regime político governamental algum, acredito sim, na força da sociedade civil organizada para soerguesse e nunca mais delegar poderes a quem não os merece. A história política da humanidade nos mostra de forma inequívoca que os erros se repetem e o que começa errado, terminará errado. No Império Romano foi assim, pois foi fundado por bandidos que queriam controlar os romanos e a omissão e ignorância da população criou a figura dos déspotas e dos reis e monarcas que tanto mal fizeram e fazem para a humanidade. Os filósofos que apelavam e pugnaram o uso da força como forma de resistência falharam, pois somente com a desobediência civil pacifica poderemos novamente restabelecer a ordem. Não há necessidade de políticos, até porque não adianta tê-los e também não há qualquer esperança de que este sistema atual funcione eficazmente e sem corrupção. A sociedade civil é que deve decidir o seu destino, pois os políticos perderam a vergonha e a legitimidade de seus mandatos e devem renunciar. Em Brasília, dentro dos três poderes da República, eu desconfio de tudo que se mexe, pois quase tudo lá se resume a esquemas de barganhas e de negociatas e a pátria cambaleia marchando para a derrocada. Estou propondo transformamos o “dia da eleição” em “dia de palhaço” e fica combinado então que na próxima eleição vamos protestar de forma pacifica, pois compareceremos às urnas com aquele nariz vermelho de palhaço e anular o nosso voto, pois em assim sendo, os políticos saberão de uma vez por toda que o povo não é palhaço.
* Psicanalista

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