Meu novo livro: Novas abordagens

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sábado, 8 de dezembro de 2007

O exemplo japonês - Artigo - Diário do Nordeste


Opinião
Debates e idéias
O exemplo japonês

LUÍS OLÍMPIO FERRAZ MELO
Na manhã, do dia 6 de agosto de 1945, às 8 horas e 15 minutos, era detonada a primeira bomba atômica no mundo, na cidade de Hiroshina, no Japão. Depois desse evento, a humanidade nunca mais seria a mesma e as ameaças de outras guerras com arsenais de destruição em massa, pairariam para sempre. A chamada “guerra fria” campearia por todos os continentes amedrontando povos e nações inteiras com possíveis novas guerras mundiais. Desproporcional a forma de como é decidido o destino da humanidade, pois, dos 217 países do planeta Terra, com os mesmos números de governantes e/ou líderes religiosos, administram quase sete bilhões de pessoas. Tornar-se herói de guerra, geralmente morto, quase não se rende homenagens e é possível afirmar, com alguma segurança, que os poucos corajosos e que desejam ir à guerra, são na verdade, angustiados potenciais suicidas. Os japoneses não falam a língua inglesa e é por demais difícil se comunicar por lá, mas estou seguro de que inconscientemente haja bloqueio para se aprender a língua pátria dos EUA que tentou, em outrora, destruí-los. E não é diferente isso nos países muçulmanos, pois apesar de serem pessoas fantásticas, guardam mágoas e cicatrizes profundas dos povos que os rejeitam e, equivocadamente, os vêem de forma pejorativa, tudo isso por causa dos extremistas também chamados de xiitas, que nada têm a ver com a grande maioria dos muçulmanos. Não há esse “ódio” entre esses povos todos e parece-me algo apenas virtual. Não se pode descartar a hipótese de que todos esses profetas, que se matam em nome deles, nem sequer tenham existido. Tem muita coisa por trás das guerras. Nos países beligerantes, há sempre túmulos do “soldado desconhecido”, que diz no seu epitáfio: não sabemos o seu nome, mas sabemos muito bem o que você fez por nossa pátria - homenagem subliminar. Os japoneses não querem mais guerra de jeito nenhum. Em temporada nipônica, notei que, eles, apesar dos traumas, superaram as trágicas lembranças da bomba atômica e compensam com lhaneza sem fim a dificuldade extrema de comunicação lingüística que se tem naquela plaga.
* Psicanalista

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